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geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

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Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />

ou concêntrico e encontra-se associa<strong>da</strong> a feldspato<br />

alcalino. Grana<strong>da</strong> ocorre como pequenos cristais<br />

subédricos inclusos em feldspato alcalino, o qual é<br />

bordejado por quartzo.<br />

4.6.5.3 LITOGEOQUÍMICA<br />

Da<strong>da</strong> a ausência de informações geoquímicas<br />

dessa suíte, procedeu-se a análises geoquímicas<br />

de rocha total em amostras de ambas as uni<strong>da</strong>des<br />

descritas. A possibili<strong>da</strong>de referi<strong>da</strong> por Vasconcelos<br />

et al. (1999), de que a Suíte Intrusiva Itapeúna teria<br />

protolito de natureza similar à dos metassedimentos<br />

<strong>da</strong> Formação Turvo-Cajati, é discuti<strong>da</strong> com base no<br />

comportamento de elementos terras-raras <strong>da</strong>s rochas<br />

graníticas e <strong>da</strong>s rochas de embasamento.<br />

Os resultados <strong>da</strong>s análises geoquímicas são apresentados<br />

no Quadro 4.3. Foram analisa<strong>da</strong>s oito<br />

amostras do biotita-granito porfirítico cinza, quatro<br />

do turmalina-granito, 10 <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de Paragnáissica<br />

<strong>da</strong> Formação Turvo-Cajati e duas de xisto <strong>da</strong> Formação<br />

Turvo-Cajati.<br />

As concentrações de óxidos maiores nas rochas<br />

<strong>da</strong> suíte são distintas, com o biotita-granito sendo<br />

mais rico em TiO 2<br />

, FeO, Fe 2<br />

O 3<br />

, MgO, CaO e o turmalina-granito<br />

apresentando valores mais elevados de<br />

SiO 2<br />

, Al 2<br />

O 3<br />

, Na 2<br />

O e K 2<br />

O. Ambas as uni<strong>da</strong>des apresentam<br />

parâmetro A/CNK próximo de 1,0 (Figura<br />

4.39b), sendo caracteriza<strong>da</strong>s como peraluminosas.<br />

De acordo com a razão SiO 2<br />

/K 2<br />

O, essas rochas possuem<br />

afini<strong>da</strong>de calcialcalina de alto potássio (Figura<br />

4.39c-d).<br />

Diagramas de óxidos maiores versus índice de<br />

diferenciação (Figura 4.40) mostram tendência<br />

de empobrecimento de CaO, TiO 2<br />

, MgO, Fe 2<br />

O 3<br />

e MnO, com aumento no grau de diferenciação,<br />

<strong>da</strong>do o fracionamento de <strong>minerais</strong> máficos e de<br />

plagioclásio no biotita-granito porfirítico cinza.<br />

O enriquecimento de K 2<br />

O está relacionado ao<br />

aumento gra<strong>da</strong>tivo na participação de feldspato<br />

alcalino na mo<strong>da</strong> <strong>da</strong> rocha. As concentrações de<br />

Al 2<br />

O 3<br />

e Na 2<br />

O não exibem padrão definido, sendo<br />

observa<strong>da</strong> apenas diferença de teores entre as duas<br />

uni<strong>da</strong>des analisa<strong>da</strong>s.<br />

O comportamento dos elementos-traços<br />

foi analisado pelos padrões multielementos<br />

normalizados pelo manto primitivo de Sun e<br />

McDonough (1989). O biotita-granito porfirítico<br />

cinza exibe padrão enriquecido em LILE, com leves<br />

anomalias postivas de K, Sn e Nd, e anomalias<br />

negativas acentua<strong>da</strong>s de Ta, Eu e Sb, além de Mo, Sr,<br />

P e W (Figura 4.39e). O turmalina-granito também<br />

apresenta padrão enriquecido em elementos leves,<br />

porém bastante irregular e com anomalias negativas<br />

de Ba, Th, Nb, Ce, Pr, Mo, Sr, Eu e Ti.<br />

Os padrões de ETR normalizados pelo condrito<br />

de Boynton (1984) mostram que ambas as uni<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong> suíte são enriqueci<strong>da</strong>s em ETR leves em relação<br />

aos pesados e apresentam anomalia negativa de Eu<br />

(Figura 4.39g).<br />

Contudo, a diferenciação entre elementos leves<br />

e pesados é mais destaca<strong>da</strong> no biotita-granito<br />

porfirítico cinza. Destaca-se, para essa uni<strong>da</strong>de, que<br />

o comportamento dos ETR é bastante similar ao do<br />

paragnaisse <strong>da</strong> Formação Turvo-Cajati.<br />

Quando comparado a ortognaisses e granitoides<br />

do tipo-S <strong>da</strong> cordilheira himalaiana, observa-se que o<br />

comportamento dos ETR do biotita-granito porfirítico<br />

cinza (Figura 4.41) é bastante similar ao do Granito<br />

Bomdilla (RASHID, 2009). A proximi<strong>da</strong>de entre os<br />

padrões de ETR dos paragnaisses <strong>da</strong> Formação Turvo-<br />

Cajati e dos litotipos <strong>da</strong> Suíte Itapeúna pode indicar<br />

relação íntima entre essas rochas.<br />

Nos diagramas discriminantes de ambiente<br />

tectônico de Pearce et al. (1984) (Figura 4.39hi),<br />

o biotita-granito porfirítico cinza posiciona-se<br />

nos campos de granito de arco vulcânico (VAG)<br />

e sincolisional (syn-COLG). O turmalina-granito<br />

exibe comportamento similar ao do biotita-granito<br />

porfirítico cinza no diagrama Rb versus Y+Nb.<br />

Contudo, no diagrama Nb versus Y, apresenta<br />

distribuição mais ampla no campo VAG + syn-COLG,<br />

com uma amostra localiza<strong>da</strong> no campo de granitos<br />

orogênicos (ORG). No diagrama de Batchelor<br />

e Bowden (1985), as rochas se posicionam,<br />

principalmente, nos campos dos granitos<br />

sincolisionais (Figura 4.39j).<br />

4.6.5.4 GEOCRONOLOGIA<br />

A amostra 2149-FM-237, representativa <strong>da</strong> litofácies<br />

do biotita-granito porfirítico cinza, foi seleciona<strong>da</strong><br />

para análise geocronológica U-Pb (LA-ICP-MS)<br />

em zircão. A amostra apresenta grãos de zircão de<br />

dimensões pequenas a médias e cores rosa<strong>da</strong>s a<br />

amarronza<strong>da</strong>s. Os grãos médios são prismáticos,<br />

com razão axial entre 2:1 e 4:1, enquanto os pequenos<br />

apresentam razão entre 1:1 e 2:1. Imagens de<br />

elétrons retroespalhados, realiza<strong>da</strong>s em microscópio<br />

eletrônico de varredura, indicam grãos com zonação<br />

complexa; em muitos casos, é possível diferenciar<br />

bor<strong>da</strong>s e núcleos.<br />

Foram realiza<strong>da</strong>s 24 análises U-Pb pontuais, <strong>da</strong>s<br />

quais 19 apresentam i<strong>da</strong>de brasiliana e podem ser<br />

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