15.01.2014 Views

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />

subvulcânicos alcalinos (fonolitos, lamprófiros, essexitos<br />

e teralitos) e metassomáticos tardios (fenitos).<br />

O complexo foi identificado por Bauer (1877),<br />

sendo investigado de forma preliminar por<br />

Derby (1891) e Hussak (1892, 1895, 1904). Seu<br />

reconhecimento internacional deveu-se aos<br />

trabalhos de Melcher (1954, 1966), que detalharam<br />

características do complexo, bem como sugeriram<br />

origem magmática para os corpos carbonatíticos<br />

intrusivos. Além dos trabalhos citados, Gaspar (1989),<br />

Gaspar e Wyllie (1983a, 1983b, 1987), German et al.<br />

(1987), Morbidelli et al. (1986), Morikiyo et al. (1987),<br />

Nelson et al. (1988) e Roden et al. (1985) forneceram<br />

<strong>da</strong>dos importantes sobre a <strong>geologia</strong> estrutural e a<br />

mineralogia do complexo, química mineral e isotópica<br />

e efeitos do metassomatismo nas rochas encaixantes.<br />

Segundo Reis Neto (1994), provavelmente na parte<br />

norte do complexo houve intrusão inicial de rochas<br />

peridotíticas, seguindo-se, na parte meridional,<br />

uma fase magmática em que predominam piroxenitos<br />

parcialmente diferenciados em ijolitos. Os carbonatitos,<br />

corresponderiam à última manifestação<br />

magmática ou metassomática do evento gerador <strong>da</strong><br />

província alcalina.<br />

A suíte representa uma <strong>da</strong>s diversas manifestações<br />

de magmatismo alcalino que ocorrem na bor<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> Bacia do Paraná, com i<strong>da</strong>de de 131 ± 3 Ma<br />

(AMARAL, 1976; RODEN et al., 1985). De acordo<br />

com Ulbrich e Gomes (1981), esse complexo, em<br />

conjunto com outros complexos vizinhos, de i<strong>da</strong>des<br />

similares, formaria a Província Jacupiranga, a qual<br />

corresponderia à exposição de um “hot spot” do<br />

manto, associado à primeira junção tríplice forma<strong>da</strong><br />

na área durante a abertura inicial <strong>da</strong> porção sul<br />

do oceano Atlântico (HERZ, 1977).<br />

4.7.1.1 SILEXITO (K1λjasx)<br />

Uni<strong>da</strong>de de pequena expressão (0,1 km 2 ), representa<strong>da</strong><br />

por concentrações de silexito encontra<strong>da</strong>s<br />

no corpo de magnetita-clinopiroxenito.<br />

4.7.1.2 FENITO SIENÍTICO (K1λjafs)<br />

A fenitização <strong>da</strong>s rochas encaixantes ocorre como<br />

faixas estreitas, próximas ao contato, podendo se estender<br />

até a 2 km do contato. Essa alteração metassomática<br />

é predominantemente sódica e gera rochas<br />

compostas, essencialmente, por albita, clinopiroxênios<br />

e anfibólios sódicos e mesopertita. Como fases<br />

reliquiares, ocorrem biotita, quartzo e muscovita.<br />

Rutilo é a única fase óxido presente. A fenitização<br />

potássica é generaliza<strong>da</strong> nos piroxenitos e ijolitos,<br />

principalmente caracteriza<strong>da</strong> pelo desenvolvimento<br />

de feldspato potássico nessas rochas.<br />

4.7.1.3 OLIVINA-MONZONITO (K1λjaom)<br />

A uni<strong>da</strong>de é composta por olivina-monzonitos<br />

(litofácies principal), melamonzonitos, monzonitos<br />

porfiríticos, monzonitos e quartzomonzonitos. Olivina-monzonitos<br />

são compostos por clinopiroxênio,<br />

andesina, feldspato potássico, biotita, olivina, magnetita<br />

e apatita. O maior corpo de olivina-monzonito<br />

ocorre na porção a norte do complexo, sendo, às<br />

vezes, heterogêneo quanto à abundância em feldspato<br />

potássico; em consequência, algumas varie<strong>da</strong>des<br />

podem ser classifica<strong>da</strong>s como monzodioritos ou<br />

monzossienitos.<br />

Melamonzonitos, monzonitos e quartzomonzonitos<br />

são constituídos por plagioclásio (às vezes como<br />

fenocristais), feldspato potássico (pertítico), clinopiroxênio,<br />

magnetita e biotita. Eventualmente, podem<br />

ocorrer quartzo e anfibólio como <strong>minerais</strong> essenciais.<br />

Zircão e apatita são os <strong>minerais</strong> acessórios.<br />

4.7.1.4 DIORITO (K1λjadi)<br />

As ocorrências de diorito distribuem-se em torno<br />

<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de dunito (K1ljad), no contato com os<br />

clinopiroxenitos e na porção sudeste <strong>da</strong> estrutura, no<br />

contato com o embasamento paragnáissico. A rocha<br />

é representa<strong>da</strong> por termos gabroides, sendo constituídos<br />

por clinopiroxênio, andesina, biotita, magnetita,<br />

apatita e zircão.<br />

4.7.1.5 CARBONATITO (K1ljaca)<br />

O corpo carbonatítico exibe forma elipsoide, alonga<strong>da</strong><br />

segundo NNW, tendo cerca de 1.000 m na maior<br />

dimensão e 400 m na menor. Posiciona-se no centro<br />

<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de magnetita-clinopiroxenito e melteigito<br />

(K1ljap). É constituído por cinco intrusões carbonatíticas,<br />

assim denomina<strong>da</strong>s por Gaspar (1989): C1 – sovito,<br />

em geral muito rico em olivina-magnetita e apatita; C2<br />

– sovito dolomítico/rauhaugito calcítico; C3 e C4 – sovitos;<br />

C5 – rauhaugito. Cortando essas intrusões, ocorrem<br />

diques de calcita (alviquito) e dolomita (berforsito).<br />

Os carbonatitos apresentam forte ban<strong>da</strong>mento<br />

ígneo, definido pela variação nos teores de carbona-<br />

81

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!