Livro em PDF - Racionalismo Cristão
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missão – a que se dedicou profundamente durante a sua existência terrena – de elaborar um idioma<br />
que b<strong>em</strong> se ajustasse a todos os povos, e ao qual deu o nome de Esperanto.<br />
Teria de ser um espírito possuidor de larga bagag<strong>em</strong> lingüística, adquirida <strong>em</strong> muitas<br />
encarnações, para tornar-se na Terra o artífice de um idioma modelarmente constituído – o<br />
Esperanto.<br />
Ao deixar o mundo físico, de retorno ao seu plano astral luminoso, depois de aqui haver<br />
permanecido pelo espaço de 57 anos, teve a glória de consignar <strong>em</strong> seu acervo os louros da missão<br />
cumprida. Estava criado o Esperanto, substancioso e lapidado, pronto para ser adotado pelos<br />
filólogos de todos os continentes.<br />
Estabeleceu Luís Zamenhof, na criação do Esperanto, dezesseis regras fundamentais<br />
simplificadoras de toda a técnica gramatical das outras línguas.<br />
Muito propositadamente, nasceu ele numa terra onde existiam quatro línguas<br />
predominantes: o hebraico, o polonês, o russo e o lituano, além de vários dialetos. Ali pôde sentir,<br />
mais de perto, o efeito pernicioso de tal dissociação que parecia uma “Torre de Babel”, pois os<br />
patrícios não se entendiam na defesa de interesses comuns.<br />
Foi essa circunstância que fez medrar no espírito de Zamenhof a idéia persistente da criação<br />
de um sist<strong>em</strong>a lingüístico, de cunho internacional.<br />
O genial autor do Esperanto verteu para o idioma por ele criado muitas obras de uso e<br />
conhecimento generalizados, dentre as quais a “Bíblia” e o “Hamlet”, por onde ficou evidenciada a<br />
plena maleabilidade da língua, capaz de reproduzir, com fidelidade, as expressões dos pensadores<br />
de qualquer latitude e de diferentes épocas.<br />
As regras fundamentais do Esperanto permit<strong>em</strong> a sua expansão quando novos vocábulos<br />
tiver<strong>em</strong> de ser criados, para atender ao desenvolvimento da ciência, da literatura, da técnica e dos<br />
costumes.<br />
Pouco a pouco, vai o Esperanto tomando o seu lugar nos países civilizados; grande número<br />
de pessoas já o conhece e o articula com o maior des<strong>em</strong>baraço, como pioneiros dessa cruzada<br />
internacionalista, que t<strong>em</strong> por objetivo a unificação do sist<strong>em</strong>a vocabular, para maior aproximação<br />
dos povos.<br />
Tudo quanto for feito neste laboratório de atividades humanas, que, é o mundo Terra, <strong>em</strong><br />
benefício do estreitamento das relações espirituais dos seres encarnados, é e será tarefa meritória, de<br />
elevado grau.<br />
Aquilo de que mais se precisa neste mundo de egoísmo e divergências, é a compreensão<br />
mútua, a solidariedade de sentimento e a igualdade de valores debaixo de uma concepção<br />
espiritualista. A adoção do Esperanto por todos os quadrantes do globo, não resolve, por si só, esse<br />
magno probl<strong>em</strong>a, mas contribui, poderosamente, para a sua solução.<br />
O fato de abolir-se a separação de indivíduos por via lingüística, de afastar-se a suposta<br />
superioridade de linguag<strong>em</strong>, estimuladora de vaidosas suposições, de se suprimir<strong>em</strong> competições no<br />
terreno da maior ou menor abundância de vocábulos – <strong>em</strong> se tratando de um idioma <strong>em</strong> relação a<br />
outro – e de estabelecer-se uma perfeita distribuição de verbetes que atenda a todas as tonalidades<br />
raciais, constitui obra de seguro efeito, no estabelecimento de um sentido de igualdade.<br />
A estrutura técnica do Esperanto dá-lhe base e segurança para manter-se indeformável, face<br />
à tendência comum na formação de dialetos e instituição de termos de gíria. É com facilidade que<br />
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