geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
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<strong>CPRM</strong> - Programa Geologia do Brasil<br />
Figura 2.1 – Compartimentação tectônica do território brasileiro (com localização <strong>da</strong> <strong>folha</strong> Eldorado Paulista, escala<br />
1:100.000).<br />
Fonte: A<strong>da</strong>ptado de Schobbenhaus et al. (1984).<br />
à categoria de supergrupo (CAMPANHA, 1991;<br />
CAMPANHA e SADOWSKI, 1999). Contudo, <strong>da</strong>dos<br />
geocronológicos obtidos recentemente (BASEI et al.,<br />
2003, 2008; CAMPANHA et al., 2008a, 2008b, 2010;<br />
FALEIROS, 2008; FALEIROS et al., 2011; HACKSPACHER<br />
et al., 2000; SIGA JÚNIOR et al., 2009, 2011; WEBER<br />
et al., 2004) e novas interpretações indicam que essa<br />
uni<strong>da</strong>de compreende uma associação de terrenos<br />
distintos de i<strong>da</strong>des calimiana (ca. 1450-1500Ma:<br />
Grupo Votuverava e Formação Água Clara), toniana<br />
(ca. 910-1030 Ma: parte do Grupo Itaiacoca) e<br />
ediacarana (ca. 630-580 Ma: Formação Iporanga,<br />
parte do Grupo Itaiacoca), além de terrenos de<br />
i<strong>da</strong>de de sedimentação ain<strong>da</strong> pouco estabeleci<strong>da</strong><br />
(Grupo Lajeado e Sequência Serra <strong>da</strong>s Andorinhas),<br />
acrescidos durante a Orogenia Brasiliano-Pan-<br />
Africana (CAMPANHA e FALEIROS, 2005; FALEIROS,<br />
2008). Rochas de embasamento consistem em<br />
associações de ortognaisses migmatíticos e<br />
miloníticos estaterianos (ca. 1750-1800 Ma) (CURY<br />
et al., 2002; PRAZERES FILHO et al., 2003; RIBEIRO,<br />
2006) aflorantes, principalmente, no núcleo de<br />
algumas estruturas antiformais restritas.<br />
O Terreno Curitiba (Figura 2.2) compreende<br />
ortognaisses migmatíticos de i<strong>da</strong>de riaciana (ca.<br />
2100-2200 Ma) (SATO et al., 2001, 2003, 2009; SIGA<br />
JÚNIOR, 1995; SIGA JÚNIOR et al., 1995, 2007) do<br />
Complexo Atuba, interpretado como uma faixa móvel<br />
paleoproterozoica retrabalha<strong>da</strong> no Neoproterozoico,<br />
e duas uni<strong>da</strong>des supracrustais de i<strong>da</strong>des máximas de<br />
sedimentação no Ectasiano (ca. 800-700 Ma), sendo<br />
uma de baixo grau (Formação Capiru) e outra de médio<br />
a alto grau metamórfico (Formação Turvo-Cajati).<br />
O Terreno Luís Alves (Figura 2.2) representa a<br />
única exposição cratônica (em relação à Orogenia<br />
Brasiliano-Pan-Africana) na porção meridional do<br />
Cinturão Ribeira. Consiste em rochas gnáissicogranulíticas<br />
arqueanas a paleoproterozoicas (ca.<br />
2720-2000 Ma) (BASEI et al., 1998; HARARA, 2001;<br />
HARTMANN et al., 2000; SIGA JÚNIOR et al., 1993,<br />
1995), de composição dominantemente básica a<br />
intermediária, denomina<strong>da</strong>s na região por Complexo<br />
Serra Negra (SILVA et al., 1981).<br />
O Terreno Paranaguá compreende uma faixa<br />
alonga<strong>da</strong> segundo direção nordeste, com 250 km<br />
de extensão e 30 km de largura, composta, em<br />
sua maior parte, por uma suíte ígnea granítica<br />
ediacarana (CURY, 2009). As encaixantes são<br />
representa<strong>da</strong>s por rochas gnáissico-migmatíticas<br />
riacianas, pertencentes ao Complexo São Francisco<br />
do Sul, e rochas metassedimentares, de baixo a alto<br />
grau, de i<strong>da</strong>de de sedimentação desconheci<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
Formação Rio <strong>da</strong>s Cobras (CURY, 2009). Os gnaisses<br />
do Complexo São Francisco do Sul apresentam<br />
zircões formados do Ediacarano ao Ordoviciano<br />
(ca. 625-480 Ma), interpretados como relacionados<br />
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