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geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

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Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />

4.6.4 SUÍTE INTRUSIVA RIO CACHORRO<br />

(NP3γrch)<br />

Engloba quatro stocks graníticos intrudidos essencialmente<br />

em rochas do Complexo Serra Negra<br />

(Terreno Luís Alves). O nome <strong>da</strong> suíte faz alusão ao<br />

rio Cachorro, integrante <strong>da</strong> bacia hidrográfica do rio<br />

Turvo. Os corpos possuem formas ovala<strong>da</strong>s e áreas<br />

superficiais entre aproxima<strong>da</strong>mente 2 e 6,5 km 2 . A<br />

presença desses stocks foi primeiramente identifica<strong>da</strong><br />

nos mapas aerorradiométricos e, posteriormente,<br />

confirma<strong>da</strong> em trabalhos de campo. Contudo, devido<br />

às dificul<strong>da</strong>des de acesso, poucos afloramentos<br />

referentes a esses corpos foram descritos em campo.<br />

O corpo localizado mais ao norte apresenta eixos<br />

maior e menor de 4,5 e 1,4 km, respectivamente, totalizando<br />

cerca de 5 km 2 de área superficial. Encontra-se<br />

‘encaixado’ em duas zonas de cisalhamento<br />

transcorrentes de direção geral Ew, assumindo também<br />

essa orientação. Em campo, foi descrito um único<br />

afloramento referente à sua porção sul. Consiste<br />

de granito-gnaisse grosso, branco, hololeucocrático,<br />

milonítico, com foliação lenticulariza<strong>da</strong> e lineação de<br />

estiramento bem desenvolvi<strong>da</strong>s (tectonito SL). Não<br />

ocorre ban<strong>da</strong>mento bem desenvolvido.<br />

O corpo de maior dimensão (6,5 km 2 ) apresenta<br />

orientação ENE e eixos maior e menor de 3,5 e 2,3<br />

km, respectivamente. Também se encontra encaixado<br />

em duas zonas de cisalhamento transcorrentes.<br />

Em campo, foram descritas três litofácies principais:<br />

(a) granitoide fino filonitizado (limite norte do corpo);<br />

(b) granito branco grosso, hololeucocrático, isótropo<br />

(porção central do corpo); (c) granito milonítico<br />

róseo, blastoporfirítico, com fenocristais tabulares<br />

a arredon<strong>da</strong>dos de feldspato róseo, milimétrico, suborientados<br />

em meio a matriz muito fina quartzofeldspática<br />

(porção sul do corpo).<br />

O corpo localizado mais a oeste, em região drena<strong>da</strong><br />

pelo rio Fortuna, apresenta orientação NS e<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 2 km 2 de área. Sua delimitação<br />

cartográfica foi basea<strong>da</strong>, principalmente, em imagens<br />

aerorradiométricas. Em campo, identificaram-<br />

-se afloramentos de hornblen<strong>da</strong>-granito-gnaisse cinza,<br />

grosso, com foliação proeminente, embora não<br />

ban<strong>da</strong>do; matacões de granito equigranular fino,<br />

hololeucocrático, esbranquiçado, composto por feldspato,<br />

quartzo e anfibólio.<br />

O corpo localizado no extremo-sul <strong>da</strong> área também<br />

teve sua delimitação cartográfica basea<strong>da</strong> essencialmente<br />

em imagens de gamaespectrometria.<br />

Em campo, a presença do corpo foi confirma<strong>da</strong> pela<br />

identificação de blocos de granito hololeucocrático<br />

hidrotermalizado dentro <strong>da</strong> área com anomalia gamaespectrométrica.<br />

4.6.5 SUÍTE INTRUSIVA ITAPEÚNA (NP3γ1it)<br />

A Suíte Intrusiva Itapeúna, denomina<strong>da</strong> em<br />

trabalhos anteriores como Complexo Granítico<br />

Itapeúna, Granito Itapeúna e Gnaisse Itapeúna<br />

(ALGARTE et al., 1974; CORDANI et al., 1971;<br />

MORGENTAL et al., 1975; SILvA et al., 1981;<br />

vASCONCELOS et al., 1999), ocorre na porção<br />

nordeste <strong>da</strong> área mapea<strong>da</strong>, intrudindo paragnaisses<br />

do Terreno Curitiba (Formação Turvo-Cajati). É<br />

composta por duas uni<strong>da</strong>des: (i) Biotita-Granito<br />

Porfirítico Cinza (Figura 4.38a) e (ii) Turmalina-<br />

Granito (Figura 4.38b). Uma <strong>da</strong>tação U-Pb em zircão<br />

(vASCONCELOS et al., 1999), em amostra <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de<br />

(i), forneceu i<strong>da</strong>de de 634 ± 26 Ma.<br />

As diversas denominações admiti<strong>da</strong>s para essas<br />

rochas em trabalhos anteriores retratam a heterogenei<strong>da</strong>de<br />

textural <strong>da</strong> rocha, que alterna exposições<br />

ora com texturas miloníticas, ora com texturas francamente<br />

ígneas. Adicionalmente, o caráter milonítico<br />

<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de é representado por diferentes graus<br />

de deformação, gerados pela presença de várias zonas<br />

de cisalhamento que cortam a suíte.<br />

Figura 4.38 – Aspecto macroscópico <strong>da</strong>s litofácies <strong>da</strong> suíte<br />

Itapeúna: (a) biotita-granito porfirítico cinza (afloramento 2149-<br />

FM-234); (b) turmalina-granito (afloramento 2149-FM-229).<br />

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