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Livro em PDF - Racionalismo Cristão

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solidariedade comum, particip<strong>em</strong> das mesmas alegrias e se compreendam para a solução de seus<br />

probl<strong>em</strong>as íntimos.<br />

Este conhecimento, que todos precisam ter, as religiões não possu<strong>em</strong> para oferecer; é por<br />

falta dele que a desinteligência nos lares se revela, que os choques se produz<strong>em</strong>, freqüent<strong>em</strong>ente,<br />

entre os seus m<strong>em</strong>bros, com discussões estéreis, por intolerância, por impertinência, pela<br />

recriminação ostensiva e pela mania deliberada de dar o contra, de discordar, de desfazer e de<br />

arreliar.<br />

A vida <strong>em</strong> certos lares torna-se, assim, um “inferno”, sendo as discussões, a fogueira.<br />

Velhos inimigos de outras existências, <strong>em</strong> lugar de se irmanar<strong>em</strong> na paz construtiva do lar, já que<br />

tiveram essa especial oportunidade, passam a reviver um passado sinistro e a destruir uma<br />

encarnação inteira.<br />

Não pode haver amizade s<strong>em</strong> simpatia, n<strong>em</strong> simpatia com discussões. O lar é a célula<br />

indicada para desenvolver-se, ali, o sentimento da amizade. Deve-se, pois, combater,<br />

intransigent<strong>em</strong>ente, qualquer ação que possa <strong>em</strong>panar o brilho de uma amizade verdadeira, sincera<br />

e perene. Todas as criaturas têm algo de bom, mesmo as mais agressivas; enquanto o padrão da<br />

moralidade for sustentado, tudo o mais pode ser considerado como de segunda ord<strong>em</strong>, e passar por<br />

baixo da ponte da tolerância.<br />

A discussão constante produz grave desgaste da vida anímica, descontrola o sist<strong>em</strong>a<br />

nervoso, predispõe o organismo para as doenças, envelhece pr<strong>em</strong>aturamente, transforma a<br />

fisionomia, <strong>em</strong>prestando-lhe um aspecto desagradável e atrai, como um imã, as falanges do astral<br />

inferior.<br />

O hábito da discussão é pernicioso, desagregante e destruidor. Desarmam-se os lares com a<br />

quebra dos laços conjugais, por culpa das discussões. Quando começam, tend<strong>em</strong> a prosseguir até<br />

um final rompimento entre as vítimas. S<strong>em</strong>pre surge um motivo para dar orig<strong>em</strong> a uma nova<br />

discussão, quando as velhas vão ficando muito batidas. O costume de discutir torna-se um vício,<br />

uma obsessão.<br />

O tormento da discussão invade o domínio da tranqüilidade, para estabelecer o desespero, a<br />

angústia e a desorientação. É um dos males piores que a criatura pode sofrer, criado por ela mesma,<br />

pela sua incompreensão, pela falta de conhecimento da vida e por não haver despertado para a<br />

espiritualidade.<br />

Impõe-se, assim, uma educação espiritualista para vencer a tendência que acomete a criatura<br />

de discutir, ao menor pretexto. Muitas vezes, trata-se de pessoas revoltadas, frustradas, desiludidas<br />

ou desenganadas, que num estado de permanente inconformação, procuram desabafar, abrindo as<br />

válvulas do inconformismo, e com tal azedume na lama, são do contra, atoladas num pessimismo<br />

destruidor.<br />

Vê-se, por aí, que a tendência de discutir reflete um mau estado psíquico, de conseqüências<br />

perigosas. Muitas inimizades e crimes de morte, tiveram orig<strong>em</strong> <strong>em</strong> discussões, assim como o<br />

cultivo do ódio, que é um sentimento inferior, prejudicial, altamente corrosivo para qu<strong>em</strong> o<br />

alimenta.<br />

As discussões envenenam a alma, destruindo o que a vida oferece de melhor, que é o amor<br />

cristão. Se todas as criaturas firmass<strong>em</strong> consigo mesmas um compromisso de honra de não<br />

discutir<strong>em</strong> com o seu s<strong>em</strong>elhante, n<strong>em</strong> que as assalt<strong>em</strong> as mais ousadas tentações, estariam<br />

prestando um serviço de valor inestimável a si mesmas, e à coletividade.<br />

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