geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>CPRM</strong> - Programa Geologia do Brasil<br />
guinha. Embora não tenhamos observado relações<br />
de contato em campo, Oliveira (1989) descreve contatos<br />
essencialmente de natureza intrusiva. Tal como<br />
os outros corpos graníticos <strong>da</strong> Suíte Intrusiva Graciosa,<br />
o Granito Mandira apresenta relevo acidentado,<br />
erguendo-se desde a baixa<strong>da</strong> litorânea até aproxima<strong>da</strong>mente<br />
1.000 m de altitude, com área recoberta<br />
por vegetação densa, o que torna difícil o acesso ao<br />
interior do plúton.<br />
Oliveira (1989) definiu três uni<strong>da</strong>des de mapeamento<br />
para o maciço: Acaraú, Mandira e Mandira<br />
1. Neste trabalho, essas litofácies foram redefini<strong>da</strong>s<br />
como hastingsita-mesopertita-granito cinza-esverdeado<br />
(NP3γ3mdh), riebequita-mesopertita-granito<br />
cinza-claro (NP3γ3mdr) e biotita-sienogranito róseo<br />
(NP3γ3mds), respectivamente. As descrições <strong>da</strong>s<br />
uni<strong>da</strong>des incluem observações do presente trabalho<br />
e informações constantes em Oliveira (1989) e vasconcelos<br />
et al. (1999).<br />
A litofácies riebequita-mesopertita-granito compõe<br />
o corpo principal do maciço. É forma<strong>da</strong>, dominantemente,<br />
por granito cinza, por vezes levemente esverdeado<br />
a raramente rosado, equigranular médio a<br />
grosso e geralmente isótropo (Figura 4.47a). Apresenta<br />
teor entre 5 e 7% de <strong>minerais</strong> máficos em agregados<br />
disseminados, dominados por hornblen<strong>da</strong>. Também<br />
ocorrem cristais milimétricos a submilimétricos disseminados<br />
de fluorita avermelha<strong>da</strong>. Mesopertita, ortoclásio<br />
pertítico e quartzo são os <strong>minerais</strong> essenciais<br />
identificados em seções delga<strong>da</strong>s, de forma que, em<br />
termos mo<strong>da</strong>is, as rochas são classifica<strong>da</strong>s como alcalifeldspato-granitos<br />
no diagrama qAP (Figura 4.45a).<br />
Anfibólio sódico (principalmente riebequita) ocorre<br />
de forma subordina<strong>da</strong>, com teores geralmente menores<br />
que 5-7%. Os demais acessórios incluem zircão,<br />
magnetita, fluorita, esfalerita, biotita, mica branca ou<br />
verde-clara e alanita. Oliveira (1989) descreve, ain<strong>da</strong>,<br />
ocorrência eventual de gentelvita (Zn 4<br />
Be 3<br />
(SiO 4<br />
)3S). Albita,<br />
calcita, leucoxênio, sulfetos (pirita, calcopirita) e<br />
hidróxidos de ferro ocorrem como <strong>minerais</strong> de alteração<br />
hidrotermal. É comum a ocorrência de texturas<br />
micrográfica e granofírica. Segundo Oliveira (1989), a<br />
albitização foi o principal processo de alteração tardi-<br />
a pós-magmático dessa uni<strong>da</strong>de. Neste trabalho,<br />
identificamos rochas hidrotermaliza<strong>da</strong>s com teores<br />
em torno de 5% de sulfetos em agregados disseminados,<br />
dominados por pirita e calcopirita (Figura 4.47b).<br />
Na bor<strong>da</strong> norte do maciço ocorrem blocos de<br />
granito milonítico cinza, de granulação média, com<br />
foliação milonítica tênue e lineação de estiramento<br />
do tipo agregado (PASSChIER e TROUw, 2005) bem<br />
desenvolvi<strong>da</strong>. Essa rocha também apresenta fluorita<br />
dissemina<strong>da</strong> e, em seção delga<strong>da</strong>, foi classifica<strong>da</strong><br />
como alcalifeldspato-granito milonítico com fluorita<br />
e riebequita. Localmente, ocorrem matacões de dio-<br />
rito cinza-escuro, equigranular fino, com sulfetos em<br />
agregados milimétricos disseminados.<br />
A litofácies hastingsita-mesopertita-granito ocupa<br />
a porção sudoeste do maciço. É constituí<strong>da</strong>,<br />
dominantemente, por alcalifeldspato-granito com<br />
hastingsita, de cor cinza-esverdeado ou rosado, e<br />
isótropo (Figura 4.47c). Macroscopicamente, essa<br />
litofácies é muito semelhante à litofácies sienogranito<br />
cinza-claro do Granito Rio Guaraú. Tal como a<br />
litofácies riebequita-mesopertita-granito, é forma<strong>da</strong>,<br />
essencialmente, por ortoclásio pertítico e/ou mesopertítico<br />
e quartzo, com teores de <strong>minerais</strong> máficos<br />
dominantemente inferiores a 5%. hastingsita, zircão,<br />
<strong>minerais</strong> opacos, albita, alanita, fluorita, esfalerita,<br />
riebequita e apatita constituem os principais acessórios.<br />
Em geral, essa uni<strong>da</strong>de foi mais preserva<strong>da</strong> de<br />
processos de alteração tardi- a pós-magmáticos.<br />
A litofácies biotita-sienogranito aparece em domínios<br />
de pouca abrangência. Oliveira (1989) descreve<br />
contatos por falhas com as outras uni<strong>da</strong>des do ma-<br />
Figura 4.47 – Aspectos macroscópicos <strong>da</strong>s litofácies<br />
dominantes do granito Mandira: (a) litofácies riebequita-<br />
-mesopertita-granito bege-esverdea<strong>da</strong> (ponto 2149-MS-<br />
088); (b) litofácies riebequita-mesopertita-granito com<br />
pirita dissemina<strong>da</strong> (ponto 2149-MS-088); (c) litofácies<br />
hastingsita-mesopertita-granito rosa<strong>da</strong>.<br />
74