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REGINA LÚCIA GONÇALVES PEREIRA SILVESTRINI Da paixão ao ...

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"figura de retórica", entendimento confuso e prejudicial à clareza de certos propósitos. De<br />

acordo com Joly (1996, p.81):<br />

A nova retórica embora tardiamente conhecida na França, esse<br />

movimento originou uma renovação da teoria da literatura, que passa a<br />

considerá-la não mais como um reflexo da vida, mas como uma soma de<br />

procedimentos: "A obra de arte é uma soma de procedimentos" declara<br />

Chklovski, um dos líderes do movimento, para quem a "separação entre<br />

forma e conteúdo não tem sentido".<br />

Nos anos de 1960, com a renovação da teoria literária, a descoberta na França do<br />

Formalismo Russo e, depois, do Estruturalismo, além dos empréstimos das diversas<br />

ciências humanas à Lingüística, permitiu que Barthes reflitisse sobre o mecanismo de<br />

funcionamento da imagem em termos de retórica, comenta Joly (1996).<br />

O postulado ainda é tímido, mas Barthes entende o termo retórica, a propósito da<br />

linguagem, em duas acepções: a primeira como modo de persuasão e argumentação (como<br />

inventio), e a segunda como estilo ou elocutio.<br />

No que se refere à retórica como inventio, ou modo de persuasão, Barthes reconhece<br />

na imagem a especificidade da conotação: uma retórica da conotação, isto é, a faculdade de<br />

provocar uma segunda significação a partir de uma primeira, ou seja, de um signo pleno.<br />

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