25 Anos do Conselho Regional de Odontologia de Rondônia.pdf

da zona rural. Trabalhou como a primeira cirurgiã-dentista do Posto de Saúde João
Luís da Silva e depois passou a atender no Posto São José, que hoje se chama Centro
de Saúde Vitalina Gentil dos Santos, onde permaneceu até 1999. Nessa época, em
seu consultório particular, realizava diversos tipos de tratamento dentário.
Cida relembra que nos atendimentos itinerantes ela já realizou extrações nos
locais e condições mais inusitados, inclusive dentro de canoas em movimento com
o paciente com a cabeça apoiada sobre seu colo ou com pessoas sentadas sobre
tocos ou sacos de cereais. Devido à falta de energia elétrica o instrumental era
esterilizado em uma panela de pressão ou por flambagem. Já houve uma situação
em que, por falta de material, teve que realizar sutura com agulha comum e linha
de carretel. Já raspou alveolites de pacientes que puseram cinza na cavidade onde
o dente foi extraído, acreditando assim poder estancar o sangramento. Também
realizou extrações de dentes impactados, terceiros molares, como se fosse uma
extração normal. Para isso utilizava alavancas. Apesar de todas essas situações
relata que nunca teve nenhum caso de hemorragia ou que houvesse deixado de
atender a pacientes.
Em 2000 passou a trabalhar para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa)
como Coordenadora da Área Odontológica de Vilhena, no atendimento à saúde
indígena. Nesse período abdicou de seu consultório particular. Aposentou-se em
2005, mas continua registrada no CRO-RO, com o registro n. 26. Uma vez ao ano
participa de uma missão fluvial, sem fins lucrativos, que atende a comunidades
ribeirinhas carentes radicadas nas margens do rio Guaporé.
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