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Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business

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FÓRUM AUTOMOTIVO | ECONOMIA<br />

AJUSTE EM 2011<br />

PARA CRESCER MAIS<br />

RÁPIDO DEPOIS<br />

BRADESCO PROJETA AQUECIMENTO<br />

CONTÍNUO DA ECONOMIA BRASILEIRA<br />

PEDRO KUTNEY<br />

“A<br />

juste<br />

adiante.” Assim o eco-<br />

moderado em 2011<br />

e excelentes perspectivas<br />

nomista-coordenador de pesquisa<br />

econômica do Bradesco, Fernando<br />

Honorato Barbosa, resumiu o cenário<br />

macroeconômico brasileiro em<br />

apresentação durante o II Fórum da<br />

Indústria Automobilística, realizado por<br />

<strong>Automotive</strong> <strong>Business</strong> em 11 de abril.<br />

O economista destacou que as<br />

20BUSINESS<br />

FERNANDO BARBOSA:<br />

governo mantém embalo<br />

perspectivas otimistas para o Brasil<br />

estão lastreadas por um conjunto de<br />

fatores que pode garantir anos seguidos<br />

de prosperidade econômica ao<br />

País, a começar pela continuidade da<br />

elevação da renda da população, que<br />

compra mais, toma mais crédito e assim<br />

põe em marcha um círculo virtuoso,<br />

no qual as empresas vendem mais<br />

e, portanto, geram novos empregos.<br />

Conforme demonstrou Barbosa<br />

em sua apresentação, o salário médio<br />

brasileiro, que está pouco acima<br />

de R$ 1,5 mil, deverá superar R$ 1,6<br />

mil até o fim de 2012. Mais pessoas<br />

estarão sendo alçadas nos próximos<br />

meses para a chamada classe média,<br />

com renda entre R$ 1.159 e R$ 4.635,<br />

que já representa 52,4% da população<br />

e, segundo as projeções do Bradesco,<br />

deve chegar a 58,2% em 2020.<br />

Ao mesmo tempo, a taxa de de<strong>sempre</strong>go<br />

permanece em queda, devendo<br />

fechar em 6,4% da população<br />

ativa nas principais regiões metropolitanas<br />

do País em 2011, caindo para<br />

6,1% ao fim de 2012.<br />

“Tudo corrobora para o aquecimento<br />

do mercado interno”, avalia Barbosa,<br />

lembrando ainda que os próximos<br />

anos são de intensificação de grandes<br />

investimentos no País, com as<br />

obras do PAC, Plano de Aceleração<br />

do Crescimento, exploração das re-<br />

servas de petróleo do pré-sal, Copa de<br />

2014 e Olimpíadas de 2016.<br />

O horizonte de longo prazo promete<br />

a manutenção desse cenário<br />

de pleno emprego, renda em ascensão<br />

e consumo em alta, pois o Brasil<br />

tem um enorme bônus demográfico<br />

a usufruir, com a maior parte da população<br />

em idade economicamente<br />

ativa nos próximos 25 anos.<br />

FREIO DE ARRUMAÇÃO<br />

O aquecimento do consumo também<br />

traz efeitos colaterais indesejáveis e o<br />

principal deles é a escalada da inflação,<br />

que tende a atingir o pico de 7%<br />

este ano, segundo projeta o Bradesco,<br />

principalmente porque a demanda<br />

vem crescendo mais do que o PIB,<br />

Produto Interno Bruto, nos últimos<br />

anos, o que obriga o governo a acionar<br />

“um freio de arrumação”, conforme<br />

explica Barbosa, com cortes de<br />

gastos públicos e adoção de medidas<br />

para desaquecer o consumo, entre<br />

elas o aumento dos juros.<br />

Mas o economista aposta que o governo<br />

não quer perder o embalo que a<br />

economia ganhou e, por isso, será comedido<br />

nos remédios para conter a inflação,<br />

que pelas estimativas do banco<br />

deve voltar a cair para 4,5% em 2012. “A<br />

taxa de juros deve subir, mas não muito,<br />

vemos apenas mais dois aumentos<br />

de 0,25 ponto, ficando em 12,25% ao<br />

ano no fim de 2011”, diz Barbosa. O<br />

Bradesco avalia que o atual ciclo de alta<br />

dos juros é de curta duração e estima<br />

que a taxa volte a cair no próximo ano,<br />

terminando 2012 em 11,25%.<br />

“Acreditamos que o governo não irá<br />

aprofundar a alta dos juros para não<br />

atrapalhar o crescimento econômico.<br />

Preferirá lançar mão de outros instrumentos<br />

para combater a inflação, como<br />

corte de gastos e adoção de medidas<br />

de contenção do crédito, como já<br />

fez em novembro passado com aumento<br />

dos compulsórios para alguns tipos<br />

de financiamento”, avaliou Barbosa.

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