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1996 - Sociedade Brasileira de Psicologia

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M nCONF 1.01<br />

A PERSPECTIVA COGNITIVISTA E SEU IMPACTO NA<br />

COMPREENSXO DE PROCESSOS MICROORGANIZA.<br />

DORES. ântônio Wlvfï/ Bittelwourt Bastos, Universida<strong>de</strong> Fe-.<br />

<strong>de</strong>ral da Bahia.<br />

A <strong>Psicologia</strong> Organizacional - especialmente a Jrea voltada para<br />

a compreensso do comportamento humano em contexto <strong>de</strong> trabalho,<br />

tem sofrido impacto significativo da verda<strong>de</strong>ira trevoluçso<br />

cognitivista' que, em diferentes domfnios da <strong>Psicologia</strong> e <strong>de</strong> outras<br />

ciências - Lingtifstica, Neurociências, Antropologia,<br />

Epistemologia - marca os estudos comportamentais, mais fortemente<br />

a partir dos anos Setenta. Fenômenos cllssicos sobre comportamento<br />

organizacional, a exemplo <strong>de</strong> motivaçso no trabalho,<br />

atitu<strong>de</strong>s e li<strong>de</strong>rança, têm sido analisados sob perspectiva.<br />

cognitivista, com ênfase na compreensâo dos processos que explicam<br />

como os indivfduos constroem, em parte, suas realida<strong>de</strong>!<br />

e a estas respon<strong>de</strong>m. A ârea, como um todo, tem sofrido profunda<br />

reformnlaçpo terminolgica embora, como assinam Lord e<br />

Mahler(1991), as estratégias <strong>de</strong> pesquisas n5o tenham se alteradc<br />

significativamente. Por outro lado, os estudos com base:<br />

cognitivista nos diversos temas afetos ao contexto <strong>de</strong> trabalho,<br />

cumprem () papel <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar que processos cognitivosvj4 <strong>de</strong>scritos<br />

e analisados, estpo em jogo, contribuindo pouco para c<br />

avanço no conhecimento em tais processos em si. (Llgen e Klein,<br />

1988). Nesta comunicaçpo <strong>de</strong>screve-se o impacto das abordagens<br />

cognitivistas no domfnio do comportamento organizacional. M ais<br />

especitkamente, sào analisadas duas questöes centrais na abordagem<br />

cognitivista, i<strong>de</strong>ntiticando as suas implicaçöes paraa compreensâo<br />

<strong>de</strong> processos microorganizacionais: (a) as diferentes<br />

arquiteturas cognitivas - simbölicas e conexionistas - e suas implicaçöes<br />

sobre o processamento <strong>de</strong> informaçöes; (b) o papel dc<br />

conhecimento prévio (schema, frame) na <strong>de</strong>terminaçso do processo<br />

<strong>de</strong> informaçöes. Para cada questâo, sào tomados processos<br />

micro-organizacionais investigados, buscando elucidar o tipo <strong>de</strong><br />

contribuiçLo trazida pela abordagem cognitivista. Neste particular,<br />

toma-se, como exemplo elucidativo, a nova perspectiva <strong>de</strong>.<br />

estudo <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s no trabalho <strong>de</strong>ntro do enfoque söciocognitivista<br />

<strong>de</strong>senvolvido por Pratkanis (1989). Exploram-se, finalmente, os<br />

<strong>de</strong>safios qtle se colocam para os pesquisadores organizacionais<br />

contribuiçào, no sentido <strong>de</strong> tornar o intercâmbio com as ciência<br />

da cogniçpo mais fecundo para ambas partes.<br />

-000-<br />

MnCONF 1.02<br />

NARRANDO A PAIXXO DE UMA EXPERIGNCIA DE ENSI-<br />

NAR: A CONTRIBUICXODADISCRIMINACXO CONDICI.<br />

ONAL PARA OS PROBLEMAS DE ENSINO. José Y nf//va'<br />

Me<strong>de</strong>iros, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />

A mini-conferência versarl sobre a experiência do autor em sua<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolve na disciplina apsicologia<br />

da Aprendizageln ', uma estratégia na qual os alunos (4a. fase)<br />

realizam ativida<strong>de</strong>s prsticas com clianças (ou adultos) com problemas<br />

na irea <strong>de</strong> leitura e escrita. Para isso, estl sendo utilizado<br />

um plano <strong>de</strong> ensino que, vinculado teoria e pritica, apresenta os<br />

seguintes propösitos: a) instalar o compolamento <strong>de</strong> leitura e<br />

escrita como estratégia <strong>de</strong> ensino para a consecuçëo dos objetivos<br />

da disciplina; b) replicar, ainda que parcialmente, o programa<br />

<strong>de</strong> ensino individualizado, relatado por <strong>de</strong> Rose (1989) e Melchiori<br />

(1992). Os resultados obtidos tem sido significativos pois as crianças<br />

tem aprendido as palavras-treino ensinadas além <strong>de</strong> apresentar,<br />

na maior parte dos casos, leitura generalizada. Os alunos<br />

vem <strong>de</strong>monstrando motivaçâo com o procedimento e apren<strong>de</strong>n-<br />

