Apostila - Bento XVI - Maria Mãe da Igreja
Apostila - Bento XVI - Maria Mãe da Igreja
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instante <strong>da</strong> anunciação: « Não temas, <strong>Maria</strong>! » (Lc 1,30). Quantas vezes o Senhor, o vosso Filho, dissera<br />
a mesma coisa aos seus discípulos: Não temais! Na noite do Gólgota, Vós ouvistes outra vez esta<br />
palavra. Aos seus discípulos, antes <strong>da</strong> hora <strong>da</strong> traição, Ele tinha dito: « Tende confiança! Eu venci o<br />
mundo » (Jo 16,33). « Não se turve o vosso coração, nem se atemorize » (Jo 14,27). « Não temas,<br />
<strong>Maria</strong>! » Na hora de Nazaré, o anjo também Vos tinha dito: « O seu reinado não terá fim » (Lc 1,33).<br />
Teria talvez terminado antes de começar? Não; junto <strong>da</strong> cruz, na base <strong>da</strong> palavra mesma de Jesus, Vós<br />
tornastes-Vos mãe dos crentes. Nesta fé que, inclusive na escuridão do Sábado Santo, era certeza <strong>da</strong><br />
esperança, caminhastes para a manhã de Páscoa. A alegria <strong>da</strong> ressurreição tocou o vosso coração e uniu-<br />
Vos de um novo modo aos discípulos, destinados a tornar-se família de Jesus mediante a fé. Assim Vós<br />
estivestes no meio <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de dos crentes, que, nos dias após a Ascensão, rezavam unanimemente<br />
pedindo o dom do Espírito Santo (cf. Act 1,14) e o receberam no dia de Pentecostes. O « reino » de Jesus<br />
era diferente <strong>da</strong>quele que os homens tinham podido imaginar. Este « reino » iniciava naquela hora e<br />
nunca mais teria fim. Assim, Vós permaneceis no meio dos discípulos como a sua <strong>Mãe</strong>, como <strong>Mãe</strong> <strong>da</strong><br />
esperança. Santa <strong>Maria</strong>, <strong>Mãe</strong> de Deus, <strong>Mãe</strong> nossa, ensinai-nos a crer, esperar e amar convosco. Indicainos<br />
o caminho para o seu reino! Estrela do mar, brilhai sobre nós e guiai-nos no nosso caminho!<br />
Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 30 de Novembro, festa de Santo André Apóstolo, do ano<br />
2007, terceiro de Pontificado.<br />
BENEDICTUS PP. <strong>XVI</strong><br />
Fonte: www.vatican.va<br />
CARTA APOSTÓLICA<br />
MOTU PRÓPRIO<br />
SUMMORUM PONTIFICUM<br />
DO PAPA BENTO <strong>XVI</strong><br />
"Os sumos pontífices até nossos dias se preocuparam constantemente para que a <strong>Igreja</strong> de Cristo<br />
oferecesse à Divina Majestade um culto divino digno de "louvor e glória de Seu nome" e "do bem de<br />
to<strong>da</strong> sua Santa <strong>Igreja</strong>".<br />
"Desde tempo imemorável, como também para o futuro, é necessário manter o princípio segundo o qual,<br />
"ca<strong>da</strong> <strong>Igreja</strong> particular deve concor<strong>da</strong>r com a <strong>Igreja</strong> universal, não só quanto à doutrina <strong>da</strong> fé e aos<br />
sinais sacramentais, mas também com respeito aos usos universalmente aceitos <strong>da</strong> ininterrupta tradição<br />
apostólica, que devem observar-se não só para evitar erros, mas também para transmitir a integri<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> fé, para que a lei <strong>da</strong> oração <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong> correspon<strong>da</strong> à sua lei de fé". (1)<br />
"Entre os pontífices que tiveram essa preocupação ressalta o nome de São Gregório Magno, que fez todo<br />
o possível para que aos novos povos <strong>da</strong> Europa se transmitisse tanto a fé católica como os tesouros do<br />
culto e <strong>da</strong> cultura acumulados pelos romanos nos séculos precedentes. Ordenou que fosse defini<strong>da</strong> e<br />
conserva<strong>da</strong> a forma <strong>da</strong> sagra<strong>da</strong> Liturgia, relativa tanto ao Sacrifício <strong>da</strong> Missa como ao Ofício Divino, no<br />
modo em que se celebrava na Urbe. Promoveu com a máxima atenção a difusão dos monges e monjas<br />
que, atuando segundo a regra de são <strong>Bento</strong>, sempre junto ao anúncio do Evangelho exemplificaram com<br />
sua vi<strong>da</strong> a saudável máxima <strong>da</strong> Regra: "Na<strong>da</strong> se antecipe à obra de Deus" (cap.43). Dessa forma a<br />
Sagra<strong>da</strong> Liturgia, celebra<strong>da</strong> segundo o uso romano, enriqueceu não somente a fé e a pie<strong>da</strong>de, mas<br />
também a cultura de muitas populações. Consta efetivamente que a liturgia latina <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong> em suas<br />
várias formas, em todos os séculos <strong>da</strong> era cristã, impulsionou na vi<strong>da</strong> espiritual a numerosos santos e<br />
reforçou a tantos povos na virtude <strong>da</strong> religião e fecundou sua pie<strong>da</strong>de".<br />
"Muitos outros pontífices romanos, no transcurso dos séculos, mostraram particular solicitude para que<br />
a sagra<strong>da</strong> Liturgia manifestasse de forma mais eficaz esta tarefa: entre eles destaca-se São Pio V, que<br />
sustentado de grande zelo pastoral, após a exortação do Concílio de Trento, renovou todo o culto <strong>da</strong><br />
<strong>Igreja</strong>, revisou a edição dos livros litúrgicos emen<strong>da</strong>dos e "renovados segundo a norma dos Padres" e<br />
os deu uso à <strong>Igreja</strong> Latina".<br />
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