1996 - Sociedade Brasileira de Psicologia
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AEC 1.08<br />
COMPORTAMENTODEESCOLHA HUMANOCOMOFUNçâO<br />
DO NUMERO DE ALTERNATIVAS PARA<br />
REFORCAMENTO. Lorismârio Simonasil, falfm Nalinil,<br />
Cristiane Goschl, ârl#rl da Silval, Christiane Bayl, Marcio<br />
Mujalil e F/dr Martinsz 1 Laboratério <strong>de</strong> Anllise Experimental<br />
do Comgortamento, Departamento <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong>, Universida<strong>de</strong><br />
Catölica <strong>de</strong> Goiss / 26rup0 plkgjlg! Pesqulsa em RE<strong>de</strong>s<br />
NEurais), Escola <strong>de</strong> Engenharia Elétrica, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />
<strong>de</strong> Gciss.<br />
Em Anélise Experimental do Comportamento, ikomportamento<br />
<strong>de</strong> escolha' tem sido <strong>de</strong>finido como respon<strong>de</strong>r a um <strong>de</strong>ntre dois<br />
estfmulos simultaneamente disponfveis (Skinner, 1950). Estudos<br />
expelimentais têm <strong>de</strong>monstrado que o escolher (infra-humano e<br />
humano) é sensfvel a variaçöes nos parâmetros do reforço (freqûência,<br />
magnitu<strong>de</strong> e atraso) e a varisveis da programaç:o da<br />
situaçso <strong>de</strong> escolha (atrasos e/ou razöes sobre mudanças, aranjo<br />
dos operanda, limitaçöes ao respon<strong>de</strong>r, etc.). O presente estudo<br />
buscou verificar a relw âo entre o escolher e o ntimero <strong>de</strong> altem ativas<br />
para reforçamento tornado acessfvel a partir da emissâo da<br />
resposta <strong>de</strong> escolha. Seis universitsrios (3 homens e 3 mulheres,<br />
com ida<strong>de</strong> entre 18 e 22 anos) foram submetidos a um esquema<br />
concorrente enca<strong>de</strong>ado programado a partirda opçào E01 do sistema<br />
computadorizado LIBERTY 1.0 instalado num microcomputador<br />
Bull (Z-Station/486DX). 0 e1o inicial (EI) dispunha<br />
simultaneamente dois estfmulos, um cfrculo (C) e um trikzgulo<br />
(T). Uma tinica resposta (toque) em C ou em T dispunha os respectivos<br />
çlos finais: EFC, com uma alternativa, ou EFT, com quaz<br />
tro alternativas para reforçamento. Nos EF, uma resposta em qualquer<br />
das alternativas po<strong>de</strong>ria ter como conseqtiência um ponto<br />
com valor <strong>de</strong> R$ 0.10. Pontos ocorriam <strong>de</strong> acordo com esquemas<br />
probabilfsticos mantidos iguais para cadamlternativa, em ambos<br />
os EF. Uma tinica resposta num dos EF, reforçada ou nâo,<br />
redispunha o EI. Cada um dos seis sujeitos foi submetido a uma<br />
<strong>de</strong> seis condiçöes (seqiências probabilfsticas) obtidas a partir do<br />
balanceamento <strong>de</strong> três valores <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reforço (0.10,<br />
0.50 e 0.90), mais uma sessso.com valor<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> igual a<br />
0 no infcio <strong>de</strong> cada condiçâo, num total <strong>de</strong> 24 sessöes experimentais.<br />
As sessöes com 0.10, 0.50 e 0.90 foram programadas com<br />
300, 60 e 34 tentativas respectivamente, o que garantiu <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> reforço praticamente igual (30 2 pontos, R$ 3.00 0.20<br />
centavos) em todas as sessöes do experimento. Na sessâo inicial<br />
com valor 0, foram programadas 130 tentativas e os sujeitos receberam<br />
R$ 3.00 pela participaçâo. Comparadas as proporçöes<br />
médias relativas <strong>de</strong> respostas ao C e ao T para cada valor <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong><br />
(p. 0 (x C= 0.3988, xT= 0.60121; p. 0.10 (x C=<br />
0.2552, -T= I 0.74481-, p. 0.50 (-C= I 0.2557, -T= .' 0.7443) e p.<br />
0.90 (-C= .,J<br />
0.3482, -T= 0.6518) observa-se claramente maior<br />
alocaçao <strong>de</strong> respostas . Xao<br />
estfmulo associado ao maior ntîmero <strong>de</strong><br />
alternativas para reforçamento (D . As diferenças observadas entre<br />
as proporçöes médias relativas <strong>de</strong> respostas s:o estatisticamente<br />
significativas para 0.10, 0.50 e 0.90 (respectivamente, t = -<br />
8.7306, t = -6.1742 e t = -4.M 81, p. < 0.01, gl.= 10 para todos os<br />
fndices), nâo ocorrendo o mesmo para o valor 0 (t = -1.9219). Os<br />
resultados obtidos sugerem fortemente que o ntimero <strong>de</strong> alternativas<br />
para reforçamento, enquanto evento programado para ocorrer<br />
como conseqtiência <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> escolha, po<strong>de</strong> afetar signitkativamente<br />
a preferência <strong>de</strong> sujeitos humanos. A relaçâo parece<br />
ser particularmente verda<strong>de</strong>ira quando o respon<strong>de</strong>r nas alter-<br />
