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geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

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Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />

mando um anticlinório com vergência para norte,<br />

onde as rochas do Complexo Atuba recobrem as rochas<br />

<strong>da</strong> Formação Turvo-Cajati (Figura 5.5), indicando<br />

uma inversão estratigráfica. Em mapa, as dobras são<br />

desenha<strong>da</strong>s por lentes e cama<strong>da</strong>s de quartzito e mármore<br />

(Figura 5.6a). A orientação <strong>da</strong> foliação principal<br />

mostra-se bastante dispersa em estereograma, embora<br />

predominem mergulhos baixos para SE ou NW<br />

(Figura 5.6f). As linhas de isofrequência de polos <strong>da</strong><br />

xistosi<strong>da</strong>de sugerem distribuições segundo duas guirlan<strong>da</strong>s<br />

de círculo máximo com atitudes dos planos AC<br />

ajustados de N20 o E/85 o SE e N35 o W/85 o NW, sugerindo<br />

superposição de duas fases de dobramento. Dobras<br />

mesoscópicas observa<strong>da</strong>s em afloramentos apresentam<br />

orientação similar às dobras do Complexo Atuba<br />

na região <strong>da</strong> serra do Azeite (FALEIROS et al., 2011).<br />

A lineação de estiramento apresenta orientação ESE/<br />

sub-horizontal (Figura 5.6g), com densi<strong>da</strong>de máxima<br />

de <strong>da</strong>dos em torno <strong>da</strong> atitude S65 o E/17 o .<br />

O domínio TC-3, restrito às uni<strong>da</strong>des de baixo<br />

grau metamórfico <strong>da</strong> Formação Turvo-Cajati, apresenta<br />

orientação estrutural NW, com dobras regionais<br />

de eixo NW/sub-horizontal mapea<strong>da</strong>s em<br />

campo. Em estereograma, os polos <strong>da</strong> xistosi<strong>da</strong>de<br />

principal medi<strong>da</strong> em campo se distribuem ao longo<br />

de uma guirlan<strong>da</strong> de círculo máximo ajusta<strong>da</strong> de atitude<br />

N25 o E/76 o NW, sugerindo dobramento cilíndrico<br />

segundo eixo aproximado S65 o E/14 o (Figura 5.6h).<br />

Ocorre concentração de polos no quadrante NE do<br />

estereograma (Figura 5.6h), com densi<strong>da</strong>de máxima<br />

de <strong>da</strong>dos em torno <strong>da</strong> atitude N75 o W/50 o SW.<br />

A diferença em termos de orientação <strong>da</strong>s estruturas<br />

dos domínos TC-1, TC-2 e TC-3 indica superposição<br />

local de dois padrões de dobramento cilíndrico, um<br />

mais antigo e regional, segundo eixo ENE/sub-horizontal<br />

(marcado pelo padrão TC-1), e um padrão de<br />

dobramento mais jovem, segundo eixo N-S/subvertical,<br />

resultando nos padrões TC-2 (transicional) e TC-3.<br />

5.2.3 SUÍTE ITAPEÚNA<br />

A Suíte Itapeúna apresenta forma alonga<strong>da</strong> na<br />

direção NE, sendo limita<strong>da</strong>, ao norte, pela Falha <strong>da</strong><br />

Lancinha (destral), uma <strong>da</strong>s principais estruturas do<br />

Cinturão Ribeira meridional (FALEIROS et al., 2011),<br />

e, ao sul, em grande parte pelas zonas de cisalhamento<br />

Putunã e Macaco Branco (sinistrais) (Figura<br />

5.7a). Internamente, a suíte é corta<strong>da</strong> por uma rede<br />

anastomosa<strong>da</strong> de zonas de cisalhamento transcorrentes<br />

de direção NE. Nas zonas de cisalhamento,<br />

as rochas graníticas apresentam variados graus de<br />

deformação, com formação de brechas, cataclasitos,<br />

protomilonitos, milonitos, ultramilonitos e filonitos.<br />

Os termos protomiloníticos são dominantes. Fora<br />

<strong>da</strong>s zonas de cisalhamento, as rochas graníticas são<br />

dominantemente isótropas e raramente apresentam<br />

foliação magmática defini<strong>da</strong> pela isorientação de fenocristais<br />

de feldspato. A foliação milonítica, associa<strong>da</strong><br />

às zonas de cisalhamento, apresenta direção<br />

NE e mergulhos subverticais, com densi<strong>da</strong>de máxima<br />

de <strong>da</strong>dos em torno <strong>da</strong> atitude N80 o E/85 o SE (Figura<br />

5.7b). Uma lineação de estiramento associa<strong>da</strong><br />

apresenta caimentos dominantemente baixos para<br />

NE ou SW, com densi<strong>da</strong>des máximas de <strong>da</strong>dos em<br />

dois agrupamentos, com atitudes aproxima<strong>da</strong>s de<br />

N71 o E/03 o e N45 o E/02 o (Figura 5.7c-d).<br />

5.3 TERRENO LUÍS ALVES<br />

5.3.1 COMPLEXO SERRA NEGRA<br />

As rochas do Complexo Serra Negra são corta<strong>da</strong>s<br />

por uma rede de zonas de cisalhamento subverticais<br />

de direção NE, o que confere uma macroestrutura<br />

anastomosa<strong>da</strong> (Figura 5.8a). Macrolithons com estruturação<br />

NW relaciona<strong>da</strong> a eventos deformacionais<br />

paleoproterozoicos se alternam com faixas miloníticas<br />

de espessura de centenas de metros com orientação<br />

ENE a NE relaciona<strong>da</strong>s ao Ciclo Brasiliano. Nos<br />

macrolithons ocorrem termos com foliação tênue<br />

marca<strong>da</strong> por orientação preferencial de forma de silicatos<br />

e termos com ban<strong>da</strong>mento composicional bem<br />

marcado, com alternância entre leitos mais e menos<br />

enriquecidos em <strong>minerais</strong> máficos. Ambos os tipos<br />

de foliação se desenvolveram sob condições metamórficas<br />

de fácies granulito, conforme indicado pela<br />

presença de ortopiroxênio estável. Em projeção estereográfica,<br />

a foliação <strong>da</strong>s rochas presentes nos macrolithons<br />

se distribui em dois conjuntos principais,<br />

com atitudes médias em torno de N60 o W/80 o SW e<br />

N10 o W/88 o SW (Figura 5.8b). Entretanto, esses dois<br />

grupos de orientação não estão associados a zonas<br />

estruturais distintas. Uma lineação de estiramento<br />

associa<strong>da</strong> apresenta atitude dominantemente subvertical,<br />

com lineações de baixo caimento e oblíquas<br />

subordina<strong>da</strong>s (Figura 5.8c).<br />

As zonas miloníticas de direção NE apresentam<br />

foliação lenticulariza<strong>da</strong> subvertical gera<strong>da</strong> em condições<br />

de fácies xisto-verde, conforme indicado pela<br />

presença de paragêneses com clorita, carbonato,<br />

epidoto e actinolita. A foliação apresenta orientação<br />

NE pouco dispersa, com densi<strong>da</strong>de máxima de <strong>da</strong>dos<br />

em torno <strong>da</strong> atitude N60 o E/87 o NW (Figura 5.8d). A lineação<br />

de estiramento associa<strong>da</strong> é bastante dispersa<br />

em termos de orientação, com atitudes variando de<br />

direcionais a subverticais (Figura 5.8e).<br />

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