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25 Anos do Conselho Regional de Odontologia de Rondônia.pdf

Livro comemorativo dos 25 anos do Conselho Regional de Odontologia de Rondônia.

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66<br />

CONTEXTO HISTÓRICO DO DENTISTA<br />

PRÁTICO NO BRASIL<br />

Até o século XIX a prática da o<strong>do</strong>ntologia limitava-se, basicamente, às extrações<br />

<strong>de</strong>ntárias por meio <strong>de</strong> técnicas primitivas e rudimentares, instrumental impróprio,<br />

além <strong>de</strong> não existirem quaisquer formas <strong>de</strong> higiene e <strong>de</strong> anestesia.<br />

A o<strong>do</strong>ntologia era, assim, exercida pelo barbeiro ou sangra<strong>do</strong>r<br />

(<strong>de</strong>sinforma<strong>do</strong>s) que <strong>de</strong>veriam agir <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> forte, impie<strong>do</strong>so, impassível e rápi<strong>do</strong>.<br />

Como as técnicas <strong>de</strong> “curar <strong>de</strong> cirurgia, sangrar e tirar <strong>de</strong>ntes” eram transmitidas<br />

sem qualquer teoria, os barbeiros e sangra<strong>do</strong>res eram geralmente ignorantes e<br />

gozavam <strong>de</strong> baixo conceito, apren<strong>de</strong>n<strong>do</strong> essa ativida<strong>de</strong> com alguém mais experiente.<br />

Diante <strong>de</strong>sse quadro, a o<strong>do</strong>ntologia não era vista com bons olhos pelos<br />

médicos e pelos cirurgiões, os quais evitavam esse ofício porque temiam ser<br />

responsabiliza<strong>do</strong>s por expor os pacientes ao risco <strong>de</strong> morte causa<strong>do</strong> pelas<br />

hemorragias e inevitáveis infecções, e porque argumentavam que tal ativida<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>ria prejudicar a <strong>de</strong>streza das mãos <strong>do</strong>s profissionais, tornan<strong>do</strong>-as pesadas e<br />

inaptas para realizar intervenções <strong>de</strong>licadas. 3<br />

Pessoas sem treinamento <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> educação formal, empíricos,<br />

até a atualida<strong>de</strong>, exercem as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntista e são <strong>de</strong>nominadas <strong>de</strong>ntistas<br />

práticos, falsos <strong>de</strong>ntistas ou charlatões. Esses foram excluí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> direito <strong>de</strong> praticar<br />

a o<strong>do</strong>ntologia no Brasil na década <strong>de</strong> 1930, quan<strong>do</strong> foi estabeleci<strong>do</strong> o sistema <strong>de</strong><br />

cre<strong>de</strong>nciamento adquiri<strong>do</strong> pelo treinamento formal e pela obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

registro no Departamento Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública. Entretanto, a garantia <strong>de</strong><br />

3 CAIXETA, Francisco Carlos Távora <strong>de</strong> Albuquerque. Da responsabilida<strong>de</strong> civil <strong>do</strong> cirurgião-<strong>de</strong>ntista. In:<br />

Âmbito Jurídico, Rio Gran<strong>de</strong>, 57, 30/09/2008 [Internet]. Disponível em http://www.ambito-juridico.com.br/<br />

site/in<strong>de</strong>x.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3104. Acesso em 9/9/2011.

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