geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />
em fácies xisto-verde inferior e rochas graníticas<br />
róseas. À exceção dos corpos graníticos, as demais<br />
intercalações, aparentemente, são exóticas (FALEI-<br />
ROS, 2008). No interior <strong>da</strong> Zona de Cisalhamento<br />
Serra do Azeite ocorre uma faixa de centenas de<br />
metros de espessura constituí<strong>da</strong> por hornblen<strong>da</strong>-<br />
-gnaisse cinza-esverdeado, milonítico a ultramilonítico,<br />
ban<strong>da</strong>do e laminado, onde leitos ricos em<br />
hornblen<strong>da</strong> e subordina<strong>da</strong>mente biotita se alternam<br />
com leitos quartzofeldspáticos. O ban<strong>da</strong>mento<br />
milonítico apresenta-se dobrado segundo padrão<br />
isoclinal com eixo sub-horizontal paralelo à lineação<br />
de estiramento. Em lâmina petrográfica, observam-<br />
-se porfiroclastos lenticulares de feldspato como<br />
pseudomorfos totalmente sericitizados/saussuritizados,<br />
envoltos por matriz recristaliza<strong>da</strong> de granulação<br />
média, composta por ribbons de quartzo em<br />
leitos muito contínuos alternados por leitos ricos<br />
em hornblen<strong>da</strong>, epidoto e feldspato (sericitizado/<br />
saussuritizado). A hornblen<strong>da</strong> encontra-se em equilíbrio<br />
e orienta<strong>da</strong> na foliação milonítica indicando<br />
uma milonitização em fácies anfibolito. Localmente,<br />
ocorrem leitos ricos em clorita tardia, indicando retrometamorfismo<br />
em fácies xisto-verde.<br />
Por vezes, ocorrem corpos tabulares intrusivos,<br />
de espessuras métricas, constituídos por granitoide<br />
blastoporfirítico protomilonítico, com megacristais<br />
centimétricos de feldspato róseo tabular.<br />
A foliação principal, de natureza milonítica, está<br />
associa<strong>da</strong> a forte estiramento de <strong>minerais</strong>, o que<br />
lhe confere uma lineação de estiramento proeminente.<br />
cm de diâmetro maior de feldspato róseo lenticularizado.<br />
Os demais litotipos incluem faixas de ultramilonito<br />
com aproxima<strong>da</strong>mente 1 m de espessura, domínios<br />
de leucogranito róseo isótropo e ‘intercalações’<br />
de gabroides semelhantes aos descritos na litofácies<br />
gnáissico-anfibolítica. No diagrama qAP, as rochas<br />
se posicionam no campo dos monzogranitos (Figura<br />
4.18a). Feldspato potássico, plagioclásio, quartzo,<br />
hornblen<strong>da</strong> e biotita são os <strong>minerais</strong> essenciais. Minerais<br />
opacos, zircão, titanita, alanita e apatita são<br />
acessórios.<br />
Um dos corpos de gnaisse granítico apresenta<br />
associação de rochas vulcânicas básicas a intermediárias<br />
(SiO 2<br />
entre 48 e 65%), metamorfiza<strong>da</strong>s<br />
em condições de fácies anfibolito. Essas rochas<br />
apresentam cor cinza-rosado, estrutura isótropa e<br />
textura geralmente porfirítica, com fenocristais de<br />
feldspato róseo tabular e hornblen<strong>da</strong> ripiforme, de<br />
dimensões variando de milimétricas até 1 cm, dispersos<br />
em matriz muito fina, de cor cinza-escuro<br />
(Figura 4.20).<br />
4.4.1.3 GNAISSE GRANÍTICO (A4sng)<br />
Dois pequenos corpos circunscritos de gnaisse<br />
granítico foram individualizados com base em trabalhos<br />
de campo e petrográficos e <strong>da</strong>dos geofísicos.<br />
Nas imagens de gamaespectrometria, esses corpos<br />
apresentam valores moderados a altos de radioelementos,<br />
nota<strong>da</strong>mente, tório (Figura 3.5).<br />
Em campo, compreende um hornblen<strong>da</strong>-biotita-<br />
-gnaisse grosso, cinza, milonítico, porfiroclástico<br />
(blastoporfirítico), com lentes de espessura milimétrica<br />
de biotita (± hornblen<strong>da</strong>) dispersas em meio a<br />
lentes félsicas dominantes, definindo uma estrutura<br />
lenticulariza<strong>da</strong> oftálmica. Ocorrem termos sem<br />
ban<strong>da</strong>mento diferenciado evidente (Figuras 4.17a<br />
e 4.19a) e termos com ban<strong>da</strong>mento bem definido,<br />
marcado pela intercalação entre leitos melanocráticos<br />
ricos em hornblen<strong>da</strong> e biotita e leitos leucocráticos,<br />
graníticos e porfiroclásticos (Figura 4.19b).<br />
Localmente, foram observados megacristais de até 7<br />
Figura 4.19 – Gnaisse oftálmico mesocrático sem ban<strong>da</strong>mento<br />
(a) e com ban<strong>da</strong>s melanocráticas de composição<br />
anfibolítica (b) presente na uni<strong>da</strong>de ginaisse granítico do<br />
complexo Serra Negra; aforamento no km 550 <strong>da</strong> rodovia<br />
BR-116, pista sentido sul (ponto 2149-FM-025).<br />
49