MANUAL TÉCNICO - Mahle.com
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10.3 — Outros fatores<br />
Corrosão – escamas – cavitação<br />
Aspecto<br />
l Pequenos furos e/ou formação de escamas.<br />
Causas<br />
l Corrosão eletrolítica ou eletrólise – Resulta<br />
da de<strong>com</strong>posição química do metal devido à<br />
ação de pequenas correntes elétricas, que sur-<br />
gem quando dois metais diferentes, <strong>com</strong>o o ferro<br />
e o cobre, entram em contato <strong>com</strong> a água. Esta<br />
corrente elétrica, apesar de fraca, <strong>com</strong> o tempo<br />
acaba atacando as paredes externas da cami-<br />
sa. Nos motores modernos, utiliza-se, abaixo<br />
do colarinho da camisa, um anel de latão, para<br />
que esta eletricidade passe para o bloco e des-<br />
te para o chassi, através de um cabo-terra.<br />
l Corrosão química – É resultado, principalmen-<br />
te, do ataque do oxigênio presente na água ao<br />
ferro, de que são construídas as camisas, dando<br />
origem ao óxido de ferro ou à ferrugem. Este fe-<br />
nômeno é acelerado quando há maior presença<br />
de oxigênio na água, devido a falhas na vedação<br />
do sistema de arrefecimento, podendo haver pe-<br />
netração de ar através das mangueiras, cone-<br />
xões, tampas defeituosas, baixo nível de água,<br />
entre outros. A corrosão química também é ace-<br />
lerada por utilização de água não tratada,<strong>com</strong><br />
presença de substâncias corrosivas, <strong>com</strong>o a<br />
água ácida ou alcalina, ou ainda pela falta dos<br />
inibidores de corrosão re<strong>com</strong>endados pela mon-<br />
tadora/fabricante do motor.<br />
l Formação de escamas – Estas escamas se<br />
formam devido a minerais contidos na água não<br />
tratada para o sistema de arrefecimento, que vão<br />
se depositando por sobre as paredes externas<br />
dos cilindros, quando aquecidos. As escamas<br />
acabam por formar uma barreira térmica que di-<br />
ficulta a transferência de calor, criando os cha-<br />
mados pontos quentes, causadores de escoria-<br />
ções, desgastes na parede interna dos cilindros<br />
e engripamento dos anéis e pistões.<br />
l Cavitação – As camisas, durante o funciona-<br />
mento do motor, são submetidas a pulsações<br />
que são conseqüência da <strong>com</strong>bustão e mistura<br />
ar/<strong>com</strong>bustível no seu interior. Assim, quando<br />
ocorre a <strong>com</strong>bustão, ocorre também a expansão<br />
da parede da camisa em frações de milímetro,<br />
devido à força dos gases em expansão contra<br />
as paredes internas. Após passada a expan-<br />
são dos gases, as paredes do cilindro voltam<br />
às suas dimensões normais. Esta volta ocorre<br />
em um espaço de tempo muito curto: a água<br />
do sistema não tem tempo suficiente para pre-<br />
encher de imediato o espaço criado, originando<br />
minúsculas bolhas de vácuo que, ao implodirem<br />
junto à parede da camisa, arrancam-lhe peque-<br />
nas partículas de metal, perfurando-a.<br />
Camisa em fase de expansão<br />
Bolhas ao redor da camisa<br />
Fig. 10.3.1<br />
Fig. 10.3.2<br />
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