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Livro em PDF - Racionalismo Cristão

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24. A SIMPLICIDADE<br />

Um dos mais belos ornamentos da alma é a simplicidade; não uma simplicidade estudada<br />

para causar efeito ou esconder a vaidade.<br />

A simplicidade t<strong>em</strong> de ser espontânea e natural, ou não é simplicidade. Acontece, porém,<br />

que quando ela se revela por essa forma espontânea e natural, já está a criatura situada num nível<br />

elevado de evolução, pois quanto mais evoluída estiver, tanto mais simples será.<br />

A falta de simplicidade, ostensiva ou oculta, denuncia um estado de alma nada lisonjeira,<br />

nada edificante, muito <strong>em</strong>bora a encenação seja a mais tocante possível; almas tidas como piedosas,<br />

não raro deixam-se levar pela mística de recompensas celestiais e adotam uma representação no<br />

palco da vida, que leva à comoção muitas das pessoas inclinadas a proceder da mesma forma. A<br />

simplicidade que envolve esse cenário é aparente, e não real.<br />

Para muita gente, ser piedoso é ser simples, e vice-versa, quando, na realidade, o “piedoso”<br />

é um ser imbuído da convicção enganosa de ter assegurada, pelos seus atos, a sua entrada triunfante<br />

no reino dos céus, após a morte, julgando haver conquistado no paraíso celeste a mais alta<br />

“distinção espiritual”.<br />

O piedoso é assim um indivíduo que facilmente se envaidece, enchendo-se de pretensões<br />

falsas e até ingênuas. Geralmente qu<strong>em</strong> se julgar distinguido para receber tão alto prêmio, tão<br />

privilegiada posição, só poderá ter simplicidade exteriormente, porque no fundo está convencido da<br />

sua superioridade sobre os d<strong>em</strong>ais; da glória de ser “eleito de Deus”, da ufania de se considerar um<br />

“escolhido do Senhor”.<br />

Longe desse aspecto, porém, está a realidade, porquanto a simplicidade não se cria da noite<br />

para o dia, n<strong>em</strong> se fica simples depois de ouvir um sermão; a simplicidade é formada no indivíduo,<br />

através de milênios, e se apura de encarnação <strong>em</strong> encarnação, no curso de milhares delas.<br />

Todos deverão fazer o b<strong>em</strong> que puder<strong>em</strong>, de acordo com o merecimento de cada um e as<br />

circunstâncias que se apresentar<strong>em</strong>, s<strong>em</strong> desejar alcançar o epíteto “celestial” ou “piedoso”, pelo<br />

ilusório sentido que esses vocábulos contêm.<br />

Ex<strong>em</strong>plos de verdadeira simplicidade dão-nos aqueles espíritos altamente evoluídos que<br />

encarnaram no planeta, não mais para se depurar<strong>em</strong>, mas para servir de guias, como Mestres para<br />

ajudar<strong>em</strong> a esclarecer os que aqui se acham. Moisés, Hermes, Buda, Confúcio, Krishna, Maomé e<br />

principalmente Jesus foram Mestres que encarnaram para ajudar a humanidade a evoluir. Neste<br />

século vinte, contou-se com a presença de Luiz de Mattos, não menos Mestre, que veio com a<br />

missão de implantar na Terra o <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>.<br />

A simplicidade nesses espíritos foi modelar, natural e espontânea, e será nela que se dev<strong>em</strong><br />

inspirar os estudiosos do espiritualismo, para a sua crescente renovação espiritual.<br />

A simplicidade não obriga ninguém a curvar-se ante os poderosos, n<strong>em</strong> humilhar-se diante<br />

de qualquer situação. Em primeiro lugar, porque os que se julgam poderosos, são meros manequins<br />

<strong>em</strong> uma eventual exibição, e só o fato de se julgar<strong>em</strong> poderosos e pretender<strong>em</strong> dar test<strong>em</strong>unho disso<br />

prova a inferioridade espiritual que os anima. A próxima encarnação ensejar-lhes-á a lição adequada<br />

para a correção do mal. Em segundo lugar, porque todas as almas são da mesma essência, iguais<br />

perante ao Todo, e diante dessa verdade, não cab<strong>em</strong> atitudes de humilhação.<br />

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