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1996 - Sociedade Brasileira de Psicologia

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pfiorizem atençso global ao indivfduo; c) a relevância da participaçâo<br />

ativa do paciente e <strong>de</strong> seus familiares nos processos <strong>de</strong><br />

promoçào da sati<strong>de</strong>, tratamento e reabilitaçso do câncer. Este trabalho<br />

teve por objetivo analisar o pertil <strong>de</strong> divulgaçâo da srea <strong>de</strong><br />

Psico-oncologia junto à Reuniso Anual <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> e ao congresso<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Psico-oncologia. Efetuou-se levantamento<br />

<strong>de</strong> temas livres apresentados nas tiltimas <strong>de</strong>z Ediçöes da Reuniâo<br />

Anual <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong>, <strong>de</strong> 1986 a 1995, e na tiltima Ediçso do Congresso<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Psico-oncologia (realizado em abril<strong>de</strong> <strong>1996</strong>),<br />

consi<strong>de</strong>rando-se as valisveis afiliaçëo instimcional e variabilida<strong>de</strong><br />

temstica. Observou-se, em relaçso à Reuniso Anual <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong>,<br />

14 agresentaçöes, sendo 11 vinculadas a instituiçöes <strong>de</strong><br />

ensino e pesquisa e 03 vinculadas a serviço <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> Hospitalar.<br />

Os temas mais freqientes foram, em or<strong>de</strong>m: aspectos psicolögicos<br />

'<strong>de</strong> pacientes mastectomizadas, assistência à criança com<br />

câncer, representaçâo social da doença e estratégias <strong>de</strong><br />

enfrentamento. Em relaçào ao Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Psicooncologia,<br />

observou-se 130 apresentaçöes, sendo 56 vinculadas<br />

a instituiçöes <strong>de</strong> ensino e pesquisa e 74 vinculadas a serviços <strong>de</strong><br />

<strong>Psicologia</strong> Hospitalar. Os temas mais freqientes foram: assistência<br />

à criança com câncer, aspectos psicolpgicos dos vsrios tipos<br />

<strong>de</strong> câncer feminino, morte e tenninalida<strong>de</strong>, servkos prestados a<br />

pacientes transplantados, assistência psicolögica a outros pacientes<br />

oncolögicos e realizaçâo <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> pacientes oncolögicos.<br />

Discute-se estimulara maiordivulgaçâo do conhecimento, na Jrea,<br />

junto a eventos <strong>de</strong> carlter acadêmico e nâo somente em eventos<br />

especficos da Psico-oncologia, cujo pertil é caracteristicamente<br />

mais protissionalizante e assistencialista. Sugere-se o estreitamento<br />

da relaçâo entre a produçào <strong>de</strong> conhecimento na érea, a profissionalizaçào<br />

e a prestaçâo <strong>de</strong> serviços especializados em Psicooncologia.<br />

-000-<br />

SAU 2.10<br />

ATENDIMENTO PSICOL f-)G ICO APACIENTES<br />

EM UNIDA-<br />

DE DE TRANSPLANTE DE MEDULA Y SEA: ESTUDO DE<br />

CASO. L. P PànllïrflTt A. L. /: Silva, â. Sponholz Jr, J. 0. B.<br />

Contel, e M. H. C. Sarti. Hospital das Clfnicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina <strong>de</strong>xibeirâo Preto - Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>' Sâo Paulo.<br />

A Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Transplante <strong>de</strong> Medula é sea funciona hs aproximadamente<br />

quatro anos no Hospital das Clfnicas da Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> M edicina <strong>de</strong> Ribeirâo Preto da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sâo Paulo,<br />

realizando transplantes halogênicos HtA -idênticos <strong>de</strong> pacientes<br />

portadores <strong>de</strong> leucemias. Faz parte <strong>de</strong>sta unida<strong>de</strong> uma equipe<br />

multidisciplinarcomposta por quatro médicos, um psiquiatra, nove<br />

enfermeiros, um assistente social, dois psicölogos, dois fisioterapeutas<br />

e um nutricionista, todos interagindo no acompanhamento<br />

do paciente durante o processo.do transplante. O papel da psiquiatria<br />

diz respeito à orientaçâo e avaliaçâo clfnica dos pacientes. O<br />

papel da psicologia consta das seguintes etapas: anamnese para<br />

colher informaçöes da histöria <strong>de</strong> vida; avaliaçâo psicolögica e<br />

posterior encaminhamento para grupo <strong>de</strong> apoio e orientaçâo a<br />

pacientes pré-transplantados, acompnnhamento individual durante<br />

a internaçâo e acompanhmnento em grupos <strong>de</strong> apoio e orientaçâo<br />

aos pacientes pös-transplantados e suas famflias. O presente trabalho<br />

preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>screver, através <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso, as fases<br />

esperadas (tfpicas) <strong>de</strong> adaptaçâo psicolögica pelas quais passa o<br />

pacicnte transplantado em <strong>de</strong>confncia dos diversos processos<br />

peculiares ao transplante <strong>de</strong> medula össea. Sâo <strong>de</strong>scritas quatro<br />

fases <strong>de</strong> adaptaçâo divididas conforme o momento do processo<br />

<strong>de</strong> transplante. Sâo as seguintes; 1: fase - Internaçâo, colocaçâo<br />

do cateter e condicionamentotqul'mioterapia para <strong>de</strong>struir a me-<br />

