Livro em PDF - Racionalismo Cristão
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3. O CRISTIANISMO PRÁTICO<br />
Poderá parecer estranho chamar-se a atenção do leitor para o lado prático do cristianismo,<br />
como se esta doutrina não fosse toda prática. Pode realmente admitir-se um cristianismo acadêmico,<br />
feito de palavras e de retórica, e outro essencialmente prático, traduzido <strong>em</strong> obras, <strong>em</strong> procedimento<br />
ou atitudes.<br />
O cristianismo não abrange, apenas, o plano físico, mas também o astral, com a<br />
peculiaridade de desdobrar-se <strong>em</strong> normas cada vez mais adiantadas, à medida que serve a Planos<br />
cada vez mais luminosos.<br />
Evident<strong>em</strong>ente o cristianismo posto <strong>em</strong> prática, por hipótese, no vigésimo plano de<br />
evolução, t<strong>em</strong>, forçosamente, uma amplitude que não possuirá, digamos, no quinto plano.<br />
Assim, torna-se compreensível como certas normas evoluidíssimas do cristianismo têm<br />
aplicação direta num elevado plano, e não pod<strong>em</strong>, da mesma forma, ser realizadas num plano<br />
inferior.<br />
O cristianismo é um curso que se desdobra por trinta e três planos astrais de evolução,<br />
havendo, <strong>em</strong> cada um deles, um código específico, adaptado a esse plano, que deve ser respeitado e<br />
cumprido, assim como no plano físico, <strong>em</strong> que o código da moral cristã foi estabelecido para<br />
atender à vida terrena, nos seus pormenores espirituais.<br />
Ex<strong>em</strong>plificando, pode atentar-se para aquela norma espiritualista que é sentida e revelada<br />
<strong>em</strong> planos superiores, citado por Jesus, quando, expondo os seus ensinos, dizia que era preciso<br />
amarmos até os nossos inimigos.<br />
Encarnando neste planeta para fins de depuração, não há qu<strong>em</strong> possa amar, com a alma<br />
cheia de ternura, aquela criatura que insulta, que ofende, que agride, que difama, calunia, trai, mata<br />
um ser querido, corrompe, avilta, saqueia, usurpa, explora e desonra.<br />
E não há por que censurar alguém por não ser capaz de d<strong>em</strong>onstrar uma alma tão purificada<br />
a ponto de amar, como a um ente querido, um consumado agressor renitente, criminoso e perverso.<br />
Cabe, dentro dos princípios da moral cristã, afastar do meio social o delinqüente perigoso, o<br />
associado ao astral inferior, a fera humana, oferecendo-lhe meios de regeneração. Esta é a maneira<br />
de resguardar o patrimônio moral da coletividade, interpretando b<strong>em</strong> o lado prático do cristianismo.<br />
O que se procura, neste caso, não é sacrificar a liberdade de um indivíduo, mas, por amor<br />
aos d<strong>em</strong>ais, evitar que sofram, que amargu<strong>em</strong> e padeçam pelos desmandos de um extraviado, um<br />
desequilibrado, um desajustado, <strong>em</strong> liberdade.<br />
É b<strong>em</strong> certo que os desatinados e infelizes delinqüentes não provocam, pelos seus atos<br />
reprováveis, o menor sentimento de amor na Terra; antes, despertam, no mais suave dos<br />
entendimentos, repulsa, piedade, consternação.<br />
Por aí se vê que, encarando o mundo como ele realmente é, pleno de misérias morais,<br />
influenciado por um turbilhão de obsessores do astral inferior e habitado por espíritos encarnados<br />
dos primeiros planos de evolução, não se pode exigir que se pratique o cristianismo além daquela<br />
medida ideal para o plano físico.<br />
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