15.01.2014 Views

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />

são observa<strong>da</strong>s com frequência em amostras de<br />

mão. Magnetita, alanita, zircão, fluorita, columbita e<br />

cassiterita são os principais acessórios. Evidências de<br />

alteração hidrotermal, tais como zonas epidotiza<strong>da</strong>s<br />

e sulfeta<strong>da</strong>s, ocorrem com frequência. Localmente,<br />

ocorrem também greisens com tons acinzentados<br />

constituídos por quartzo, biotita verde e castanha,<br />

mica verde-clara e branca, com zircão, fluorita, topázio,<br />

esfalerita e cassiterita como principais <strong>minerais</strong><br />

acessórios (PEREIRA et al., 2007; vASCONCELOS<br />

et al., 1999). Na bor<strong>da</strong> sudeste <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de, ocorre<br />

uma estreita faixa milonítica constituí<strong>da</strong> por milonito<br />

fino, róseo, com tons levemente esverdeados decorrentes<br />

de sericitização, indicando milonitização em<br />

baixo grau. Essa faixa milonítica apresenta foliação<br />

tênue e lineação de estiramento bem desenvolvi<strong>da</strong>.<br />

vênulas de fluorita e vênulas ricas em epidoto truncam<br />

a estrutura milonítica.<br />

A litofácies mesopertita-granito rosa (NP3γ3rga)<br />

ocupa as porções central e sul do maciço. Apresenta<br />

forma alonga<strong>da</strong>, com razão axial de 1:3, e área aflorante<br />

de aproxima<strong>da</strong>mente 70 km 2 . Ocorre em área<br />

de difícil acesso, com relevo íngreme, com desnível<br />

de até 800 m entre a bor<strong>da</strong> e as porções centrais do<br />

maciço, e coberta por vegetação densa. Em decorrência<br />

<strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des de acesso, poucos afloramentos<br />

representativos dessa litofácies foram visitados.<br />

Uma seção-tipo <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de pode ser observa<strong>da</strong> em<br />

corte do km 516 <strong>da</strong> Rodovia Régis Bittencourt (BR-<br />

116), pista sentido norte.<br />

Em termos litológicos, a litofácies mesopertita-<br />

-granito rosa é bastante homogênea e composta por<br />

mesopertita-granito (hipersolvus) róseo a vermelho,<br />

dominantemente hololeucocrático, equigranular<br />

grosso e isótropo (Figura 4.46b). Ao microscópio petrográfico,<br />

a textura é equigranular anédrica a subédrica.<br />

Feldspato alcalino pertítico a mesopertítico e<br />

quartzo são os <strong>minerais</strong> essenciais. Biotita representa<br />

o principal mineral máfico, ocorrendo, geralmente,<br />

em proporções menores que 5%. Os demais acessórios<br />

incluem fluorita, <strong>minerais</strong> opacos, zircão, cassiterita,<br />

alanita e muscovita. Os cristais de feldspato<br />

alcalino apresentam forte sericitização <strong>da</strong>s lamelas<br />

mais sódicas. Alguns cristais apresentam-se envoltos<br />

por coroas de plagioclásio (textura rapakivi) livre<br />

de alteração hidrotermal. vasconcelos et al. (1999)<br />

descrevem graisens semelhantes àqueles ligados à litofácies<br />

sienogranito cinza-claro, contrastando desta<br />

pela grande concentração de sulfetos (esfalerita, calcopirita,<br />

pirita, calcocita e covelita). Na bor<strong>da</strong> noroeste<br />

<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de, o granito aparece milonitizado em<br />

uma zona de cisalhamento NS e cortado por sistemas<br />

conjugados de veios de quartzo sulfetados subverticais,<br />

representando de 30 a 40% <strong>da</strong> área total dos<br />

afloramentos. O granito milonítico, nessa locali<strong>da</strong>de,<br />

apresenta evidências mesoscópicas, microscópicas e<br />

químicas de alteração hidrotermal, com mineralização<br />

de ouro de baixo teor associa<strong>da</strong> (detecta<strong>da</strong> por<br />

análises químicas).<br />

4.6.6.3 GRANITO MANDIRA (NP3γ3md)<br />

Figura 4.46 – Aspecto macroscópico <strong>da</strong>s litofácies sienogranito<br />

cinza-claro (a) e mesopertita-granito rosa (b) do<br />

granito Rio Guaraú.<br />

Uma parte do Granito Mandira, que, como um<br />

todo, apresenta forma alonga<strong>da</strong> elipsoi<strong>da</strong>l e orientação<br />

NE, aflora no canto sudeste <strong>da</strong> Folha Eldorado<br />

Paulista. Essa porção ocupa uma área de aproxima<strong>da</strong>mente<br />

33 km 2 , correspondente a cerca de 50%<br />

<strong>da</strong> área total do plúton. O corpo foi primeiramente<br />

descrito por Cor<strong>da</strong>ni et al. (1971), sob a designação<br />

de Complexo Granítico Mandira. Posteriormente, foi<br />

designado Granito Serra do Itapitangui (MORGEN-<br />

TAL et al., 1975) e como Maciço Granítico ou Granito<br />

Mandira nos demais trabalhos (BOIN et al., 1982;<br />

OLIvEIRA, 1989; vASCONCELOS et al., 1999).<br />

O Granito Mandira limita-se ao norte com rochas<br />

do Gnaisse Ban<strong>da</strong>do Barra do Azeite e <strong>da</strong> Formação<br />

Turvo-Cajati; ao leste, com o Granito Serra do Ipiran-<br />

73

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!