SBP - XXVI Reuniso Anual <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong><br />

J'â & - <strong>Psicologia</strong> da Sati<strong>de</strong><br />

dula Sedoente'l; 2* fase - Recebimento da medula ösea; 3' fase -<br />

Mucosite (feridas em orofaringe, <strong>de</strong>correntes do efeito da<br />

quimioterapial; 4* fase - Expectativa da alta da enfermaria. Através<br />

do relato <strong>de</strong> caso, pô<strong>de</strong>-se observar que o paciente gassou<br />

pelas vJrias fases do processo <strong>de</strong> transplante apresentando reaçöes<br />

emocionais e orgânicas esperadas como, por exemplo, sonolência,<br />

nsuseas, ansieda<strong>de</strong> e initaçâo, principalmente na fase<br />

da mucosite. Pô<strong>de</strong>-se pcrceber também algumas caracterfsticas<br />

<strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> do paciente como isolamento e medo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r<br />

das gessoas. Taij caracterfsticas po<strong>de</strong>m ter cooperado na sua<br />

reaçso ao adoecimento e processo do transplante. Assim, no <strong>de</strong>correr<br />

<strong>de</strong>ste relato <strong>de</strong> caso, L <strong>de</strong>scrito como a psicologia go<strong>de</strong><br />

contribuir <strong>de</strong>ntro da equipe multidisciplinar acompanhando o<br />

paciente <strong>de</strong> transplante <strong>de</strong> medula össea como forma <strong>de</strong> agoio.<br />

-000-<br />

SAU 2.11<br />

FATORES D0 PROCEjSO DE TOMADA DE DECISXO DE<br />

UMA EQUIPE DE SAUDE EM INSTITUICAO DE TRATA-<br />

MENTO A IRRADIADOS P0R FONTE IONIZANTE. T C. C.<br />

<strong>de</strong> éraujo e S. B. Costa Neto. Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasflia - Instituto<br />

<strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong>.<br />

A presente pesquisa teve por objetivo central <strong>de</strong>screver e compreen<strong>de</strong>r<br />

os fatores presentes no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cispo<br />

(TD) <strong>de</strong> uma equipe <strong>de</strong> sati<strong>de</strong> que presta asistência às vftimas do<br />

aci<strong>de</strong>nte radioativo com Césio 137, ocorrido em Goiânia, em 1987.<br />

Assim sendo, examinou-se a existência do fenômeno <strong>de</strong> çspensamento<br />

<strong>de</strong> grupo'' (Janis, 1992), e verificou-se a influência da percepçâo<br />

interprotissional estabelecida entre os membros da equipe.<br />

Para tanto, aplicou-se um a escala <strong>de</strong> percepçâo interprofissional<br />

(Ducanis e Golin, 1979), seguida <strong>de</strong> uma entrevista<br />

semiestruturada com 'integrantes <strong>de</strong> diferentes categolias profissionais.<br />

Foram igualmente realizadas sessöes <strong>de</strong> observkào das<br />

reuniöes <strong>de</strong> trabalho da equipe. A anllise dos resultados nâo evi<strong>de</strong>nciou<br />

a sfndrome <strong>de</strong> çdpensamento <strong>de</strong> grupo'. A percepçâo<br />

interprofissional nào se mdstrou homogênea entre as diferentes<br />

categorias. Os fatores <strong>de</strong> TD foram analisados <strong>de</strong> acordo com os<br />

seguintes parâmetros: binômio tempo/<strong>de</strong>manda', natureza; vicissitu<strong>de</strong>s',<br />

beneticiados; funçöes; <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong> sua estabilida<strong>de</strong>;<br />

<strong>de</strong>terminantes do retardamento da .rD., atribuiçâo do controle<br />

motivacional; fases processuais', funföes <strong>de</strong>senvolvimentais', preferência<br />

ao agente da 'rD., motivaçöes para reapropriaçâo do papel<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisor e estados intrapsfquicos. Os contetidos <strong>de</strong> TD relatados<br />

individualmente pareceram mais complexos do que os observados<br />

em situaçâo natural <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisâo do grupo. Conclui-se<br />

que os fatores <strong>de</strong> '1*D foram influenciados pela percepçâo da fase<br />

emergencial e por contingências <strong>de</strong> natureza técnica, econômica<br />

e polftico-social. Sugere-se, ainda, que futuras investigaçöes focalizem<br />

a influência da li<strong>de</strong>rança sobre o processo <strong>de</strong> 7'D, assim<br />

como, proponham estudos comparativos entre equipes.<br />

-000-<br />

SAU 2.12<br />

REPRESENTAIXES SOCIAIS DE SAODE E DOENCA. FIJvia<br />

Berton.<br />

Somente nas duas tîltimas décadas, a Teoria das Representaçöes<br />

Sociais passa a ser <strong>de</strong>batida e utilizada por sociölogos, psicölogos<br />

sociais e psicossociolögicos. Em poucas linhas esta Teoria<br />

seria uma tentativa <strong>de</strong> dar conta do mundo e <strong>de</strong> seus fenômenos<br />

através <strong>de</strong> explicaçöes e conceitos surgidos no dia-a-dia dos indivfduos.<br />

Neste trabalho, ta1 teolia foi utilizada a tim <strong>de</strong> perceber<br />

como usuérios e nâo-usuirios do sistema pûblico <strong>de</strong> satî<strong>de</strong> repre-

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