Apostila - Bento XVI - Maria Mãe da Igreja
Apostila - Bento XVI - Maria Mãe da Igreja
Apostila - Bento XVI - Maria Mãe da Igreja
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
(Artigo 8º)<br />
13 - E o Breviário, promulgado pelo Beato João XXIII em 1962, pode ser usado?<br />
R: Sim, é licito o uso pelos clérigos constituídos "in sacris", conforme Artigo 9º § 3º.<br />
14 - É prevista a criação de uma igreja para celebrações exclusivas em latim (Com Missal<br />
do Papa João XXIII) ?<br />
R: Sim, o Ordinário do lugar, se o considerar oportuno, pode erigir uma paróquia pessoal para<br />
celebrações com a forma do antigo rito romano e até nomear um capelão, segundo a norma do<br />
cânon 518. (Artigo 10º)<br />
15- Pode-se pedir o antigo rito romano para celebrações particulares ou ocasionais<br />
(matrimônios, exéquias, peregrinações) ?<br />
R: Sim, no § 3º do artigo 5 o Papa pede aos párocos que permitam tais celebrações.<br />
16 - Nas celebrações do antigo rito romano, as leituras podem ser proclama<strong>da</strong>s em língua<br />
vernácula?<br />
R: Sim, desde que usando-se as edições reconheci<strong>da</strong>s pela Sé Apostólica, conforme prevê o<br />
artigo 6º.<br />
17 - Como a Santa Sé vai acompanhar a aplicação destas normas no mundo inteiro?<br />
R: A Santa Sé constituiu a Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei" não só para acompanhar, mas<br />
para orientar o clero tanto nos casos de forma como nas adversi<strong>da</strong>des. Esta Comissão possui<br />
autori<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Santa Sé para vigiar a observância e aplicação <strong>da</strong>s decisões promulga<strong>da</strong>s pelo<br />
Motu Próprio. (Artigo 12º)<br />
O Papa, na carta aos bispos, pede a re<strong>da</strong>ção de relatório a ser enviado à Santa Sé após<br />
completados três anos <strong>da</strong> promulgação do Motu Próprio a fim de corrigir eventuais<br />
dificul<strong>da</strong>des que se observarem. A tarefa dos bispos é a de vigiar para que tudo se desenrole<br />
em paz e sereni<strong>da</strong>de. Ao fin<strong>da</strong>r o prazo decadencial estipulado, deverão enviar relatório ao<br />
Vaticano.<br />
18 - Quando o Motu Proprio entra efetivamente em vigor?<br />
R: No dia 14 de setembro de 2007, festa <strong>da</strong> Exaltação <strong>da</strong> Santa Cruz. (Artigo 12º)<br />
Fonte:http://www.paginaoriente.com/enciclicasbentoxvi/motuproprioquestoes.htm<br />
CARTA APOSTÓLICA<br />
SOB FORMA DE MOTU PROPRIO<br />
PORTA FIDEI<br />
DO SUMO PONTÍFICE<br />
BENTO <strong>XVI</strong><br />
COM A QUAL SE PROCLAMA O ANO DA FÉ<br />
1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vi<strong>da</strong> de comunhão com Deus e permite a entra<strong>da</strong><br />
na sua <strong>Igreja</strong>, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é<br />
anuncia<strong>da</strong> e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica<br />
embrenhar-se num caminho que dura a vi<strong>da</strong> inteira. Este caminho tem início no Baptismo (cf. Rm 6, 4),<br />
pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através <strong>da</strong><br />
morte para a vi<strong>da</strong> eterna, fruto <strong>da</strong> ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis<br />
fazer participantes <strong>da</strong> sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trin<strong>da</strong>de –<br />
Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na<br />
plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no<br />
mistério <strong>da</strong> sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a <strong>Igreja</strong> através dos séculos enquanto<br />
aguar<strong>da</strong> o regresso glorioso do Senhor.<br />
2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessi<strong>da</strong>de de redescobrir o<br />
caminho <strong>da</strong> fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do<br />
encontro com Cristo. Durante a homilia <strong>da</strong> Santa Missa no início do pontificado, disse: «A <strong>Igreja</strong> no seu<br />
conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do<br />
deserto, para lugares <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, <strong>da</strong> amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vi<strong>da</strong>, a vi<strong>da</strong> em<br />
plenitude»[1]. Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências<br />
sociais, culturais e políticas <strong>da</strong> fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto<br />
116