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geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

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<strong>CPRM</strong> - Programa Geologia do Brasil<br />

pobrecimento em HFSE (Figura 4.36g). O padrão observado<br />

é muito semelhante àqueles apresentados<br />

por granitos sincolisionais de outras partes do mundo<br />

(por exemplo Tibet, Yunnan - sudoeste <strong>da</strong> República<br />

Popular <strong>da</strong> China, sudoeste <strong>da</strong> Inglaterra, Barousse<br />

- sudoeste <strong>da</strong> França) - PEARCE et al., (1984).<br />

Os padrões de ETR normalizados pelo condrito de<br />

Boynton (1984) apresentam enriquecimento e forte<br />

fracionamento dos ETR leves em relação aos pesados<br />

e padrão aproxima<strong>da</strong>mente plano para os ETR<br />

pesados, além de anomalias negativas de Eu modera<strong>da</strong>s<br />

(Figura 4.36h). Os padrões observados podem<br />

ser separados em dois grupos principais, sendo que<br />

o composto pelas amostras FM-363, FM-364B e MS-<br />

080 tende a ser mais evoluído que o grupo composto<br />

pelas amostras FM-150RB, FM-411 e SW-011RA. As<br />

amostras FM-150RA, MS-079B e SW-010RA apresentam<br />

padrões anômalos, ocasionados por possível alteração<br />

hidrotermal.<br />

Nos diagramas discriminantes de ambiente tectônico<br />

de Batchelor e Bowden (1985) e Pearce et<br />

al. (1984), as amostras analisa<strong>da</strong>s se posicionam no<br />

campo dos granitos sincolisionais e de arcos vulcânicos<br />

(Figura 4.36i-k).<br />

As características geoquímicas, de forma geral,<br />

permitem interpretar o Granito Serra do Ipiranguinha<br />

como associado a magmatismo sincolisional,<br />

provavelmente tipo-S.<br />

4.6.2 GRANITO AGUDOS GRANDES (NP3γ1ag)<br />

Apenas duas pequenas porções <strong>da</strong> extremi<strong>da</strong>de<br />

sul do Granito Agudos Grandes (BITTENCOURT et al.,<br />

1971), com áreas superficiais de 1,4 e 1,6 km 2 , afloram<br />

no norte <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista. Essa uni<strong>da</strong>de<br />

é constituí<strong>da</strong> por granito de cor cinza, levemente<br />

rosado, porfirítico, com megacristais de feldspato alcalino<br />

róseo, com dimensões de até 4 cm de diâmetro<br />

maior em meio a matriz média a fina composta<br />

por feldspato alcalino, plagioclásio, quartzo e biotita.<br />

Apresenta índice de cor M de aproxima<strong>da</strong>mente<br />

20. Os megacristais de feldspato apresentam tênue<br />

orientação preferencial de forma.<br />

O Granito Agudos Grandes é envolvido por uma<br />

zona de 650 a 800 m de espessura de metapelito<br />

com textura hornfélsica com porfiroblastos de an<strong>da</strong>luzita<br />

e/ou cordierita, associa<strong>da</strong> a metamorfismo de<br />

contato.<br />

Janasi et al. (2001) apresentam <strong>da</strong>tações U-Pb em<br />

zircão e monazita em amostras representativas dos<br />

principais tipos de granitos constituintes do Granito<br />

Agudos Grandes. Os autores obtiveram i<strong>da</strong>des para<br />

o estágio sinorogênico de 610 ± 2 Ma (hornblen<strong>da</strong>-<br />

-biotita-granito porfirítico) e 610 ± 1 Ma (muscovita-<br />

-biotita-leucogranito Turvo), para o estágio tardiorogênico<br />

entre 601 e 605 Ma (Granito Pie<strong>da</strong>de) e para<br />

o estágio pós-orogênico com magmatismo com características<br />

geoquímicas de granitos tipo-A, de 564<br />

± 8 Ma (Serra <strong>da</strong> Bateia). Provavelmente, o corpo<br />

aflorante na Folha Eldorado Paulista se correlaciona<br />

ao estágio sinorogênico.<br />

4.6.3 GRANITO ALTO JACUPIRANGUINHA<br />

(NP3γ1aj)<br />

O Granito Alto Jacupiranguinha ocorre na porção<br />

centro-sul <strong>da</strong> <strong>folha</strong> e foi definido, originalmente,<br />

como Granito-Gnaisse Alto Jacupiranguinha por Vasconcelos<br />

et al. (1999). Apresenta forma elipsoi<strong>da</strong>l,<br />

com eixos maior e menor de aproxima<strong>da</strong>mente 11,5<br />

e 1,5 km, respectivamente, perfazendo uma área superficial<br />

de 15,3 km 2 . Seu eixo maior se orienta na<br />

direção NE ao longo <strong>da</strong> Zona de Cisalhamento Serra<br />

do Azeite e seu desenho em mapa sugere um rejeito<br />

rúptil horizontal sinistral <strong>da</strong> ordem de 2,5 km ao longo<br />

<strong>da</strong> referi<strong>da</strong> zona de cisalhamento. Está em contato<br />

com rochas miloníticas do Complexo Serra Negra<br />

e do Gnaisse Ban<strong>da</strong>do Barra do Azeite e com granito<br />

isótropo <strong>da</strong> litofácies mesopertita-granito rosa do<br />

Granito Rio Guaraú. Seus contatos foram caracterizados<br />

em campo como de natureza intrusiva com<br />

o Complexo Serra Negra e tectônica com o Gnaisse<br />

Ban<strong>da</strong>do Barra do Azeite. Embora não observado em<br />

campo, interpretamos que o Granito Rio Guaraú (isótropo)<br />

trunca o Granito Alto Jacupiranguinha (milonítico).<br />

Uma seção-tipo <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de pode ser observa<strong>da</strong><br />

em corte do km 517,8 <strong>da</strong> Rodovia Régis Bittencourt<br />

(BR-116), pista sentido sul.<br />

Em campo, o Granito Alto Jacupiranguinha consiste<br />

de granito leucocrático a hololeucocrático, róseo,<br />

equigranular a porfirítico (blastoporfirítico, porfiroclástico),<br />

de granulação grossa a fina e heterogeneamente<br />

milonitizado, com variações deformacionais<br />

de protomilonito a ultramilonito. Os termos mais<br />

finos são representados por granito milonítico com<br />

foliação e lineação bem desenvolvi<strong>da</strong>s (tectonito SL),<br />

com lâminas milimétricas descontínuas ricas em biotita<br />

em meio a matriz fina, recristaliza<strong>da</strong>, constituí<strong>da</strong><br />

por quartzo e feldspato. Os termos porfiroclásticos<br />

apresentam cristais centimétricos de feldspato róseo<br />

(porfiroclastos manteados tipo sigma) em meio<br />

a matriz fina, recristaliza<strong>da</strong>, constituí<strong>da</strong> por quartzo e<br />

sericita. A formação de grande quanti<strong>da</strong>de de sericita<br />

sugere milonitização em condições de baixa temperatura.<br />

Também os termos porfiroclásticos apresen-<br />

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