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Livro em PDF - Racionalismo Cristão

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O mundo Terra classifica-se como um mundo-escola, um laboratório, uma oficina de<br />

trabalho, onde o espírito se esmera, ou deveria esmerar-se na apuração das suas qualidades<br />

espirituais latentes.<br />

O espírito, como partícula da Força Criadora, e integrante dela, possui valiosos atributos<br />

seus, muitos dos quais ainda involuídos, aguardam o t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que se dev<strong>em</strong> manifestar, dentro do<br />

processo normal da evolução.<br />

A vida é, pois, um atributo dessa Força e, concomitant<strong>em</strong>ente, do espírito, dele inseparável,<br />

não podendo, por essa razão, sofrer qualquer interrupção, como ilusoriamente sugere a<br />

desencarnação àqueles que diz<strong>em</strong> só acreditar na matéria.<br />

Que a morte não interrompe a vida, têm absoluta certeza os que se dedicam ao estudo do<br />

espiritualismo, não só pelas evidências resultantes desse estudo, como pela lógica dos fatos<br />

relacionados com o cumprimento das leis naturais, eternas e imutáveis, entre as quais se destaca a<br />

da evolução.<br />

É estudando que se aprende e, conseqüent<strong>em</strong>ente, não há de ser qu<strong>em</strong> não estuda, não<br />

investiga, não analisa profunda e imparcialmente, não procura fontes esclarecedoras, não estabelece<br />

cotejos elucidativos, não medita s<strong>em</strong> paixão, s<strong>em</strong> se desapegar de idéias preconcebidas, que está <strong>em</strong><br />

situação de dar lições sobre espiritualidade.<br />

Efetivamente, a vida não pode ser interrompida, mas pod<strong>em</strong> operar-se transformações na<br />

matéria das mais variadas formas <strong>em</strong> que a vida se exterioriza, s<strong>em</strong> que haja interrupção; mesmo<br />

quando deixa de exteriorizar-se num corpo físico, ela continua a manifestar-se num corpo astral<br />

correspondente, s<strong>em</strong> a mais leve intermitência.<br />

O espírito perde, ao encamar, a noção das existências pretéritas, não guardando delas<br />

nenhuma recordação. O que não o deixa cont<strong>em</strong>plar o passado e ver-se nas múltiplas encarnações<br />

anteriores, é o véu da matéria. Somente quando desta, se desprende e ascende, liberto da toda<br />

perturbação, ao seu mundo de luz, recupera, na máxima amplitude, a visão espiritual, não<br />

escapando à sua clarividência nenhum fato, nenhuma intenção, nenhum pensamento, nada<br />

absolutamente nada, do que tenha feito.<br />

As lições e experiências de uma encarnação, passam a integrar o acervo espiritual do<br />

indivíduo, somando-se às das encarnações anteriores, com o que o seu patrimônio espiritual fica<br />

enriquecido e alguma evolução é alcançada.<br />

É o pleno reconhecimento de que as reencarnações se suced<strong>em</strong> para o espírito, como uma lei<br />

inviolável da vida, que faz com que a criatura humana melhor conceba a idéia real da sua<br />

imortalidade, como espírito.<br />

O motivo pelo qual o espírito esquece, ao encarnar, todo o seu passado, prende-se a razões<br />

de ord<strong>em</strong> superior, entre as quais a necessidade de não ser<strong>em</strong> reconhecidos os desafetos,<br />

possibilitando a reconciliação da vítima com o algoz, e convertendo o ódio <strong>em</strong> amor.<br />

Esse esquecimento t<strong>em</strong>, além disso, a vantag<strong>em</strong> de não continuar<strong>em</strong> as criaturas dominadas<br />

pelo r<strong>em</strong>orso das más ações, inclusive crimes, alguns nefandos, praticados nas anteriores<br />

encarnações. O esquecimento do passado representa ainda um b<strong>em</strong>, por facilitar a destruição das<br />

correntes deletérias que as más ações geraram nessas existências.<br />

A desencarnação de alguém que se estima ou ama, que se aprecia ou admira, que se irmana<br />

conosco por ligações afins, não pode deixar de ser sentida, pela separação, <strong>em</strong>bora t<strong>em</strong>porária, que<br />

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