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Apostila - Bento XVI - Maria Mãe da Igreja

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jovens, com uma i<strong>da</strong>de média de 22 anos, desconhecidos. Subitamente, um dilúvio de água,<br />

relâmpagos e vento se abatem sobre todos, sem nenhuma possibili<strong>da</strong>de de se cobrir. Voam pelo ar<br />

instrumentos do som, cartazes, e o próprio Papa se molha. Mas ele permanece no lugar, frente ao<br />

explosivo regozijo dos jovens pelo inesperado espetáculo não programado que o céu brin<strong>da</strong>.<br />

Quando a chuva para, o Papa põe de lado o discurso escrito e dirige aos jovens poucas palavras.<br />

Convi<strong>da</strong> a olhar não para ele, mas para esse Jesus que está presente na hóstia consagra<strong>da</strong> sobre o<br />

altar. Ajoelha-se em silêncio, em atitude de adoração. O mesmo ocorre na esplana<strong>da</strong>: todos se<br />

ajoelham sobre a terra molha<strong>da</strong>, em meio a um silêncio absoluto, durante cerca de meia hora.<br />

Ao avaliar este papado, poucos compreenderam a audácia destes gestos que vão na contracorrente. Mas<br />

quando <strong>Bento</strong> <strong>XVI</strong> os realiza e os explica, o faz com a atitude agradável de quem não quer inventar<br />

na<strong>da</strong> próprio, mas simplesmente ir ao coração <strong>da</strong> aventura humana e do mistério cristão.<br />

Também Rafael, há cinco séculos, nesse sublime fresco <strong>da</strong>s Salas Vaticanas que é a “Disputa do<br />

Santíssimo Sacramento”, colocou a hóstia consagra<strong>da</strong> no centro de tudo, sobre o altar de uma<br />

grandiosa liturgia cósmica que vê interagir o Pai, o Filho, o Espírito Santo, a <strong>Igreja</strong> terrena e<br />

celestial, o tempo e o eterno.<br />

Quando <strong>Bento</strong> <strong>XVI</strong> convocou seu primeiro sínodo, em 2005, o dedicou justamente à Eucaristia, e quis<br />

que se projetasse durante todo o encontro esse fresco de Rafael, em uma tela coloca<strong>da</strong> diante dos bispos<br />

ali congregados de todo o mundo.<br />

De Joseph Ratzinger se discutiram as doutas exposições na Universi<strong>da</strong>de de Regensburg e no Colégio<br />

dos Bernardinos de Paris, no Westminter Hall de Londres e no Parlamento Federal de Berlim. Mas um<br />

dia se descobrirá que o maior distintivo deste Papa são as homilias, como foi o caso antes dele de<br />

São Leão Magno, o Papa que deteve a invasão de Átila.<br />

As homilias são as palavras de <strong>Bento</strong> <strong>XVI</strong> sobre as quais menos se fala. Ele as pronuncia durante a<br />

Missa, perigosamente próximo, então, desse Jesus que está vivo e presente nos sinais do pão e do vinho,<br />

desse Jesus que – ele prega incansavelmente – é o mesmo que explicou as Sagra<strong>da</strong>s Escrituras aos<br />

peregrinos de Emaús, de forma tão pareci<strong>da</strong> aos homens extraviados de hoje, e que se revelou a eles ao<br />

partir o pão, como no quadro pintado por Caravaggio que está na National Gallery de Londres, e que<br />

desaparece no momento em que é reconhecido, porque a fé é assim, não é nunca visão geometricamente<br />

percebi<strong>da</strong>, mas um jogo inesgotável de liber<strong>da</strong>de e de graça.<br />

À fé nula ou escassa de tantos homens de hoje, nas Missas banalmente reduzi<strong>da</strong>s a abraços de paz<br />

e assembléias solidárias, o Papa <strong>Bento</strong> <strong>XVI</strong> oferece a fé substancial em um Deus que se faz<br />

realmente próximo, que ama e perdoa, que se faz tocar e comer.<br />

Esta era também a fé dos primeiros cristãos. <strong>Bento</strong> <strong>XVI</strong> o recordou no Angelus de dois [três] domingos<br />

atrás. Disse que a decisão de fazer do domingo o “Dia do Senhor” foi um gesto de audácia<br />

revolucionária, precisamente porque extraordinário e comovedor foi o acontecimento que o originou: a<br />

ressurreição de Jesus e suas aparições posteriores, em sua condição de ressuscitado, entre os discípulos a<br />

ca<strong>da</strong> “primeiro dia <strong>da</strong> semana”, ou seja, no dia do começo <strong>da</strong> criação.<br />

O pão terrenal que se converte em comunhão com Deus, disse o Papa em uma homilia, “quer ser o<br />

começo <strong>da</strong> transformação do mundo, para que se converta em um mundo de ressurreição, em um<br />

mundo de Deus”.<br />

Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/<br />

Catequese do Papa <strong>Bento</strong> <strong>XVI</strong><br />

"Entre tantos dominadores, Deus é o único Senhor"<br />

Em sua catequese sobre a oração em São Paulo, o Papa <strong>Bento</strong> <strong>XVI</strong> centrou-se na Epístola aos<br />

Filipenses, que destaca o sentido de gratidão a Deus do Apóstolo, também na iminência do martírio (Cf.<br />

Fil. 2,27).<br />

Na prisão em Roma, Paulo "expressa a alegria de ser discípulo de Cristo, de poder ir ao seu encontro,<br />

até o ponto de ver a morte não como per<strong>da</strong>, mas como lucro”. De onde podemos tirar a nossa alegria,<br />

também numa situação tão trágica?<br />

O segredo de Paulo é aquele de ter "os mesmos sentimentos de Cristo Jesus" (Fil 2,5), ou seja, a<br />

humil<strong>da</strong>de, a generosi<strong>da</strong>de, o amor, a obediência a Deus, o dom de si mesmo. É o seguimento total ao<br />

Filho de Deus, Caminho, Ver<strong>da</strong>de e Vi<strong>da</strong>.<br />

A música menciona<strong>da</strong> na Carta aos Filipenses, conheci<strong>da</strong> pela tradição como Carmen Christo(canto<br />

por Cristo), "resume todo o percurso divino-humano do Filho de Deus e abrange to<strong>da</strong> a história<br />

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