Automotiva Usiminas. Fazer melhor sempre. - Automotive Business
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nos dá escala para produzir<br />
nossos caminhões com<br />
preços competitivos. Por<br />
exemplo, se tivéssemos<br />
que fazer as diversas famílias<br />
de motores que usamos<br />
no Cargo, teríamos de<br />
investir muito para fazer volumes<br />
pequenos.<br />
Está em gestação no centro<br />
de desenvolvimento<br />
de Camaçari a próxima<br />
geração do EcoSport,<br />
carro que deverá ser produzido<br />
também em outros<br />
países. Como a matriz<br />
da companhia foi convencida a<br />
trazer para o Brasil um projeto global?<br />
OLIVEIRA – Depois do próprio<br />
EcoSport, o Ka 2008 foi desenvolvido<br />
aqui, o Fiesta atual também, agora<br />
apresentamos o Cargo 2012. Todos<br />
esses projetos bem-sucedidos liderados<br />
pela engenharia brasileira provaram<br />
à matriz que nós tínhamos capacidade<br />
para assumir um projeto global.<br />
O EcoSport ganhou admiração na<br />
matriz da Ford, não só pelo produto<br />
em si, mas também pelo “branding”, a<br />
marca que criamos. É preciso lembrar<br />
que o desenvolvimento de um carro<br />
não envolve só a competência de 1,5<br />
mil engenheiros de produto que temos<br />
aqui, é também o trabalho de marketing,<br />
que desenha o conceito, e tem o<br />
apoio das áreas de finanças, compras<br />
e manufatura, que viabilizam o projeto.<br />
Portanto o EcoSport é o resultado desse<br />
pacote completo de competências<br />
que nós temos disponível no Brasil.<br />
É verdade que a estratégia global de<br />
comunicação do novo EcoSport também<br />
será desenhada aqui no Brasil?<br />
OLIVEIRA – Exatamente. No caso da<br />
próxima geração do EcoSport, o trabalho<br />
de pesquisas e clínicas com consumidores<br />
está sendo feito nos diferentes<br />
países onde o carro será vendido, porque<br />
a necessidade de um brasileiro pode<br />
não ser exatamente igual à de um<br />
cliente de outro país. Por isso o trabalho<br />
de marketing é muito importante para<br />
orientar todo o desenvolvimento, para<br />
que o produto atinja na mosca seu objetivo.<br />
Essa é a verdadeira globalização.<br />
Podemos esperar mais projetos globais<br />
da Ford aqui?<br />
OLIVEIRA – Esse é o nosso desejo e<br />
estamos trabalhando para isso, são<br />
processos contínuos de planejamento.<br />
A Ford está expandindo a capacidade<br />
de Camaçari de 230 mil para 300<br />
mil unidades/ano. Existem planos de<br />
produzir motores na Bahia?<br />
OLIVEIRA – A nossa fábrica de Taubaté<br />
passa por um grande processo<br />
de ampliação, que começou no<br />
ano passado, e pode fazer até 500<br />
mil motores por ano, contando os<br />
modelos RoCam e Sigma. Por enquanto<br />
tem capacidade para atender<br />
as necessidades das Américas,<br />
com o RoCam para Camaçari e as<br />
exportações do Sigma (para México<br />
e Argentina). Para o futuro nós ainda<br />
estamos definindo como vamos fazer<br />
o abastecimento de motores para<br />
Camaçari. Existem diversas alter-<br />
nativas em estudo.<br />
Há muitos competidores<br />
chegando ao mercado<br />
brasileiro. O quarto lugar<br />
da Ford está ameaçado?<br />
OLIVEIRA – Esperamos<br />
não só manter nosso<br />
market share (em torno<br />
de 10%) e até fazê-lo crescer,<br />
com nosso plano de<br />
aumento de capacidade e<br />
lançamento de novos produtos.<br />
Em nenhum outro<br />
lugar do mundo apenas<br />
três marcas dominam<br />
mais de 60% das vendas.<br />
Não é possível imaginar<br />
que elas não vão perder uma parte<br />
disso diante de mais de vinte concorrentes.<br />
Claro que alguém terá de perder<br />
espaço e acho que nós podemos<br />
tomar um pouco disso, pois a Ford<br />
está só no meio do caminho para os<br />
líderes. O consumidor vai determinar<br />
o modelo e o tamanho do mercado<br />
de cada empresa, mas aquele modelo<br />
que funcionou por quarenta anos<br />
no Brasil, de veículos básicos, com níveis<br />
mínimos de equipamentos, mudou<br />
e continuará mudando nos próximos<br />
anos, pois o poder aquisitivo do<br />
brasileiro está aumentando e suas expectativas<br />
também. Portanto, vencerão<br />
aqueles que souberem acompanhar<br />
e atender essas expectativas.<br />
Então a Ford aposta no modelo de<br />
agregar valor aos veículos?<br />
OLIVEIRA – Sem dúvida. E não só para<br />
atender expectativas dos consumidores,<br />
mas também por causa da legislação,<br />
que aos poucos obriga todos os<br />
fabricantes a acrescentar nos seus carros<br />
elementos de segurança como airbags<br />
e ABS. Assim a integração tecnológica<br />
será um requerimento básico para<br />
atender as regulamentações. Isso já<br />
aconteceu nos principais mercados do<br />
mundo e esse momento também está<br />
chegando aqui.