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àEC - Andlise Experfme/ln! do Comportameato<br />
nativas torrprln: acessfveis gela escolha L reforçado. A ?referência<br />
observada na condiçâo <strong>de</strong> ausência <strong>de</strong> reforçamento sugere,<br />
paraestudos ulteriores, a investigaçso da intrigante possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ser () ntimero <strong>de</strong> alternativas, por si prögrio, um evento<br />
reforçador. CNPq 301.881.88/0, VPG/VAD/UCG.<br />
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AEj 1.09<br />
ANALISE D0 DESENVOLVIMENTO DE PUBLICAIXES<br />
SOBRE CONTROLE hMW SW O.Kleuton 1. Brandâo e Silva e<br />
Elenice S. Hanna. Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasflia<br />
Sidman (1989) atirma em seu livro 'icoerçso e suas Implicaçöes'<br />
que tem havido um <strong>de</strong>clfnio na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudos sobre c<br />
controle aversivo. O presente trabalho apresenta uma anélise quantitativa<br />
para subsidiar a atirmaçëo do autor. Foi realizado um levantamento<br />
bibliogrlfico utilizando-se o Jounml ofthe Experimentalànalysis<br />
ofBehavior e vinte palavras-chave principais ou<br />
combinadas, no perfodo <strong>de</strong> 1958 a 1995. As palavras-chave utilizadas<br />
foram <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> experimentos sobre controle aversivo,<br />
referindo-se a processos comportamentais (e.g., escape), aspectos<br />
metodolögicos (e.g., schedules ofpunishment) e proposiçöes<br />
teöricas (e.g., Two-Factorj. A seleçâo dos artigos foi feita através<br />
dos fndices por assunto do peliödico; todos os artigos que constavam<br />
em pelo menos uma das palavras-chave daqueles fndices<br />
foram consi<strong>de</strong>rados. Dos 3126 artigos publicados no periödico<br />
durante os 37 anos pesquisados, 620 tinham relaçâo com controle<br />
aversivo. A curva das percentagens <strong>de</strong> artigos sobre controle<br />
aversivo publicados na revista mostra três perfodos com caracterfsticas<br />
diferentes. No primeiro, <strong>de</strong> 1958 a 1973, ocorreram os<br />
maiores percentuais <strong>de</strong> publicaçöes, tendo sido a percentagem <strong>de</strong><br />
publicaçâo média 27,5% (amnlitu<strong>de</strong> 18,5%-39,6%). A partir <strong>de</strong><br />
1974 até 1 j 87 , houve um <strong>de</strong>clfnio œ substancial nestas publicaçöes,<br />
com tendência <strong>de</strong>crescente e percentual médio <strong>de</strong> 14,5% (amplitu<strong>de</strong><br />
8%-20,6%). De 1988 até 1995, houve novamente uma queda<br />
na percentagem <strong>de</strong> publicaçöes sobre o assunto com pequena<br />
flutuaçâo (amplitu<strong>de</strong> 1,4%-7,3%), sugerindo uma estabilizaçâo<br />
com média <strong>de</strong> 4,5% <strong>de</strong> publicaçöes sobre controle aversivo. O<br />
<strong>de</strong>clfnio constatado no ntimero e percentual <strong>de</strong> publicaçöes sobre<br />
controle aversivo po<strong>de</strong> ser discutido a partir das controvérsias<br />
te4ricas e restriçöes éticas vinculadas ao assunto.<br />
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AEC 1.10<br />
DESAMPARO APRENDIDOEM RAD S ADULTOS EM FUNçâO<br />
DE EXPERIZNCIAS AVERSIVAS NA INFANCIA<br />
Marilza B. A. Mestree e Maria Helena L. Hunzikere*. Dep. <strong>de</strong><br />
<strong>Psicologia</strong> Experimental - Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> S:o Paulo.<br />
Experiências prévias com eventos aversivos incontrolsveis produzem<br />
diticulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> fuga (<strong>de</strong>samparo aprendido).<br />
0. objetivo <strong>de</strong>se estudo foi veriticar se o <strong>de</strong>samparo ocorre<br />
igualmente apös experiências <strong>de</strong> incontrolabilida<strong>de</strong> na infância<br />
e na ida<strong>de</strong> adulta. Os sujeitos foram 48 ratos machos, albinos,<br />
Wistar, distribufdos em grupos (n=8) <strong>de</strong> acordo com a ida<strong>de</strong> no<br />
infcio do experimento: 3 grupos eram <strong>de</strong> animais infantes (27 a<br />
29 dias) e 3 grupos <strong>de</strong> animais adultos (81 a 90 dias). Apös serem<br />
submetidos 5 mo<strong>de</strong>lagem da resposta <strong>de</strong> pressâo à barra (reforço<br />
fgua), os animais foram submetidos à fase <strong>de</strong> treino on<strong>de</strong> foram<br />
manipulados em trios CHE/CHVNCH: os animais do grupo CHE<br />
foram expostos 3 sessöes <strong>de</strong> choques (1,0 mA, 30s <strong>de</strong> duraçâo<br />
SBP - XXVI Reuniâo Anual <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong>