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Apostila - Bento XVI - Maria Mãe da Igreja

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Ressuscitado, o único que pode <strong>da</strong>r respiração e profundi<strong>da</strong>de à nossa vi<strong>da</strong>.<br />

A Eucaristia é o culto <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong> inteira, mas requer também pleno empenho de ca<strong>da</strong> cristão na<br />

missão <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong>; encerra um apelo a sermos o povo santo de Deus, mas chama também ca<strong>da</strong> um à<br />

santi<strong>da</strong>de individual; deve ser celebra<strong>da</strong> com grande alegria e simplici<strong>da</strong>de, mas também de forma<br />

quanto possível digna e reverente; convi<strong>da</strong>-nos a arrepender dos nossos pecados, mas também a<br />

perdoar aos nossos irmãos e irmãs; une-nos a todos no Espírito, mas também nos ordena, no mesmo<br />

Espírito, de levar a boa nova <strong>da</strong> salvação aos outros.<br />

Além disso, a Eucaristia é o memorial do sacrifício de Cristo na Cruz, o seu Corpo e Sangue<br />

oferecidos na nova e eterna aliança pela remissão dos pecados e a transformação do mundo. A<br />

Irlan<strong>da</strong> foi plasma<strong>da</strong>, ao nível mais profundo, por séculos e séculos de celebração <strong>da</strong> Santa Missa; e,<br />

pelo seu poder e graça, gerações de monges, mártires e missionários viveram heroicamente a fé na<br />

pátria e espalharam a Boa Nova do amor e perdão de Deus muito para além <strong>da</strong>s suas praias. Vós sois<br />

os herdeiros duma <strong>Igreja</strong> que foi uma poderosa força de bem no mundo, e que transmitiu a muitos e<br />

muitos outros um amor profundo e duradouro a Cristo e à sua <strong>Mãe</strong> Santíssima. Os vossos<br />

antepassados na <strong>Igreja</strong> <strong>da</strong> Irlan<strong>da</strong> souberam como lutar pela santi<strong>da</strong>de e a coerência na vi<strong>da</strong> pessoal,<br />

como proclamar a alegria que vem do Evangelho, como promover a importância de pertencer à <strong>Igreja</strong><br />

universal em comunhão com a Sé de Pedro, e como transmitir às gerações seguintes o amor pela fé e<br />

as virtudes cristãs. A nossa fé católica, imbuí<strong>da</strong> dum sentido profundo <strong>da</strong> presença de Deus,<br />

maravilha<strong>da</strong> pela beleza <strong>da</strong> criação que nos rodeia, e purifica<strong>da</strong> pela penitência pessoal e a certeza do<br />

perdão de Deus, é uma herança que seguramente se aperfeiçoa e alimenta quando regularmente é<br />

coloca<strong>da</strong> sobre o altar do Senhor no Sacrifício <strong>da</strong> Missa.”<br />

(Palavras do Santo Padre, o Papa <strong>Bento</strong> <strong>XVI</strong>, em vídeo-mensagem transmiti<strong>da</strong> no encerramento do 50º Congresso<br />

Eucarístico Internacional em Dublin, Irlan<strong>da</strong>.)<br />

Fonte: http://fratresinunum.com/2012/06/17/bento-xvi-a-revisao-<strong>da</strong>s-formas-liturgicas-manteve-se-a-um-nivel-exterior-e-aparticipacao-ativa-foi-confundi<strong>da</strong>-com-o-agitar-se-externamente/<br />

“(...)A <strong>Igreja</strong> não é uma comuni<strong>da</strong>de de seres perfeitos, mas de pecadores que se<br />

devem reconhecer necessitados do amor de Deus.”<br />

29.06.2012 “- Mas, de que modo Pedro é a rocha? Como deve realizar esta prerrogativa, que<br />

naturalmente não recebeu para si mesmo? A narração do evangelista Mateus começa por nos dizer<br />

que o reconhecimento <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de de Jesus proferido por Simão, em nome dos Doze, não provém<br />

«<strong>da</strong> carne e do sangue», isto é, <strong>da</strong>s suas capaci<strong>da</strong>des humanas, mas de uma revelação especial de<br />

Deus Pai. Caso diverso se verifica logo a seguir, quando Jesus prediz a sua paixão, morte e<br />

ressurreição; então Simão Pedro reage precisamente com o ímpeto «<strong>da</strong> carne e do sangue»: Começou<br />

a repreender o Senhor, dizendo: « (…) Isso nunca Te há-de acontecer!» (16, 22). Jesus, por sua vez,<br />

replicou-lhe: «Vai-te <strong>da</strong>qui, Satanás! Tu és para Mim uma ocasião de escân<strong>da</strong>lo…» (16, 23). O<br />

discípulo que, por dom de Deus, pode tornar-se uma rocha firme, surge aqui como ele é na sua<br />

fraqueza humana: uma pedra na estra<strong>da</strong>, uma pedra onde se pode tropeçar (em grego, skan<strong>da</strong>lon).<br />

Por aqui, se vê claramente a tensão que existe entre o dom que provém do Senhor e as capaci<strong>da</strong>des<br />

humanas; e aparece de alguma forma antecipado, nesta cena de Jesus com Simão Pedro, o drama <strong>da</strong><br />

história do próprio Papado, caracteriza<strong>da</strong> precisamente pela presença conjunta destes dois<br />

elementos: graças à luz e força que provêm do Alto, o Papado constitui o fun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong><br />

peregrina no tempo, mas, ao longo dos séculos assoma também a fraqueza dos homens, que só a<br />

abertura à acção de Deus pode transformar.<br />

E no Evangelho de hoje sobressai, forte e clara, a promessa de Jesus: «as portas do inferno», isto é, as<br />

forças do mal, «non praevalebunt», não conseguirão levar a melhor. Vem à mente a narração <strong>da</strong><br />

vocação do profeta Jeremias, a quem o Senhor diz ao confiar-lhe a missão: «Eis que hoje te<br />

estabeleço como ci<strong>da</strong>de fortifica<strong>da</strong>, como coluna de ferro e muralha de bronze, diante de todo este<br />

país, dos reis de Judá e de seus chefes, dos sacerdotes e do povo <strong>da</strong> terra. Far-te-ão guerra, mas não<br />

hão-de vencer - non praevalebunt -, porque Eu estou contigo para te salvar» (Jr 1, 18-19). Na<br />

reali<strong>da</strong>de, a promessa que Jesus faz a Pedro é ain<strong>da</strong> maior do que as promessas feitas aos profetas<br />

antigos: de facto, estes encontravam-se ameaçados por inimigos somente humanos, enquanto Pedro<br />

terá de ser defendido <strong>da</strong>s «portas do inferno», do poder destrutivo do mal. Jeremias recebe uma<br />

promessa que diz respeito à sua pessoa e ministério profético, enquanto Pedro recebe garantias<br />

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