15.01.2014 Views

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />

resumo<br />

A Folha Eldorado Paulista (SG.22-X-B-VI) abrange parte dos estados de São Paulo e Paraná,<br />

sudeste do Brasil, sendo limita<strong>da</strong> pelos meridianos 48 0 30’W e 48 0 00’W e paralelos<br />

24 0 30’S e 25 0 00’S. O mapeamento geológico na escala 1:100.000 permitiu uma reformulação<br />

substancial <strong>da</strong> estratigrafia regional, com o refino de uni<strong>da</strong>des previamente<br />

defini<strong>da</strong>s e a cartografia de novas uni<strong>da</strong>des. Em termos geológicos regionais, as uni<strong>da</strong>des<br />

se relacionam aos terrenos (ou domínios tectônicos) Apiaí, Curitiba, Paranaguá e<br />

Luís Alves. Os três primeiros são segmentos do Cinturão Ribeira Meridional (Província<br />

Mantiqueira), enquanto o último representa um fragmento cratônico não afetado pela<br />

Orogenia Brasiliano-Pan-Africana.<br />

O Terreno Apiaí é dominado por sequências de rochas supracrustais, incluindo uni<strong>da</strong>des<br />

metavulcanossedimentares e metassedimentares de fácies xisto-verde a anfibolito,<br />

inseri<strong>da</strong>s no Supergrupo Açungui, considerado como um terreno composto. O Supergrupo<br />

Açungui é dividido em duas uni<strong>da</strong>des, com subdivisões internas: (i) Grupo Votuverava<br />

(ca. 1450-1480 Ma), formado por metapelitos rítmicos (ardósia e filito) com<br />

intercalações de rochas metavulcânicas básicas e lentes de quartzito e rochas calcissilicáticas,<br />

subdividido nas formações Nhunguara, Piririca, Rubuquara e Ribeirão <strong>da</strong>s<br />

Pedras; (ii) Sequência Serra <strong>da</strong>s Andorinhas (Calimiano?), composta por filito rítmico e<br />

micaxisto, mármore e rochas calcissilicáticas, subdividi<strong>da</strong> em Uni<strong>da</strong>de Metapelítica e<br />

Mármore <strong>da</strong> Tapagem.<br />

O Terreno Curitiba é formado por rochas de embasamento representa<strong>da</strong>s pelo Gnaisse<br />

Ban<strong>da</strong>do Barra do Azeite (Complexo Atuba) e por sequências supracrustais <strong>da</strong>s formações<br />

Capiru e Turvo-Cajati. O Gnaisse Ban<strong>da</strong>do Barra do Azeite (ca. 2200-2100 Ma) é constituído<br />

por ortognaisse ban<strong>da</strong>do migmatizado em condições de fácies anfibolito alto e<br />

milonitizado em condições de fácies xisto-verde. A Formação Capiru, de i<strong>da</strong>de máxima<br />

de sedimentação de ca. 800-850 Ma, é composta por rochas metassedimentares siliciclásticas<br />

(ardósia e filito rítmicos) e carbonáticas, metamorfiza<strong>da</strong>s em condições de fácies<br />

xisto-verde inferior. A Formação Turvo-Cajati, de i<strong>da</strong>de máxima de sedimentação de ca.<br />

850-900 Ma, é composta por rochas metassedimentares siliciclásticas e carbonáticas metamorfiza<strong>da</strong>s<br />

em condições de fácies xisto-verde a granulito. Essa formação é subdividi<strong>da</strong><br />

em Uni<strong>da</strong>de de Filito (filito e ardósia rítmicos – metassiltito, metargilito e metarenito),<br />

Uni<strong>da</strong>de de Micaxisto (micaxisto grosso comumente com grana<strong>da</strong> e, localmente, com estaurolita<br />

e cianita) e Uni<strong>da</strong>de Paragnáissica (silimanita-grana<strong>da</strong>-paragnaisse, micaxistos<br />

grossos anatéticos, localmente cianita-grana<strong>da</strong>-paragnaisse). O Terreno Curitiba apresenta,<br />

ain<strong>da</strong>, duas bacias vulcanossedimentares de transição Proterozoico-Fanerozoico associa<strong>da</strong>s<br />

a zonas de cisalhamento (formações In<strong>da</strong>iatuba e Quatis).<br />

O Terreno Luís Alves é formado pelo Complexo Serra Negra, de i<strong>da</strong>de arqueana a paleoproterozoica,<br />

uni<strong>da</strong>de mais antiga <strong>da</strong> <strong>folha</strong>, e por rochas supracrustais <strong>da</strong> Formação<br />

Rio <strong>da</strong>s Minas. O Complexo Serra Negra é constituído, dominantemente, por rochas<br />

gnáissico-granulíticas de composição básica a intermediária (gabroides, tonalito, granodiorito),<br />

preserva<strong>da</strong>s ou parcialmente retrometamorfiza<strong>da</strong>s em condições de fácies<br />

xisto-verde superior a anfibolito. A Formação Rio <strong>da</strong>s Minas (redefinição <strong>da</strong> Sequência<br />

Cachoeira) é composta por rochas metassedimentares siliciclásticas metamorfiza<strong>da</strong>s<br />

em condições de fácies xisto-verde inferior a anfibolito alto, subdividi<strong>da</strong> em Uni<strong>da</strong>de<br />

de Ardósia e Filito, Uni<strong>da</strong>de de Micaxisto e Uni<strong>da</strong>de Paragnáissica. Destacam-se na<br />

Uni<strong>da</strong>de de Ardósia e Filito lentes de rochas metavulcânicas ultramáficas (talco-xisto,<br />

serpentinito, tremolita-serpentina-talco-xisto) e formações ferríferas ban<strong>da</strong><strong>da</strong>s do tipo<br />

itabirito.<br />

IX

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!