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1996 - Sociedade Brasileira de Psicologia

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tando ao S para apontl-la e lê-la; em seguida solicitava ao S para<br />

apontar e ler a outra palavra, cuja pronlinciajs era coreta. Os pré<br />

e pös-testes inclufam palavras-treino e palavras <strong>de</strong> generalizaçâo.<br />

Nos testes <strong>de</strong> retençâo, as galavras-treino e as palavras <strong>de</strong> generalizaçëo<br />

eram apresentadas por escrito, uma a uma, solicitando-se<br />

ao S que apontasse e lesse 0 que estava escrito. No infcio do<br />

procedimento, as respostas corretas foram reforçadas socialmente,<br />

c0m expressöes tipo muito bem, correto, legal. isso mesmo,<br />

etc. Na meta<strong>de</strong> do treino em diante, além do reforço social, as<br />

respostas corretas foram também reforçadas ccm tichas cololidas<br />

que, ao final da sessào, eram trocadas p0r tempo <strong>de</strong> acesso a um<br />

jogo <strong>de</strong> vf<strong>de</strong>o-game. O sujeito apresentou um elevado percentual<br />

<strong>de</strong> palavras pronunciadas corretamente, embora, tenha ocorfido,<br />

no infcio do procedimento, alternâncias freqtientes <strong>de</strong> acertos e<br />

erros, caracterizando um tfpico processo <strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong><br />

comportamental; apös a retirada do Hreforçamento das respostas<br />

incorretas'' e da introduçâo das fichas, a variabilida<strong>de</strong> se tornou<br />

menos acentuada, assim como o percentual <strong>de</strong> prontîncia correta<br />

no infcio da apresentaçâo <strong>de</strong> novas palavras passou a ser mais<br />

elevado que o percentual dos conjuntos anteliores. No teste tinal,<br />

o sujeito apresentou 80% <strong>de</strong> palavras pronunciadas coretamente,<br />

maior portanto que os 56% apresentados no teste inicial. A<br />

explicaçâo da mudança na fonna <strong>de</strong> pronunciar as palavras po<strong>de</strong><br />

ser atribufda ao procedimento <strong>de</strong> exclusâo que proporciona um<br />

elevado percentual <strong>de</strong> acertos, à. mudança na natureza do<br />

reforçamento e provavelmente à alteraçëo <strong>de</strong> sua autoconfialwa<br />

na pronuncia correta das palavras, tanto em sala <strong>de</strong> aula quanto<br />

em sup residência.<br />

-000-<br />

AEC 3.09<br />

APRENDIZAGEM DE LEITURA E ESCRITA COM A UTILI-<br />

ZAIAO DE UM PROCEDIMENTO DE DISCRIMINAIAO<br />

CONDICIONAL. José G. Me<strong>de</strong>iros Marcelo dos Santos e<br />

Elisiênia Cardoso <strong>de</strong> Souza. Lab. <strong>de</strong> Linguagem e Comp.verbal,<br />

Dep. <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />

O presente trabalho surgiu a partir ativida<strong>de</strong>s prsticas <strong>de</strong>senvolvidas<br />

na disciplina <strong>Psicologia</strong> da Aprendizagem. Tendo como<br />

propösito a vinculaçâo entre teoria eprâtica, foram propostos os<br />

seguintes objetivos para o presente trabalho'. a) instalar o comportamento<br />

<strong>de</strong> leitura e escrita como estratégia <strong>de</strong> ensino para a<br />

consecuçào dos objetivos da disciplina; b) replicar, ainda que<br />

parcialmente, o programa <strong>de</strong> ensino individualizado relatado por<br />

<strong>de</strong> Rose (1989) e Melchiori (1992). Neste sentido, procurou-se<br />

dar condiçöes à uma criança <strong>de</strong> 7 anos, do sexo masculino, aluno<br />

<strong>de</strong> uma escola ptiblica, com o propösito <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver, pela primeira<br />

vez, o seu repertörio <strong>de</strong> leitura. 0 procedimento consistiu<br />

num programa <strong>de</strong> discriminaçöes condicionais, on<strong>de</strong> os mo<strong>de</strong>los<br />

foram palavras faladas e osestlmulos <strong>de</strong> comparaçâo foram palavras<br />

impressas. As discriminaçöes foram ensinadas poçexclusâo,<br />

on<strong>de</strong> a palavra nova era sempre apresentadajunto com uma palavra<br />

conhecida. Apös cada sessâo <strong>de</strong> ensino o sujeito era testado<br />

para verificar se conseguia ler oralmente as palavras ensinadas e<br />

palavras novas, envolvendo recombinaçâo das sflabas das palavras<br />

ensinadas (palavras <strong>de</strong> generalizaç:ol.Testes <strong>de</strong> equivalência<br />

também foram realizados para veriticar se o sujeito relacionava<br />

a palavra impressa com o <strong>de</strong>senho correspon<strong>de</strong>nte e vice-versa.<br />

