Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business
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a deverá acompanhar mais de perto<br />
a evolução internacional, acredita<br />
Rejman: “Atualmente, várias empresas<br />
estão trabalhando em projetos de<br />
novos produtos que irão ser produzidos<br />
e comercializados não somente<br />
em países emergentes, mas também<br />
em mercados de alta tecnologia”,<br />
afirma. “O progresso também se<br />
aplica ao uso de ferramentas de desenvolvimento<br />
que eram incipientes<br />
no passado, tais como programas de<br />
simulação, e hoje são parte integrante<br />
do desenvolvimento local.”<br />
Apesar das dificuldades, a maioria<br />
dos analistas projeta um cenário positivo<br />
para o desenvolvimento tecno-<br />
BAIXO INVESTIMENTO<br />
SETOR LIDERA APORTES LOCAIS EM P&D, MAS BRASIL APLICA MENOS DE 1% DO PIB NESSA ÁREA<br />
Apesar da grande evolução do desenvolvimento local de<br />
produtos, especialistas alertam que o País é obrigado a<br />
importar muita inteligência, na forma de projetos e produtos<br />
de alto valor agregado, porque aqui o investimento<br />
na área é substancialmente inferior ao de muitos países<br />
concorrentes. Isso fica claro quando se comparam os<br />
gastos totais com pesquisa e desenvolvimento (P&D).<br />
Segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, o<br />
capital destinado a P&D no Brasil por governo, estatais<br />
e empresas privadas mal passa de 1% do PIB, cerca de<br />
US$ 23 bilhões por ano, enquanto a China, por exemplo,<br />
direciona 1,5% de seu PIB, mais de US$ 120 bilhões/<br />
ano, e os Estados Unidos, a nação que mais investe nisso,<br />
gasta quase US$ 400 bilhões, ou 2,7% do PIB.<br />
O setor automotivo é, de longe, o segmento da indústria<br />
de transformação nacional que mais investe em<br />
pesquisa e desenvolvimento, com o total de R$ 3 bilhões<br />
em 2008, de acordo com dados da mais recente Pintec,<br />
Pesquisa de Inovação Tecnológica do IBGE. Este valor,<br />
contudo, representou apenas 1,5% do faturamento naquele<br />
ano dos fabricantes de autopeças e veículos, que<br />
chegou a R$ 201 bilhões. E foi um terço dos investimentos<br />
totais de R$ 8,5 bilhões.<br />
Essas cifras revelam que o porcentual destinado a<br />
P&D por empresas do setor automotivo no País está<br />
bastante abaixo dos padrões das matrizes, que gastam<br />
de 5% a 8% das receitas para desenvolver tecnologia.<br />
MUITAS MUIT VEZES É<br />
NECESSÁRIA NEC ALTA<br />
TECNOLOGIA<br />
PARA CONTER<br />
OS CUSTOS DE<br />
COMPONENTES<br />
AUTOMOTIVOS<br />
PAULO ALVES, diretor de sistemas de<br />
segurança e carroceria da Continental<br />
Fabricante de pneus e diversos sistemas automotivos,<br />
a alemã Continental, por exemplo, investiu sozinha algo<br />
como US$ 2 bilhões em pesquisa e desenvolvimento durante<br />
o ano passado, o que supera o investimento do<br />
segmento inteiro no Brasil.<br />
A situação fica pior quando se divide o investimento<br />
entre montadoras e fornecedores de peças. As fabricantes<br />
de veículos destinaram em 2008, segundo a Pintec,<br />
R$ 2,5 bilhões às atividades de P&D, ou 2% do faturamento<br />
naquele ano, enquanto as fábricas de componentes<br />
gastaram R$ 528 milhões, ou apenas 0,7% das<br />
receitas. O quadro é preocupante, pois atualmente grande<br />
parte das inovações tecnológicas é promovida pelos<br />
sistemistas. Assim, a indústria instalada aqui perde uma<br />
importante fonte de evolução.<br />
Nesse cenário, ideias novas que criam valor se propagam<br />
mais lentamente no Brasil, onde 41.262 empresas,<br />
ou 38,6% das 106.862 consultadas na Pintec,<br />
declararam ter implementado inovações de processos e<br />
produtos entre 2006 e 2008, ante 101 mil corporações<br />
inovadoras na Alemanha só em 2004, ou 56%.<br />
Os resultados são <strong>melhor</strong>es no setor automotivo brasileiro:<br />
1.190 de 2.638 corporações ouvidas promoveram<br />
inovações, mas o índice de 45%, embora maior que a<br />
média nacional, ainda está atrás do nível mundial – na<br />
indústria automotiva alemã foi de 65% em 2004, e de<br />
51% na França no mesmo ano.