1996 - Sociedade Brasileira de Psicologia
1996 - Sociedade Brasileira de Psicologia
1996 - Sociedade Brasileira de Psicologia
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
inflexfvel, fechado ao dislogo e <strong>de</strong>spreparado. No tipo <strong>de</strong>mocrstico<br />
prevaleceram caracterfsticas positivas como: tolerante, flexfvel<br />
e reflexivo. No tipo permissivo, observou-se uma oscilaçso<br />
entre aspectos positivos e negativos, <strong>de</strong>stacando-se respectivamente<br />
os seguintes adjetivos'. flexfvel, abcrto ao dislogo,<br />
carismstico, teörico e, <strong>de</strong>spreparado, passivo, l .ento e nâo observador.<br />
Concluiu-se que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da srea <strong>de</strong> atuaçso, exatas<br />
ou humanas, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> professor ests relacionado com o aspecto<br />
pessoal <strong>de</strong> cada um, da interaçào professor/aluno e da percepçso<br />
individual <strong>de</strong>sta relaç:o.<br />
-000-<br />
ESC 2.04<br />
CONSIDERAIX ES SOBRE A SELECAO DE CONTEUDOS<br />
E A AVALIAIAO NA DISCIPLINA DE PSICOLOGIA N0 2 a<br />
GRAU. Deise Francisco, Locialnara Kroef àlessandra<br />
Schnei<strong>de</strong>r. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul<br />
A <strong>Psicologia</strong> comporta uma multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolas psicolögicas<br />
e <strong>de</strong> posturas epistemolögicas. Tal diversida<strong>de</strong> coloca o docente<br />
<strong>de</strong> 20 grau <strong>de</strong>sta disciplina frente a gran<strong>de</strong>s problem as n:l<br />
seleç:o <strong>de</strong> contelidos: o que selecionar como contetido relevante,<br />
quais critérios utilizar (0 que seria interessante para o aluno, titil<br />
para seu cotidiano, ou para sua cultura geral) e para qual clientela<br />
se <strong>de</strong>stina tal seleçâo. O objetivo <strong>de</strong>ste estudo é, frente a esta<br />
problemstica, discutir como se ds a seleçâo <strong>de</strong> contelidos e<br />
relacions-la com a escolha <strong>de</strong> métodos avaliativos pelo docente<br />
da disciplina <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> no 20 grau. Para tanto, foram realizadas<br />
entrevistas semi-estruturadas e observaçöes em sala <strong>de</strong> aula<br />
<strong>de</strong> 11 professores <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> da re<strong>de</strong> ptiblica <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Porto<br />
Alegre. A entrevista contemplava questöes sobre a formaçào<br />
profissional, os parâmetros utilizados para eleger os contetîdos e<br />
a forma <strong>de</strong> avaliaçëo, as dificulda<strong>de</strong>s com a disciplina. O<br />
referencial teörico utilizado discute questöes sobre conhecimento,<br />
produçâo <strong>de</strong>ste e dos saberes escolares (Forquin, 1990). Através<br />
da anslise <strong>de</strong> contetido das entrevistas chegamos aos resultados:<br />
hé um sentimento <strong>de</strong> solid:o protissional, ocasionado pela<br />
escassez <strong>de</strong> professores da disciplina', hs falta <strong>de</strong> bibliografia especftica<br />
o que leva o professor a sentir-se como o linico responslvel<br />
pela seleçâo dos contetîdos; os contetîdos sâo escolhidos<br />
conforme a formaçâo protissional, a tilosotia da escolaaA avaliaçâo<br />
é intimamente relacionada com a epistemologia subjacente<br />
ao trabalho docente. Por exemplo: o docente que aplica prova<br />
<strong>de</strong>scritiva ou objetiva concebe a memorizaçâo como um critério<br />
avaliativo importante e ministra aulas expositivas, o que utiliza<br />
auto-avaliaçâo concebe que o aluno é o que po<strong>de</strong> perceber sua<br />
aprendizagem e avalis-la, trabalha em grupos. Esta relaçâo é atravessada<br />
pela filosotia da escola, da funçâo que a disciplina exerce<br />
no meio escolar, entre outros <strong>de</strong>tenninantes. M ECJUFRGS.<br />
-000-<br />
ESC 2.05<br />
COMO PAIS DE ALUNOS DE ESCOLA POBLICA ENTEN-<br />
DEM A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM . Cristina<br />
Ecorsini, f'rfltz Costa, #gl)? Aparecida Guenwli Nucci e Patri'cia<br />
Fàflz Schelilti. Pontiffcia Universida<strong>de</strong> Catölica <strong>de</strong> Campin3S.<br />
Um variado conjunto <strong>de</strong> representaçöes, dc conceitos po<strong>de</strong> ser<br />
edificado quando o assunto é diticulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem. O<br />
olhar sobre essa dificulda<strong>de</strong> é necessariamente multiforme. M as<br />
um tipo <strong>de</strong> representaçâo é particularmente interessante: aquela<br />
que os pais constroem. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi o <strong>de</strong> analisar,<br />
sob a perspectiva dos pais, o conceito <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren-<br />
