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1996 - Sociedade Brasileira de Psicologia

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a prstica gsicoterspica como a principal ativida<strong>de</strong> d0s sujeitos<br />

(70*), utilizando estratégias grupais (70%), seguido <strong>de</strong><br />

psicodiagnöstico (10%). Os sujeitos indicaram que sua atuaçâo<br />

muitas vezes é confundida com a <strong>de</strong> assistente social, on<strong>de</strong> executam<br />

tarefas <strong>de</strong> apoio ao penitenciério e sua famlqia. As possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> atuaçëo, segundo os sujeitos, estâo minimizadas pelas<br />

limitaçöes técnicas e materiais presentes no sistema penitencisrio<br />

brasileiro (100*), relatando ainda que a falta <strong>de</strong> formaçâo especffica<br />

para atuaçso nesta irea em suas graduaçöes constitui um<br />

obstlculo teörico e técnico. Os dados sugerem que a prâtica dos<br />

sujeitos é baseada em mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atuaçâo clfnicos provavelmente<br />

pela falta <strong>de</strong> formaçâo especffica durante as suas graduaçöes.<br />

A falta <strong>de</strong> condiçöes materiais, tinanceiras e técnicas parece ser ()<br />

fatorresponssvel pela execuçào d: tarefas <strong>de</strong> outras protissöes, ()<br />

que representa uma distorçpo no exercfcio profissional. Os resultados<br />

observados n5o estâo <strong>de</strong> acordo com a literatura.<br />

-000-<br />

FORM 1.13<br />

ESTRESSE EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA: UM ES.<br />

TUDO LONGITUDINAL CIQ Fenmndo A fzlra Campoh Uni.<br />

versida<strong>de</strong> Sào Francisco e Pontiffcia Universida<strong>de</strong> Catölica <strong>de</strong><br />

Campinas. Roseli IA/MJ da Rocha e Patrlcia Ribeiro Campos,<br />

PIBIC/CNPq. -<br />

O infcio da vida universitsria é marcado por um perfodo <strong>de</strong> transiçâo,<br />

on<strong>de</strong> tensöes e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adaptaçëo po<strong>de</strong>m gerar<br />

estresse e influenciar no <strong>de</strong>sempenho intelectual. O estresse acadêmico<br />

6 Jrea pouco estudada no Brasil, principalmente na populaçâo<br />

universitMa. Os objetivos do presente trabalho foram i<strong>de</strong>ntiticar<br />

as possfveis fontes <strong>de</strong> estresse e analisar seu <strong>de</strong>senvolvimento<br />

em primeiro anistas <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong>. Foram sujeitos 50 alunos<br />

que cursavam <strong>Psicologia</strong> em uma I.E.S. em S-paulo, <strong>de</strong>terminados<br />

aci<strong>de</strong>ntalmente. O material utilizado foi o InventM o <strong>de</strong><br />

Personalida<strong>de</strong> AJB, a Escala <strong>de</strong> Reajustamento Social, o Inventâ.<br />

rio <strong>de</strong> Sintomas <strong>de</strong> Estrese e o QuestionMo <strong>de</strong> Auto-Avaliaçâo,<br />

O procedimento baseou-se em três medidas ao longo do ano acadêmico<br />

com aproximadamente 100 dias <strong>de</strong> intervalo, sendo que<br />

os instrumentos foram aplicados sempre <strong>de</strong> modo coletivo por<br />

um mesmo pesquisador. Um dos principais resultados observados<br />

foi o tipo <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> dos sujeitos, com a predominância<br />

do padrëo ç'Tipo hIB' (62%). Na primeira coleta , o sujeitos<br />

indicaram baixo nfvel <strong>de</strong> reajustamento social (76%), sendo que<br />

este ten<strong>de</strong>u a aumentar para o nfvel médio nas <strong>de</strong>mais medidas<br />

(66.7%). Quanto aos sintomas <strong>de</strong> estresse, na primeira fase da<br />

pesquisa os sujeitos foram classiticados na fase <strong>de</strong> resistência<br />

