geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
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Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />
5 — GEOLOGIA ESTRUTURAL<br />
A análise estrutural foi realiza<strong>da</strong> com base em<br />
procedimentos clássicos (RAMSAY e HUBER, 1983,<br />
1987; TURNER e WEISS, 1968), envolvendo descrição<br />
e análise em campo <strong>da</strong>s relações geométricas e cinemáticas<br />
<strong>da</strong>s estruturas tectônicas, toma<strong>da</strong> de atitude<br />
de estruturas com bússola, hierarquização dessas<br />
estruturas com base em critérios de superposição,<br />
além de tratamento em escritório com auxílio de estereogramas,<br />
seções e mapas. Ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de litotectônica<br />
foi trata<strong>da</strong> separa<strong>da</strong>mente.<br />
5.1 TERRENO APIAÍ<br />
5.1.1 GRUPO VOTUVERAVA<br />
O Grupo Votuverava, na porção noroeste <strong>da</strong> Folha<br />
Eldorado Paulista, apresenta padrão estrutural regional<br />
simples, marcado por uma orientação estrutural<br />
dominantemente NE infleti<strong>da</strong> para ENE na região<br />
<strong>da</strong> Zona de Cisalhamento Ribeira, refletindo movimentação<br />
destral ao longo <strong>da</strong> zona de cisalhamento<br />
(Figura 5.1a). As rochas apresentam deformação intensa,<br />
com dobras fecha<strong>da</strong>s a isoclinais mesoscópicas,<br />
e transposição <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s sedimentares para<br />
a posição de uma clivagem ardosiana empina<strong>da</strong> de<br />
direção nordeste. Em campo, a estrutura principal é<br />
representa<strong>da</strong> pelo acamamento sedimentar (S 0<br />
) paralelo<br />
a uma clivagem ardosiana (S 1<br />
) penetrativa, por<br />
vezes associa<strong>da</strong> a dobras isoclinais intrafoliais. Localmente,<br />
ocorrem dobras de escala regional (Figuras<br />
5.1a e 5.2), as quais apresentam padrão fechado a<br />
isoclinal com eixo NE-SW/sub-horizontal. Em estereograma,<br />
os polos <strong>da</strong>s atitudes <strong>da</strong> foliação principal<br />
S 0<br />
//S 1<br />
apresentam distribuição pontual (Figura 5.1b),<br />
com maior densi<strong>da</strong>de de <strong>da</strong>dos em torno <strong>da</strong> atitude<br />
N50 o E/85 o NW. Lineações de estiramento, geralmente<br />
sub-horizontais, são restritas às faixas deforma<strong>da</strong>s<br />
associa<strong>da</strong>s às zonas de cisalhamento transcorrentes<br />
(por exemplo, Zona de Cisalhamento Ribeira). Uma<br />
clivagem de crenulação espaça<strong>da</strong>, desenvolvi<strong>da</strong> localmente,<br />
apresenta orientação subparalela à foliação<br />
principal (Figura 5.1c). Os eixos de dobras medidos<br />
em campo se distribuem em dois conjuntos (Figura<br />
5.1d), com orientações médias aproxima<strong>da</strong>s de<br />
N60 o E/30 o e S60 o W/20 o , enquanto uma lineação de<br />
intersecção apresenta dois conjuntos de orientações<br />
em torno de N30 o E/30 o e S10 o E/60 o (Figura 5.1d).<br />
5.1.2 SEQUÊNCIA SERRA DAS ANDORINHAS<br />
A macroestrutura <strong>da</strong> Sequência Serra <strong>da</strong>s Andorinhas<br />
entre a Zona de Cisalhamento Ribeira e a<br />
Falha <strong>da</strong> Lancinha consiste de uma estrutura sinformal,<br />
onde o Mármore <strong>da</strong> Tapagem assenta-se sobre<br />
a uni<strong>da</strong>de metapelítica (Figura 5.2). A estrutura pode<br />
ser subdividi<strong>da</strong> em dois domínios: (i) na porção leste,<br />
consiste de uma sinforme assimétrica com vergência<br />
para SE e flanco norte invertido; (ii) na porção oeste,<br />
compreende uma sinforme normal (Figura 5.3a).<br />
A estrutura principal do Mármore <strong>da</strong> Tapagem<br />
consiste de uma laminação diferencia<strong>da</strong> (S 1<br />
) defini<strong>da</strong><br />
pela intercalação entre leitos de diferentes composições<br />
e granulações. Em raros casos (principalmente<br />
na porção sul <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de), o acamamento sedimentar<br />
(S 0<br />
) foi observado em campo, apresentando<br />
mergulhos baixos a moderados para N e NW (Figura<br />
5.3b). A laminação S 1<br />
apresenta densi<strong>da</strong>de máxima<br />
de <strong>da</strong>dos em torno <strong>da</strong> atitude N60 o E/55 o SE, com distribuições<br />
secundárias de polos <strong>da</strong> foliação ao longo<br />
de uma guirlan<strong>da</strong> de círculo máximo de altitute<br />
aproxima<strong>da</strong> N40 o W/80 o NE (Figura 5.3b). Esse padrão<br />
sugere dobras fecha<strong>da</strong>s a isoclinais com eixo NE/sub-<br />
-horizontal e vergência para NW e, provavelmente,<br />
estaria associado a uma fase de dobramento (D 2<br />
?) <strong>da</strong><br />
qual não foram identifica<strong>da</strong>s em campo dobras associa<strong>da</strong>s.<br />
Entretanto, uma clivagem de crenulação (S 2<br />
)<br />
com mergulhos altos a moderados, principalmente<br />
para SE (Figura 5.3b), desenvolvi<strong>da</strong> localmente,<br />
é compatível com a foliação planoaxial associa<strong>da</strong> a<br />
esse dobramento.<br />
A estrutura principal <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de metapelítica <strong>da</strong><br />
Sequência Serra <strong>da</strong>s Andorinhas consiste de uma xistosi<strong>da</strong>de<br />
S 1<br />
penetrativa, geralmente paralela a um<br />
ban<strong>da</strong>mento composicional S 0<br />
. Em estereograma, os<br />
polos dessa xistosi<strong>da</strong>de distribuem-se ao longo de<br />
uma guirlan<strong>da</strong> de círculo máximo de atitude aproxima<strong>da</strong><br />
N30 o W/85 o NE, refletindo dobramento cilíndrico<br />
ao longo do eixo estimado S60 o W/05 o (Figura<br />
5.3c). Atitudes subverticais são amplamente dominantes,<br />
com densi<strong>da</strong>de máxima de pontos em torno<br />
<strong>da</strong> atitude N65 o E/80 o NW (Figura 5.3), sugerindo dobras<br />
fecha<strong>da</strong>s a isoclinais. Ocorre uma clivagem de<br />
crenulação S 2<br />
espaça<strong>da</strong> subvertical, com densi<strong>da</strong>de<br />
máxima de <strong>da</strong>dos em torno <strong>da</strong> atitude N60 o E/85 o NW<br />
(Figura 5.3d), compatível com o planoaxial <strong>da</strong>s dobras<br />
desenha<strong>da</strong>s pelo dobramento <strong>da</strong> xistosi<strong>da</strong>de S 1<br />
.<br />
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