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25 Anos do Conselho Regional de Odontologia de Rondônia.pdf

Livro comemorativo dos 25 anos do Conselho Regional de Odontologia de Rondônia.

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Equipamentos<br />

médicos: Boticão,<br />

Chave <strong>de</strong> Garengeot,<br />

em ferro e<br />

ma<strong>de</strong>ira e Espelho<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntista, em<br />

prata, marfim e<br />

vidro.<br />

Século XIX.<br />

Acervo <strong>do</strong> Museu<br />

Nacional.<br />

Foto: Denize Pereira<br />

76<br />

constituiu num verda<strong>de</strong>iro retrocesso, pois esbarrava na falta <strong>de</strong> profissionais<br />

capacita<strong>do</strong>s para examinar os candidatos em to<strong>do</strong>s os lugares. 22<br />

Na época os sangra<strong>do</strong>res e os barbeiros ainda acumulavam a ativida<strong>de</strong> “arte<br />

<strong>de</strong> tirar <strong>de</strong>ntes”. O atraso intelectual então vigente <strong>de</strong>liberava a oficialização <strong>de</strong><br />

dispositivos que, nos dias <strong>de</strong> hoje, causam bastante estranheza. O Decreto <strong>de</strong> 1° <strong>de</strong><br />

abril <strong>de</strong> 1813 <strong>de</strong>terminava o regulamento cria<strong>do</strong> em 1812 para os cursos médicos<br />

cria<strong>do</strong>s por D. João VI em 1808. Do “plano <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> cirurgia” constava a curiosa<br />

recomendação: “I - Os estudantes, para serem matricula<strong>do</strong>s no primeiro ano <strong>do</strong><br />

curso <strong>de</strong> cirurgia, <strong>de</strong>vem saber ler e escrever corretamente”. 23 A o<strong>do</strong>ntologia não<br />

contava com a atenção que <strong>de</strong>veria receber das autorida<strong>de</strong>s dirigentes. A ativida<strong>de</strong><br />

era exercida por pessoas incultas e <strong>de</strong> baixo nível socioeconômico, geralmente<br />

escravos ou pretos forros.<br />

Fiscalização e exame para obtenção <strong>de</strong> título <strong>de</strong> “Dentista Aprova<strong>do</strong>”<br />

A criação da Junta <strong>de</strong> Higiene Pública pelo Decreto <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1850<br />

propiciou a to<strong>do</strong>s os ramos da medicina uma era <strong>de</strong> relativo progresso <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às<br />

providências oriundas da Junta, as quais possibilitaram a efetiva fiscalização aos<br />

que se <strong>de</strong>dicavam às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> curar. O regulamento estabeleci<strong>do</strong> previa a<br />

obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> diplomas por parte <strong>de</strong> “médicos, cirurgiões,<br />

boticários, <strong>de</strong>ntistas e parteiras”. Cobrava-se pelo registro uma taxa <strong>de</strong> 1200 réis.<br />

Aos infratores era imposta uma multa <strong>de</strong> 50 mil réis que, na reincidência, era<br />

cobrada em <strong>do</strong>bro, além <strong>de</strong> quinze dias <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia. 24<br />

Devi<strong>do</strong> à criação <strong>de</strong> uma repartição com a competência <strong>de</strong> fiscalizar o<br />

exercício das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> passou a haver, entre os profissionais da saú<strong>de</strong>,<br />

uma referenda explícita ao <strong>de</strong>ntista; apesar disso não houve nenhum progresso<br />

na qualificação <strong>do</strong>s que se <strong>de</strong>dicavam à prática o<strong>do</strong>ntológica. Somente em 1854<br />

a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>do</strong> Rio Janeiro passou a incluir a realização <strong>de</strong> “exames<br />

<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntistas e <strong>do</strong>s sangra<strong>do</strong>res que se quiserem habilitar a fim <strong>de</strong> exercerem a<br />

sua profissão”, na <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> um regimento especial que foi regulamenta<strong>do</strong><br />

em 14 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1856 pelo Decreto n. 1.764. O artigo 80 dispunha que o<br />

22 MENEZES, José Dilson Vasconcelos <strong>de</strong>. Op. cit. e CAIXETA, Francisco Carlos Távora <strong>de</strong> Albuquerque.<br />

Op. cit.<br />

23 MENEZES, José Dilson Vasconcelos <strong>de</strong>. Op. cit.<br />

24 Ibid.

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