25 Anos do Conselho Regional de Odontologia de Rondônia.pdf

Segundo o dentista, a quem muitos conhecem
como Chaguinha, a instalação de seu
consultório particular aconteceu apenas nove
meses após sua chegada à cidade porque
houve atraso na entrega do equipamento. A
transportadora, além de retardar o embarque
do material, deixou a mercadoria armazenada
por um período de aproximadamente três
meses em um depósito ao longo da BR 364
porque seu caminhão ficou atolado na estrada
durante o período de chuvas.
No início de sua carreira o dentista
prestou atendimento em diversas áreas da odontologia como restaurações, canais,
extrações de dentes sisos, remoção de dentes inclusos, próteses e pequenas cirurgias,
mas ao longo dos anos reduziu suas atividades à dentística, prótese e clínica geral.
Ele se lembra que a falta de energia elétrica sempre foi um problema que atingia
a todos os dentistas de Rondônia. Algumas vezes, devido à irregularidade no
abastecimento de eletricidade, chegou a trabalhar de uma hora da tarde à uma hora
da manhã. Em certo período adquiriu um gerador para seu consultório, mas teve
problemas com os vizinhos que se queixavam do barulho ensurdecedor do motor.
Em 1984 Chagas foi eleito o primeiro vice-presidente da Associação
Brasileira de Odontologia da Seção Rondônia. Até os dias de hoje ele exerce
suas atividades em seu consultório localizado em uma galeria da Avenida Sete de
Setembro.
Francisco Alves Lacerda
Lacerda, como é conhecido por todos, é filho de Antônio
Alves Lacerda, o criador e proprietário de um dos cinemas que
marcaram a história da capital, o Cine Lacerda. Bem-humorado
o cirurgião-dentista conta que a Porto Velho de sua infância era
uma vila onde todos se conheciam. Nos anos de 1950 recorda-se
que ir ao dentista era algo bastante temido, pois era sinônimo
de sofrimento. Lembra-se de ouvir gritos de dor ao passar na
Chagas em seu
consultório.
Porto Velho,
4.7.1978.
Foto: arquivo pessoal do
cirurgião-dentista
103