Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business
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ESPECIAL | TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />
são reticentes em agregar tecnologia<br />
com custo maior. Assim, todos os<br />
avanços, por enquanto, dependem<br />
do que a lei obrigar, como já é o caso<br />
de ABS, airbags e rastreador”, avalia<br />
Manieri. “Existe um mundo a evoluir<br />
na área de eletrônica veicular no Brasil.<br />
O desafio é criar tecnologia local<br />
com preço acessível.”<br />
“As universidades têm investido<br />
no desenvolvimento de técnicas de<br />
fabricação de substratos, mas ainda<br />
PRINCIPAIS SISTEMAS ELETRÔNICOS<br />
DE UM CARRO BRASILEIRO COMUM<br />
Telemetria: rastreamento, GPS<br />
52BUSINESS<br />
PRODUÇÃO de centralinas<br />
nas instalações da Magneti<br />
Marelli no Brasil<br />
de forma tímida. Ainda são escassos<br />
os recursos e incentivos governamentais<br />
para a fabricação local<br />
de componentes eletrônicos. Nem<br />
mesmo itens de complexidade intermediária<br />
são produzidos no Brasil”,<br />
destaca Alberto Rejman, diretor da<br />
Seção São Paulo da SAE Brasil e<br />
diretor executivo de engenharia de<br />
produtos da General Motors América<br />
do Sul. “Importamos anualmente<br />
mais de US$ 18 bilhões por ano em<br />
gerenciamento do motor flex, gerenciamento de câmbio robotizado<br />
faróis, lanternas<br />
frontais, ABS<br />
acionamento de travas e vidros, alarme, climatização<br />
instrumentos, controles, rádio, DVD, GPS<br />
eletrônicos, somos completamente<br />
dependentes de outros países, não<br />
apenas na indústria automotiva, mas<br />
também na de informática e de telecomunicações.”<br />
VISÃO ESTRATÉGICA<br />
“O País não incentivou a indústria<br />
eletrônica e perdeu a concorrência<br />
para China e Coreia. Agora não<br />
consegue produzir nada aqui”, avalia<br />
Besaliel Botelho, vice-presidente<br />
executivo da Robert Bosch Brasil. “O<br />
crescimento do consumo de bens<br />
eletrônicos pode mudar essa realidade.<br />
Tomara, porque nós precisamos<br />
comprar esses componentes e<br />
hoje dependemos só de importação,<br />
o que pode ser um risco quando se<br />
olha o que aconteceu depois do terremoto<br />
no Japão, que paralisou embarques<br />
para cá”, completa.<br />
Especialistas dizem que a instalação<br />
de uma fábrica de semicondutores<br />
requer mercado muito grande<br />
para justificar investimentos bilionários,<br />
de US$ 1 bilhão a US$ 3 bilhões<br />
em uma só fábrica, e por isso o Brasil<br />
já teria perdido para a Ásia essa corrida.<br />
Contudo, se o volume de eletrônicos<br />
importados já passa de US$<br />
18 bilhões/ano, com perspectivas de<br />
crescimento, parece mais do que justificável<br />
a instalação dessa indústria<br />
no País. Mas, ao menos no setor automotivo,<br />
nem todos enxergam dessa<br />
maneira. “Não vejo necessidade<br />
de fazer pecinhas aqui, o importante<br />
é agregar valor, montar os circuitos e<br />
sistemas eletrônicos”, diz Cledorvino<br />
Belini, presidente da Fiat América Latina<br />
e da Anfavea, a associação dos<br />
fabricantes de veículos.<br />
Maurício Muramoto, presidente<br />
da Continental Brasil, concorda<br />
com essa visão: “Podemos importar<br />
componentes e desenvolver os sistemas<br />
aqui”, diz. Ele conta que, há dez<br />
anos, quando ainda estava na Siemens<br />
VDO (depois comprada pela