(72%), sendo que nas outras duas etapas <strong>de</strong> avaliaçâo os mesmos<br />

SBP - XXVI Retmiâo Anual <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong><br />

FORM - Formaçâ'o em <strong>Psicologia</strong><br />

ten<strong>de</strong>ram a diminuir (51 .4%), apontando a tendência <strong>de</strong> regressâo<br />

para a fase <strong>de</strong> alerta. A Auto-Avaliaçâo dos sujeitos indicou<br />

uma avaliaçâo mediana nas três medidas. Estes resultados sugerem<br />

que a maior adaptaçso para alunos <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> ests nas<br />

alteraçöes fonnuladas em suas vidas para po<strong>de</strong>rem iniciar seu<br />

curso. Outro fator é a oconfncia <strong>de</strong> duas varisveis (perfodo noturno<br />

e condiçso sdcio-econômica) que po<strong>de</strong>m favorecer maior<br />

investimento <strong>de</strong> energia em seus estudos, o que possivelmente<br />

gera estresse que po<strong>de</strong> justamente diticultar o <strong>de</strong>sempenho acadêmico.<br />

-000-<br />

FORM 1.14<br />

HISO RIA D0S CURSOS DEPSICOLOGIA NO RI0 DE JA-<br />

NEIRO. Deise Mancebo, édriana M. <strong>de</strong> Castro, élexandre 7:<br />

dos Santos, Gil<strong>de</strong>te Silva, Leandro V Osuna, Margarete Dias.<br />

Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

O tema <strong>de</strong>sta pesquisa é a construçâo da Histlria dos cursos <strong>de</strong><br />

<strong>Psicologia</strong> no Rio <strong>de</strong> Janeiro, <strong>de</strong> sua criaçâo até o final da década<br />

<strong>de</strong> 70, consi<strong>de</strong>rando a dinâmica das instituköes on<strong>de</strong> se inserem<br />

e a dkultura psicolögica' em expans:o. no pafs. Objetivamos a<br />

anslisç da t'iliaçâo teörica dos formadores e dos ldmo<strong>de</strong>los'' profissionais<br />

apresentados aos futuros psicölogos, neste perfodo histörico.<br />

A pesquisa, realizadajunto ao CRP-OS, consistiu no tratamento<br />

estatfstico dos dados contidos nos processos <strong>de</strong> inscrkâo<br />

dos psicölogos e na anélise da legislaçâo, periödicos elivros. Como<br />

resultados encontramos: (1) a transposkâo, na criaçëo dos cursos,<br />

<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> experiências e alinhamentos teöricos, jé<br />

existentes anteriormente, <strong>de</strong> forma dispersa, em vérios campos<br />

<strong>de</strong> saber; (2) resistências quanto à criaçâo da nova profisso, o<br />

que motivou <strong>de</strong>bates na corporaçso para enfrenti-las, sem que<br />

aprofundassem a discussâo epistemolögica; (3) uma formaçâo<br />

teörico-prstica do psicölogo dilufda, fragmentadae, nâo raramente,<br />

baseada no senso comum; (4) um crescimento vertiginoso e<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado dos cursos, na direçâo do ensino privado (73% ao<br />

final do perfodo) e (5) por fim, um baixo fndice <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> pesquisas, que somado aos aspectos anteriores, marcou<br />

um ensino reprodutivo, com currfculos caracterizados pela apropliaçâo<br />

acrftica <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los estranhos h. nossa realida<strong>de</strong>. Estes<br />

resultados nâo <strong>de</strong>vem levar, contudo, à conclusâo <strong>de</strong> 'tfragilida<strong>de</strong>'<br />

<strong>de</strong>ste campo do saber. Na base das mtiltiplas tendências teölico-técnicas,<br />

localizamos uma clara hegemonia do mo<strong>de</strong>lo clfnico-individual,<br />

que combinado a outros dispositivos sociais, ultrapassa<br />

o estrito campo <strong>de</strong> formaçëo do psicölogo, conformando<br />

uma verda<strong>de</strong>ira çtultura psicolögica''. CNPq, UERJ.<br />

-000-<br />

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