geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
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Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />
4.7.1.9 GABRO ITAPUVUÇU (K1λit)<br />
Esta uni<strong>da</strong>de foi descrita por vasconcelos et al.<br />
(1999) e denomina<strong>da</strong> Intrusão Barro Branco. Uma<br />
nova denominação foi adota<strong>da</strong> neste trabalho, uma<br />
vez que o nome “Barro Branco” é utilizado para identificar<br />
uma cama<strong>da</strong> sedimentar na Formação Rio<br />
Bonito (whITE, 1908). Dessa forma, adotou-se a nomenclatura<br />
“Gabro Itapuvuçu”, referente ao bairro<br />
no qual se localiza a uni<strong>da</strong>de.<br />
Caracteriza-se como um corpo de forma aproxima<strong>da</strong>mente<br />
circular (0,5 km 2 de área aflorante),<br />
parcialmente coberto pela planície aluvionar do rio<br />
Jacupiranga. Sua exposição restringe-se a blocos métricos<br />
dispersos em superfície na porção central do<br />
corpo. Devido à pouca exposição, a uni<strong>da</strong>de foi delimita<strong>da</strong>,<br />
principalmente, a partir <strong>da</strong> interpretação do<br />
mapa de composição ternária (gamaespectrométrico)<br />
(Figura 3.6).<br />
A rocha possui coloração cinza-escuro, mesocrática<br />
a melanocrática, de textura porfirítica com matriz<br />
fanerítica média a grossa (Figura 4.49). A mo<strong>da</strong><br />
mineral é constituí<strong>da</strong> por fenocristais de augita,<br />
com matriz composta por augita, andesina (An 40<br />
),<br />
biotita avermelha<strong>da</strong>, olivina (Fo 65-75<br />
), hornblen<strong>da</strong>,<br />
opacos e apatita. Como fases menos expressivas<br />
ocorrem idingsita, filossilicatos finos, carbonatos e<br />
glomérulos de sulfeto.<br />
Figura 4.49 – Aspecto macroscópico do gabro Itapuvuçu<br />
(ponto 2149-FM-254).<br />
A geração dos sedimentos <strong>da</strong> Formação Pariquera-<br />
-Açu, bem como sua preservação, estaria associa<strong>da</strong> à<br />
reativação de falhas normais relaciona<strong>da</strong> ao Alinhamento<br />
de Guapiara, sugerindo ativi<strong>da</strong>de tectônica sinsedimentar<br />
de i<strong>da</strong>de miocênica (MELO, 1990).<br />
4.8 SEDIMENTAÇÃO CENOZOICA<br />
4.8.1 FORMAÇÃO PARIQUERA-AÇU (N1pq)<br />
A denominação Formação Pariquera-Açu foi introduzi<strong>da</strong><br />
por Bigarella e Mousinho (1965). Essa uni<strong>da</strong>de<br />
compreende depósitos fanglomeráticos de leques<br />
aluviais coalescentes que gra<strong>da</strong>m lateralmente<br />
para depósitos de planície fluvial meandrante e de<br />
lagos.<br />
Os leques aluviais são constituídos por cama<strong>da</strong>s<br />
de paraconglomerado (Figura 4.50), lamito e, subordina<strong>da</strong>mente,<br />
ortoconglomerado e arenito com estratificação<br />
cruza<strong>da</strong> tabular. A planície de inun<strong>da</strong>ção<br />
do sistema fluvial meandrante, com barras de pontal,<br />
depósitos de rompimento de diques marginais e<br />
inunditos é caracteriza<strong>da</strong> por depósitos em forma de<br />
bancos com granodecrescência ascendente, variando<br />
de ortoconglomerado a areia, areia e argila lamina<strong>da</strong><br />
e argila sem estratificação. Os depósitos lacustres<br />
são constituídos por argila e argila siltosa com<br />
intercalações arenosas subordina<strong>da</strong>s (MELO, 1990).<br />
Figura 4.50 – Afloramento de paraconglomerado <strong>da</strong> formação<br />
Pariquera-Açu, próximo ao município de Eldorado<br />
Paulista (afloramento 2149-MS-136).<br />
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