SBP - XXVI Rtuniëo Anual <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong><br />

MnCONF - Miai Colferências<br />

do cs conceitos bssicos da érea. Os trabalhos realizados vem sendo<br />

apresentados em congressos e encontros <strong>de</strong> psicologia, (reuniöes<br />

da SBPC, reuniöes da SBP e encontros regionais), com o<br />

objetivo <strong>de</strong> encontrar outros interlocutores que, com suas abordagens<br />

teéricas possam vir contribuir no estabelecimentos <strong>de</strong> prlticas<br />

transformadoras e comprometidas com a realida<strong>de</strong> social e<br />

polftica dos pafs. O que ests nos motivando a continuar com o<br />

trabalho (dzensinoj tem sido a posibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma<br />

prstica, cujo problema é também o foco <strong>de</strong> outros projetos em<br />

andamento %esquisaj. Tais prlticas, além <strong>de</strong> produzir conhecimento<br />

acerca dos procedimentos <strong>de</strong> discliminaçëo condicional,<br />

levam também os sujeitos envolvidos a se benetkiarem do procedimento<br />

(extensâoj. Estabelece-se, a nosso ver, uma clara<br />

vinculaçso entre as três freas <strong>de</strong> atuaçâo dos educadores, concretizando<br />

o que se <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> indissociabilida<strong>de</strong> entre ensino,<br />

pesquisa e extens:o que, muitas vezes, tem servido apenas como<br />

galavra <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m doS movimentos por melhores condiçso <strong>de</strong> ensinè.<br />

-000-<br />

M nCONF 1.03<br />

SOCIOGGNESE E SISTEMAS DINAMICOS: CAMPOS DA<br />

AIAO E DO SfMBOLO. Maria C .D. ft Lyra. Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Pemambuco.<br />

As duas principais contribuiçöes que <strong>de</strong>correm da cûncepfâo <strong>de</strong><br />

sistemas dinâmicos po<strong>de</strong>m serresumidas como: 1) os sistemas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento o sëo inerentemente', 2) o novo emerge dos padröes<br />

dinâmicos do sistema, como resultado da natureza autoorganizadora<br />

das restriçöes individuais e ambientais. Estas novas<br />

fonnas ou organizaçöes, que aparecem como resultado dos padröes<br />

dinâmicos do sistema, n;o precisam ser planejadas com<br />

antecedência, nem precisam estar presentes como estruturas ao<br />

nfvel do indivfduo ou ao nfvel do ambiente. A perspectiva <strong>de</strong><br />

sistemas dinâmicos introduz a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aceitar a emergência<br />

do novo como resultado in<strong>de</strong>tenninisticamente da mudança.<br />

N0 entanto. focalizando a dinâmica do mundo social, surge uma<br />

questào: qual é a natureza <strong>de</strong>ssas caracterfsticas autoorganizadoras?<br />

Que restriçöes métuas resultam na criaçâo <strong>de</strong> novas<br />

fonnas? De uma perspectiva sistêmica sociogenética, 6 preciso<br />

explicar a dinâmica responsfvel pelo funcionamento <strong>de</strong> processos<br />

psicolögicos inter- e intra-individuais como fases relacionadas<br />

do mesmo fenômeno <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. A perspectiva<br />

<strong>de</strong> sistemas dinâmicos <strong>de</strong>vers incluir tanto o campo dinâmico da<br />

açâo quanto o campo dinâmico semiötico. Diferentemente da<br />

anslise do campo se açöes, o campo semiötico requer, pelo menos<br />

em maior grau, a inclusâo <strong>de</strong> uma certa medida dç<br />

intencionalida<strong>de</strong> ou direcionalida<strong>de</strong> como elemento necesssrio<br />

para a anélise e compreensâo <strong>de</strong> suas caracterfsticas dinâmicas. A<br />

internalizaçâo dos processos psicolögicos necessita o uso <strong>de</strong> recursos<br />

semiöticos como constituintes <strong>de</strong>sses processo, e nâo apenas<br />

como interpretaçöes, como ocorre em relaçâo ao campo <strong>de</strong><br />

açöes. A diticulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> separar esta direcionalida<strong>de</strong> pré-existente<br />

(inerente ao campo semiötico) daquela que emerge da dinâmica<br />

do sistema requer um nfvel <strong>de</strong> conceituaçâo diferente da que<br />

se aplica ao campo <strong>de</strong> açöes. O domfnio semiötico. que caracteriza<br />

aintegraçào dos processos psicolögicos, requer uma re<strong>de</strong>finkëo<br />

<strong>de</strong> algum as das caractenrsticas fundamentais da perspectiva <strong>de</strong><br />

sistem as dinâm icos que leve em consi<strong>de</strong>raçâo este grau <strong>de</strong><br />

direcionalida<strong>de</strong> como integrando a dinâmica emergente do sistema<br />

<strong>de</strong> relaçöes sociais. CNPq<br />

-000-<br />

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