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Livro em PDF - Racionalismo Cristão

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invioláveis e indestacáveis da unidade. Portanto, nenhum mal os pode atingir, e nada há que<br />

diminua a sua riqueza moral e espiritual conquistadas.<br />

Nenhuma razão, portanto, existe para t<strong>em</strong>er coisa alguma, uma vez que não se perca a visão<br />

real dos fatos, procurando compreender que onde há luz as trevas são dissipadas, e onde há<br />

corag<strong>em</strong>, o medo é inexistente. Corag<strong>em</strong> não pode faltar a qu<strong>em</strong> se conheça como partícula eterna<br />

da Inteligência Universal.<br />

A corag<strong>em</strong> se revela pela inexistência do medo. Se o medo fosse uma expressão<br />

desconhecida, o oposto, a corag<strong>em</strong>, seria um atributo tão comum a todas as pessoas, que passaria<br />

desapercebido. O medo é uma enfermidade psíquica ou um estado patológico da alma, criado por<br />

pensamentos aflitivos e por apegos exagerados às t<strong>em</strong>porárias ligações com o mundo.<br />

A corag<strong>em</strong>, pois, atesta a ausência do medo, e obriga o indivíduo, cada vez que é<br />

convocada, a meditar sobre a solidez do sist<strong>em</strong>a espiritual. Como o acaso, realmente, não existe e<br />

tudo quanto acontece decorre da lei e causa e efeito, dev<strong>em</strong>-se suportar, com corag<strong>em</strong>, as<br />

indesejáveis conseqüências provocadas por atos recrimináveis, praticados na inconsciência do seu<br />

inevitável retorno.<br />

As primeiras lições de espiritualização levam a criatura a compreender que os sofrimentos,<br />

na sua generalidade, são o efeito de uma causa visível ou oculta, r<strong>em</strong>ota ou recente. Portanto,<br />

fazendo bom uso da sua inteligência, não há ninguém, conscient<strong>em</strong>ente, que queira cavar a sua<br />

ruína. Mas quando se encontrar na desgraça, s<strong>em</strong>pre provocada, não deve deixar de apelar para a<br />

sua corag<strong>em</strong> como meio altivo, decoroso e digno de saber arcar com as conseqüências de seus<br />

próprios atos.<br />

Não é por falta de corag<strong>em</strong> que o indivíduo se esquiva de afundar-se no sofrimento, mas por<br />

sabedoria, por inteligência, por conhecimentos adquiridos com relação à vida espiritual.<br />

Dos planos elevados de espiritualização, desc<strong>em</strong> à Terra, de quando <strong>em</strong> quando, para<br />

encarnar, espíritos iluminados, Mestres <strong>em</strong> disciplina espiritualista, nos quais não é difícil constatar,<br />

além de uma corag<strong>em</strong> s<strong>em</strong> limites, o espírito de renúncia, a expressão de simplicidade e a dedicação<br />

superior voltada para a evolução da humanidade.<br />

A corag<strong>em</strong> de modo algum pode prejudicar. Ela exige prudência, cautela e ação. Todos, na<br />

rotina da evolução, caminham para conquistá-la. A vida terrena oferece numerosas exponenciais<br />

para o exercício da corag<strong>em</strong>, pela necessidade que há dela integrar-se na formação moral de cada<br />

pessoa. A corag<strong>em</strong> aviva os traços da personalidade, dá firmeza a atos e atitudes, consolida a<br />

autoridade, e por ela se eleg<strong>em</strong> os condutores dos agrupamentos humanos.<br />

Indivíduos aventureiros que se escudam, para a sua defesa <strong>em</strong> armas mortíferas, atuando sob<br />

o manto da ilegalidade, são t<strong>em</strong>erários ou suicidas que viv<strong>em</strong> à marg<strong>em</strong> da sociedade e inimigos do<br />

trabalho, que não são levados aos seus fins pela corag<strong>em</strong> indômita dos fortes de espírito, mas pela<br />

covardia que a aparatosa encenação de pistolas carregadas dissimula. Estes, no fundo, têm mais<br />

medo, inclusive da cadeia, do que, expressando um simbolismo, o d<strong>em</strong>ônio da cruz.<br />

O sentido elevado da corag<strong>em</strong> não admite interpretações de ord<strong>em</strong> superficial. Há certas<br />

valentias que aparentam corag<strong>em</strong>, mas que, na realidade, não passam de fontes de exibição a<br />

alimentar um ângulo da vaidade.<br />

Ex<strong>em</strong>plos de verdadeira corag<strong>em</strong>, porque serena e estóica, deixaram na Terra os Mestres<br />

que por aqui passaram, e mais chegados ao <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, pod<strong>em</strong> ser apontados Luiz de<br />

Mattos e Luiz Thomaz, o padre Antonio Vieira e, <strong>em</strong> passado mais distante, Jesus. A corag<strong>em</strong> que<br />

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