O sujeito apresentou um elevado percentual <strong>de</strong> leitura coreta.<br />

nâo apresentando qualquer erro nas exclusöes. Nos pré e pöstestes<br />

das palavras-treino apresentou 100 por cento <strong>de</strong> acertos a<br />

partir da terceira exclusâo. Em relaçâo à leitura generalizada pas-<br />

/fC - hndlise Em erimeïtal do Comportamesto<br />

Este estudo teve como propösito instalar o comportamento <strong>de</strong><br />

leitura e escrita numa crialxa do pré-escolar que <strong>de</strong>monstrava<br />

nâo ter condköes <strong>de</strong> acompanhar o restante da turma nas ativida<strong>de</strong>s<br />

escolares. O trabalho constituiu-se num dos quesitos prlticos<br />

dadisciplina<strong>de</strong>psicologia daAprendizagem do currfculo do Curso<br />

<strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> da UFSC. Tendo como propösito a vinculaçso entre<br />

teoria e prâtica, foram propostos os seguintes objetivos: a)<br />

instalar o comportamento <strong>de</strong> leitura e escrita como estratégia <strong>de</strong><br />

ensino para a consecuçâo dos objetivos da disciplina', b) replicar,<br />

ainda que parcialmente, o programa <strong>de</strong> ensino individualizado<br />

relatado por <strong>de</strong> Rose (1989) e Melchiori (1992). 0 sujeito foi<br />

uma criança do sexo masculino, com seis anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, matriculado<br />

na pré-escola do Nticleo <strong>de</strong> Desenvolvimento Infantil (NDI).<br />

Apesar <strong>de</strong> nào apresentar fracasso escolar antelior, <strong>de</strong>monstrava<br />

atraso <strong>de</strong> leitura e escrita'em relaçâo ao <strong>de</strong>sempenho da tunna. O<br />

' procedimento consistiu num programa <strong>de</strong> discriminaçöes condicionais,<br />

on<strong>de</strong> os moddos foram palavras faladas e os estlmulos<br />

<strong>de</strong> comparaçso foram palavras impressas. As discriminaçöes foram<br />

ensinadas poçexclusâb, on<strong>de</strong> a palavra nova era sempre apresentadajunto<br />

com uma palavra conhecida. Apös cada sesâo <strong>de</strong><br />

ensino o sujeito era testado para veriticar se conseguia 1er oralmente<br />

as palavras ensinadas e palavras novas, envolvendo<br />

-<br />

stm, também, a 1er todas as palavras a partir da sexta exclusso<br />

com 100 por cento <strong>de</strong> acerto. As relaçöes corretas estabelecidas<br />

nos testes <strong>de</strong> equivalência indicam que a leitura era feita c0m<br />

compreensso, além <strong>de</strong> reter a leitura correta <strong>de</strong> quase todas as<br />

palavras, js no teste 1, com 94 por cento <strong>de</strong> acertos. Contudo, no<br />

teste 2, a retençào foi completa com 100 por cento <strong>de</strong> leitura correta<br />

<strong>de</strong> todas as palavras que lhe foram agresentadas. Os dados<br />

sâ0 discutidos n5o apenas em tennos do procedimento constituirse<br />

num efetivo instrumento <strong>de</strong> intervençso na realida<strong>de</strong> escolar,<br />

como também, <strong>de</strong> prover aos estudantes <strong>de</strong> psicologia, condiçöes<br />

concretas <strong>de</strong> lidar com problemas <strong>de</strong> natureza prstica e <strong>de</strong> relevância<br />

social.<br />

-000-<br />

AEC 3.10<br />

UM PROCEDIMENTO DE APRENDIZAGEM SEM ERROS.<br />

José G. Me<strong>de</strong>iros, Alexandra Antonakopoulu, ânl Clâudia<br />

Righetto e Karina hmorim. Dep. <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />

recombinaçào das sflabas das palavr% ensinadas (palavr% <strong>de</strong><br />

generalizaç:o). Testes <strong>de</strong> equivalência também foram realizados<br />

para veriticar se o sujeito relacionava a palavra impresa com o<br />

<strong>de</strong>senho correspon<strong>de</strong>nte e vice-versa. No infcio, o sujeito apresentou<br />

diticulda<strong>de</strong>s na leitura das palavras novas. No <strong>de</strong>correr do<br />

procedimento, passou gradativamente a respon<strong>de</strong>r ao que lhe era<br />

solicitado. Ao término <strong>de</strong> quatro meses, o sujeito <strong>de</strong>monstrou ter<br />

aprendido as palavras que lhe foram apresentadas com um<br />

percentual <strong>de</strong> leitura correta da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 100 por cento, bem<br />

como, das palavras <strong>de</strong> generalizaçâo, obtidas através <strong>de</strong> combinaçöes<br />

das sflabas das palavras-eeino. Os resultados sâo discutidos<br />

em termos das caracterfsticas do procedimrnto que proporciona<br />

elevado percentual <strong>de</strong> acertos ao mesmo tempo em que nâo<br />

contingência os eros. é discutida também a estratégia <strong>de</strong> utilizaçëo<br />

<strong>de</strong> palavras pertencentes ao universo vocabular da criança,<br />

vinculando () processo <strong>de</strong> aprendizagem à. sua realida<strong>de</strong>.<br />

-000-<br />

SBP - XXVI Reuniâo Anual <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong>

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