ESC - <strong>Psicologia</strong> Escolar e da f'ffnclflt7<br />
dizag em , bem como slms percepçöes e postnras frente a essa difi-<br />
culda<strong>de</strong>. Com este propösito foi realizada uma pesquisa com 58<br />
pais <strong>de</strong> crianças que freqtientavam a 3' série do 10 grau <strong>de</strong> uma<br />
escola estadual <strong>de</strong> Campinas. 0 questionlrio utilizado como instrumento<br />
era composto por questöes abertas e fechadas que forneceram<br />
informaföes sobre: a i<strong>de</strong>ntificaç:o do sujeito e da criança,<br />
a percepçâo da presença da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem e a<br />
maneira pela qual foi i<strong>de</strong>ntiticada, as atitu<strong>de</strong>s tomadas em relaçâo<br />
à. dificulda<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>finkso <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem.<br />
As respostas foram analisadas, categorizadas e tratadas estatisticamente.<br />
Os resultados permitiram perceber que a gran<strong>de</strong> maioria<br />
dos pais (82,4%) enten<strong>de</strong>m a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> agrendizagem<br />
como resultado <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s particulares <strong>de</strong> cada aluno, atribuindo<br />
a este a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta dificulda<strong>de</strong> (42,9%). Percebeu-se,<br />
também, na maioria das respostas que esta diticulda<strong>de</strong><br />
foi notada pelos gais (66,6%), através da observaçào do <strong>de</strong>sempenho<br />
escolar da criança (52,6%1. As atitu<strong>de</strong>s tomadas em relaç:o<br />
aestaditiculda<strong>de</strong> partiramdafamflia (80%) e daescolatzo%),<br />
sendo que a expectativa dos pais em relaçâo à criança com dificulda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> aprendizagem ests associada à melhoria dis condiçöes<br />
<strong>de</strong> ensino (66,7%).Foi possfvel concluir que a responsabilida<strong>de</strong><br />
da dificulda<strong>de</strong> ten<strong>de</strong> a ser, s0b a perspectiva dos pais, atribufda<br />
ao aluno, sugerindo a importância <strong>de</strong> planejar um programa<br />
<strong>de</strong> intervençèo que vise conscientizé-los a respeito do fato <strong>de</strong><br />
que essa ditkulda<strong>de</strong> nâo é causada apenas pelo aluno, envolvendo<br />
uma participaçso da escola e da famflia. CNPq e CAPES.<br />
-000-<br />
ESC 2.06<br />
PERCEPIAO DEPROFESSORES DE IOGRAU SOBREALU-<br />
NOS QUE APRENDEM MECANICAMENTE E SIGNIFICA-<br />
TIVAM ENTE.JSJJAUD JI/ da Silva Pontes Xdlt7lElepartamento<br />
<strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> Evolutiva, Social e Escolar - Universida<strong>de</strong> Estadual<br />
Paulista-uNEsp-campus <strong>de</strong> Assis.<br />
O estudo objetivou verificar, <strong>de</strong> acordo com a percepçâo <strong>de</strong> professores<br />
<strong>de</strong> 10 Grau, se alunos aprendiam mecanicamente ou significativamente,<br />
quais as caracterfsticas dos alunos que aprendiam<br />
mecanicamente e as dos que aprendiam significativamente, e<br />
que futuro estalia reselwado aos alunos que aprendiam <strong>de</strong> um ou<br />
<strong>de</strong> outro modo. Atuaram como sujeitos 24 professores que lecionavam<br />
em três escolas da re<strong>de</strong> ptîblica do Estado <strong>de</strong> Sâo Paulo.<br />
Desses professores, 15 eram do sexo feminino e 09 do sexo masculino,<br />
com tempo <strong>de</strong> serviço variando <strong>de</strong> 01 a 23 anos, aproximadamente.<br />
Os dados foram obtidos por meio <strong>de</strong> entrevistas individuais,<br />
em que o pesquisador apresentava e discutia as noçöes<br />
<strong>de</strong> aprendizagem meca-nica e <strong>de</strong> aprendizagem significativa e verificava<br />
se tais noçöes estavam suficientemente claras para o<br />
professonA este, entâo, solicitava-se que verbalizasse sobre a dimensâo<br />
mecânica-signiticativa da aprendizagem dos seus alunos.<br />
A seguir, o professor <strong>de</strong>screvia os alunos que aprendiam <strong>de</strong> uma<br />
ou <strong>de</strong> outra m aneira e predizia o futuro acadêmico dos que aprendiam<br />
mecanicamente e dos que aprendiam significativamente. As<br />
entrevistas foram gravadas e transcritas e os dados, assim obtidos,<br />
indicaram, entre outros aspectos, que a maior parte dos professores,<br />
em questâo, percebia que seus alunos aprendiam mais<br />
mecanicamente do que significativamente, que as caractedsticas<br />
atribufdas aos alunos que aprendiam significativamente eram mais<br />
positivas do que as atribufdas aos outros alunos, e que um fumro<br />
bastante sombrio aguardava aqueles que aprendiam mecanicam<br />
ente<br />
-000-<br />
SBP - XXVI Reuniâo Anual <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> 109