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geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

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<strong>CPRM</strong> - Programa Geologia do Brasil<br />

Destaca-se na uni<strong>da</strong>de a presença de uma lente<br />

dobra<strong>da</strong> de formação ferrífera com cerca de 1,6 km 2<br />

de área e orientação NE. A lente é forma<strong>da</strong>, principalmente,<br />

por formação ferrífera fácies hematita<br />

compacta (tipo itabirito), com formação ferrífera<br />

ban<strong>da</strong><strong>da</strong> quartzosa subordina<strong>da</strong> associa<strong>da</strong>.<br />

Ocorrem, ain<strong>da</strong>, lentes não mapeáveis de talco-<br />

-serpentina-xisto cinza-escuro, de granulação fina,<br />

com xistosi<strong>da</strong>de anastomosa<strong>da</strong>, rico em porfiroblastos<br />

milimétricos de mineral oxi<strong>da</strong>do não identificado.<br />

4.4.2.2 UNIDADE DE GRANADA-MICAXISTO<br />

(PRrmx)<br />

Constituí<strong>da</strong> por grana<strong>da</strong>-micaxisto fino, cinza,<br />

cinza-escuro ou cinza-prateado, porfiroblástico,<br />

composto essencialmente por quartzo, biotita, grana<strong>da</strong>,<br />

muscovita e clorita. Os <strong>minerais</strong> acessórios<br />

mais comuns compreendem plagioclásio, feldspato<br />

potássico, turmalina, apatita, titanita, zircão, <strong>minerais</strong><br />

opacos e epidoto. Localmente, ocorrem corpos<br />

de xisto rico em plagioclásio e xisto com restos de<br />

estaurolita. A estrutura principal consiste de ban<strong>da</strong>mento<br />

composicional, onde leitos milimétricos relativamente<br />

enriquecidos em quartzo se alternam com<br />

leitos submilimétricos enriquecidos em micas (principalmente<br />

biotita). Internamente aos leitos de composição<br />

distinta ocorre uma xistosi<strong>da</strong>de defini<strong>da</strong> pela<br />

isorientação de micas e grãos alongados de quartzo,<br />

feldspato e <strong>minerais</strong> opacos. Localmente, a xistosi<strong>da</strong>de<br />

principal apresenta-se crenula<strong>da</strong>.<br />

4.4.2.3 UNIDADE DE PARAGNAISSE (PRrmp)<br />

Composta por grana<strong>da</strong>-silimanita-biotita-paragnaisse<br />

migmatítico, com alternância entre leitos mesocráticos<br />

micáceos xistosos e leucossomas quartzofeldspáticos<br />

lenticulares de espessura centimétrica.<br />

A estrutura principal consiste de foliação lenticulariza<strong>da</strong>/anastomosa<strong>da</strong><br />

milonítica, com lineação de<br />

estiramento mineral associa<strong>da</strong>. Os afloramentos<br />

observados apresentam grau intenso de alteração<br />

intempérica.<br />

uma uni<strong>da</strong>de de gnaisse ban<strong>da</strong>do milonítico aflorante<br />

ao sul <strong>da</strong> Zona de Cisalhamento Icapara, que a coloca<br />

em contato tectônico com rochas <strong>da</strong> Formação Rio<br />

<strong>da</strong>s Minas no extremo-sul <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista.<br />

Na <strong>folha</strong>, essa uni<strong>da</strong>de apresenta área aproxima<strong>da</strong> de<br />

11 km 2 , sendo constituí<strong>da</strong> por um gnaisse ban<strong>da</strong>do<br />

milonítico a ultramilonítico, cinza-claro, com<br />

intercalações de ban<strong>da</strong>s graníticas hololeucocráticas<br />

róseas e ban<strong>da</strong>s quartzofeldspáticas mesocráticas<br />

relativamente ricas em hornblen<strong>da</strong> e biotita. A<br />

espessura <strong>da</strong>s ban<strong>da</strong>s varia de subcentimétrica a<br />

2 cm. Os leitos apresentam laminação interna de<br />

natureza deformacional. Os leitos mesocráticos<br />

estão mais intensamente deformados (cisalhados) e<br />

apresentam lineação de estiramento proeminente.<br />

Ocorrem, ain<strong>da</strong>, boudins e cama<strong>da</strong>s de anfibolito.<br />

É importante notar que o aspecto macroscópico<br />

dessa uni<strong>da</strong>de é semelhante ao <strong>da</strong>s rochas do Gnaisse<br />

Ban<strong>da</strong>do Barra do Azeite (Complexo Atuba) – ambos<br />

foram considerados como a mesma uni<strong>da</strong>de no mapa<br />

de Vasconcelos et al. (1999). Entretanto, Cury (2009)<br />

demonstra que o Terreno Paranaguá tem história<br />

evolutiva muito distinta <strong>da</strong> do Terreno Curitiba,<br />

apesar de ambos os terrenos apresentarem rochas<br />

de embasamento semelhantes em termos litológicos<br />

e geocronológicos. Segundo Cury (2009), o Terreno<br />

Paranaguá teria colidido com o Terreno Curitiba<br />

durante o Ediacarano, o que justifica a distinção<br />

entre os complexos Atuba e São Francisco do Sul.<br />

Cury (2009) apresenta i<strong>da</strong>des U-Pb (LA-ICP-MS) em<br />

zircão de rochas do Complexo São Francisco do Sul<br />

de 2173 ± 18 Ma, 2072 ± 48 Ma e 626 ± 25 Ma, to<strong>da</strong>s<br />

interpreta<strong>da</strong>s como cristalização de zircão associa<strong>da</strong><br />

a metamorfismo de alto grau e migmatização. A i<strong>da</strong>de<br />

mais jovem marcaria o período de consoli<strong>da</strong>ção do<br />

Terreno Paranaguá (CURY, 2009).<br />

4.6 MAGMATISMO NEOPROTEROZOICO<br />

O magmatismo neoproterozoico na Folha Eldorado<br />

Paulista é constituído por vários corpos graníticos<br />

(Figura 4.34), essencialmente ediacaranos,<br />

com dimensões e formas varia<strong>da</strong>s (diques, stocks e<br />

batólitos).<br />

4.5 TERRENO PARANAGUÁ<br />

4.5.1 COMPLEXO SÃO FRANCISCO DO SUL<br />

(PP2sfs)<br />

Considera-se como integrante do Complexo São<br />

Francisco do Sul, segundo proposta de Cury (2009),<br />

4.6.1 GRANITO SERRA DO IPIRANGUINHA<br />

(NP3γsi)<br />

Definido por Morgental et al. (1975), ocorre em<br />

área de difícil acesso, na região sudeste <strong>da</strong> <strong>folha</strong>,<br />

recoberta por matas do Parque Estadual do Rio<br />

Turvo (SP). Sua delimitação cartográfica foi auxilia<strong>da</strong><br />

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