geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />
É formado, essencialmente, por ortoclásio pertítico<br />
e quartzo, com plagioclásio, muscovita, <strong>minerais</strong><br />
opacos e zircão como acessórios. Ao microscópio,<br />
observa-se textura granular e, localmente, cataclástica.<br />
Os termos porfiríticos são róseos, hololeucocráticos,<br />
apresentando fenocristais bipirami<strong>da</strong>is de<br />
quartzo em matriz muito fina composta por feldspato<br />
e quartzo (subvulcânicos?). Em seção delga<strong>da</strong>,<br />
observa-se que é composto por pertita, plagioclásio,<br />
quartzo, biotita e <strong>minerais</strong> opacos (composição sienogranítica).<br />
Ocorrem fenocristais de pertita e quartzo<br />
dispostos aleatoriamente na matriz granular.<br />
4.6.9 GRANITO VOTUPOCA (NP3γ3v)<br />
O Granito Votupoca foi definido por Vasconcelos<br />
et al. (1999) em mapeamento em escala 1:50.000.<br />
Apesar de apresentar assinatura gamaespectrométrica<br />
marcante, representa<strong>da</strong> por altos teores de radioelementos,<br />
não foram encontrados afloramentos<br />
<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de na <strong>folha</strong>. O corpo intrude a uni<strong>da</strong>de paragnáissica<br />
<strong>da</strong> Formação Turvo-Cajati.<br />
Afloramentos do corpo foram descritos por Vasconcelos<br />
et al. (1999) na <strong>folha</strong> adjacente, a leste, na<br />
região de Morro Votupoca, onde ocorre sienogranito<br />
róseo a cinza-avermelhado, hololeucocrático,<br />
equigranular médio, isótropo a fracamente orientado,<br />
com biotita dissemina<strong>da</strong> e, localmente, textura<br />
rapakivi. Ao microscópio petrográfico, a textura é<br />
granular hipidiomórfica e a mineralogia essencial é<br />
representa<strong>da</strong> por feldspato alcalino pertítico, quartzo,<br />
plagioclásio, <strong>minerais</strong> opacos e biotita. Zircão e<br />
apatita são os acessórios principais. Ocorre intensa<br />
alteração hidrotermal com sericitização e saussuritização<br />
dos feldspatos e substituição parcial <strong>da</strong> biotita<br />
por clorita.<br />
Passarelli et al. (2004) apresentam uma i<strong>da</strong>de<br />
U-Pb (TIMS; intercepto superior) de 582 ± 9 Ma para<br />
cristais de zircão de amostra de biotita-monzogranito<br />
coleta<strong>da</strong> na serra do Votupoca, na Folha Pariquera-<br />
-Açu (escala 1:50.000), interpreta<strong>da</strong> como i<strong>da</strong>de de<br />
cristalização do Granito Votupoca.<br />
4.7 MAGMATISMO MESOZOICO<br />
É representado por diques de diabásio, diabásio<br />
porfirítico e lamprófiro (diques básicos jurocretácicos<br />
– JKβ), stocks alcalinos <strong>da</strong> Suíte Intrusiva Jacupiranga<br />
(K1λja) e o Gabro Itapuvuçu (K1λit) (Figura<br />
4.48). Os diques são esparsos na porção oeste <strong>da</strong> <strong>folha</strong>,<br />
mas ocorrem em grande número na porção leste,<br />
coincidindo com o limite sudeste do Alinhamento<br />
de Guapiara (FERREIRA et al., 1981). Cortam, generaliza<strong>da</strong>mente,<br />
todos os litotipos pré-cambrianos.<br />
Os diques ocorrem sob a forma de corpos tabulares,<br />
com espessuras que variam de poucos centímetros<br />
a algumas dezenas de metros, mas geralmente<br />
métricas. Dominam orientações NW e NNW e para<br />
NE e ENE, com mergulhos subverticais. Dois diques<br />
retilíneos mais expressivos, localizados ao norte de<br />
Jacupiranga e ao sul de Cajati, apresentam extensões<br />
mapea<strong>da</strong>s <strong>da</strong> ordem de 20 km e espessuras máximas<br />
em torno de 150 m.<br />
Os diques de diabásio têm granulação geral média<br />
a fina, localmente grossa. Geralmente, contêm<br />
sulfetos (pirita e calcopirita) disseminados. Apresentam<br />
textura granular a porfirítica, com fenocristais<br />
de feldspato milimétrico a centimétrico. Apresentam<br />
cor cinza-escuro com tonali<strong>da</strong>de esverdea<strong>da</strong>.<br />
Os corpos mais espessos apresentam zoneamento<br />
textural, com granulação fina próximo às rochas<br />
encaixantes e mais grossa (até porfirítica) em direção<br />
ao centro dos corpos. Os <strong>minerais</strong> essenciais são plagioclásio<br />
(andesina e labradorita) e piroxênio (dominantemente<br />
augita), enquanto titanita (até 5%), apatita<br />
e <strong>minerais</strong> opacos ocorrem como acessórios. Por<br />
vezes, ocorrem também quartzo e feldspato alcalino.<br />
Como <strong>minerais</strong> secundários, ocorrem actinolita e<br />
hornblen<strong>da</strong>, formados por substituição de piroxênio,<br />
e sericita, epidoto, argilo<strong>minerais</strong> e carbonato formados<br />
por alteração de plagioclásio. Ocorrem texturas<br />
intergranular, subofítica, blastofítica e porfirítica.<br />
Dois diques de maior expressão ocorrem na porção<br />
leste <strong>da</strong> área. O primeiro tem direção aproxima<strong>da</strong><br />
N45 O W, é constituído por diabásio e localiza-se<br />
ao nordeste do Complexo Alcalino Jacupiranga, cortando<br />
rochas <strong>da</strong> Formação Turvo-Cajati e <strong>da</strong> Suíte Intrusiva<br />
Itapeúna. Em sua porção central, a espessura<br />
atinge dezenas de metros, sustentando o morrote<br />
do Espigão Comprido. Em afloramentos situados na<br />
serra do Lageado, observa-se que as zonas de bor<strong>da</strong><br />
apresentam granulação fina, textura afanítica, semelhante<br />
a basaltos, com presença de fraturas, por<br />
vezes concoides, enquanto nas porções centrais a<br />
granulação varia de média a grossa. Essas características<br />
refletem os efeitos do resfriamento do corpo.<br />
Constatou-se, nesse local, que houve tentativas de<br />
exploração nesse dique para fins de utilização como<br />
rocha ornamental.<br />
O segundo dique de grandes proporções ocorre<br />
na porção SE <strong>da</strong> <strong>folha</strong>, no vale do rio Itapitangui,<br />
com direção N40 o W. Corta a Formação Turvo-Cajati,<br />
o Complexo Atuba e o Granito Rio Guaraú, além do<br />
Granito Mandira (fora <strong>da</strong> área de mapeamento). A<br />
79