geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM
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Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />
xia de 589 ± 12 Ma (i<strong>da</strong>de química U-Th-Pb T<br />
) e época<br />
relaciona<strong>da</strong> à fase final de resfriamento do último<br />
evento metamórfico de 555 ± 4 Ma (i<strong>da</strong>des 40 Ar- 39 Ar<br />
em biotita de paragnaisse milonítico) (FALEIROS et<br />
al., 2011). I<strong>da</strong>des U-Pb (LA-ICP-MS) em zircões detríticos<br />
presentes em quartzito indicam i<strong>da</strong>de máxima<br />
de sedimentação no Toniano (ca. 1000-850 Ma)<br />
(CAMPANHA e FALEIROS; <strong>da</strong>dos inéditos).<br />
4.3.3 BACIAS DO ESTÁGIO DE TRANSIÇÃO<br />
PROTEROZOICO-FANEROZOICO (“BACIAS MO-<br />
LASSOIDES”)<br />
Na Folha Eldorado Paulista ocorrem duas bacias<br />
relaciona<strong>da</strong>s ao estágio de transição Proterozoico-<br />
-Fanerozoico, ou “bacias molassoides”, do estágio<br />
tardicolisional do Brasiliano (TEIXEIRA et al., 2004):<br />
formações In<strong>da</strong>iatuba e Quatis.<br />
4.3.3.1 FORMAÇÃO INDAIATUBA (NP3id)<br />
A Formação In<strong>da</strong>iatuba, defini<strong>da</strong> por Faleiros et<br />
al. (2012), aparentemente se desenvolveu ao longo<br />
<strong>da</strong> Zona de Cisalhamento Putunã (transcorrente sinistral).<br />
Sua geometria sugere que seja uma bacia do<br />
tipo pull-apart (FALEIROS et al., 2012), embora essa<br />
questão mereça estudos detalhados posteriores.<br />
A Formação In<strong>da</strong>iatuba encontra-se em contato<br />
com leucogranitos peraluminosos miloníticos e paragnaisses<br />
de alto grau <strong>da</strong> Formação Turvo-Cajati<br />
(Figura 4.3). A primeira descrição relaciona<strong>da</strong> a essa<br />
uni<strong>da</strong>de deve-se a Teixeira e Negri (2003), em um<br />
único afloramento no distrito de In<strong>da</strong>iatuba (Barra<br />
do Turvo, SP). Na Folha Eldorado Paulista afloram,<br />
principalmente, corpos de metapelito (ardósia) rítmico<br />
(metassiltito-metargilito), com acamamento<br />
sedimentar centimétrico<br />
e alternânia entre cama<strong>da</strong>s<br />
de cores violácea,<br />
roxa, cinza ou porcelânica.<br />
Apresentam clivagem<br />
ardosiana subvertical<br />
bem marca<strong>da</strong>, subparalela<br />
ao acamamento<br />
sedimentar. Faleiros et<br />
al. (2012) descrevem, na<br />
continuação <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de<br />
dentro <strong>da</strong> Folha Apiaí,<br />
intercalações de cama<strong>da</strong>s<br />
de arenito arcoseano<br />
esbranquiçado, de granulação<br />
variando transicionalmente<br />
de grossa a<br />
45<br />
fina. As cama<strong>da</strong>s de arenito, localmente, apresentam<br />
fragmentos angulosos e fortemente irregulares, centimétricos<br />
a decimétricos, de metapelito. Faleiros<br />
et al. (2012) também descrevem uma cama<strong>da</strong> de<br />
dezenas de metros de espessura de rocha vulcânica<br />
félsica brecha<strong>da</strong> com fenocristais de quartzo em<br />
matriz afanítica amarronza<strong>da</strong> (riolito). Nos arredores<br />
<strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de ocorrem diques de riolito porfirítico com<br />
fenocristais de quartzo e feldspato róseo.<br />
4.3.3.2 FORMAÇÃO QUATIS (NP3ε1q)<br />
A Formação Quatis, defini<strong>da</strong> por Campanha et al.<br />
(1985) e Campanha e Teixeira (1986), ocorre aproxima<strong>da</strong>mente<br />
a 15 km ao oeste <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Cajati.<br />
Apresenta formato poligonal, totalizando uma<br />
área de aproxima<strong>da</strong>mente 5,5 km 2 . Campanha et al.<br />
(1985) e Campanha e Teixeira (1986) reconheceram<br />
que o limite sul <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de é <strong>da</strong>do pela Falha do<br />
Braço Grande, que a separa <strong>da</strong>s rochas <strong>da</strong> Formação<br />
Turvo-Cajati. Neste trabalho reconhece-se que a uni<strong>da</strong>de<br />
é limita<strong>da</strong> ao norte pela Zona de Cisalhamento<br />
Macaco Branco (transcorrente sinistral) e secciona<strong>da</strong><br />
ao meio pela Zona de Cisalhamento Putunã (transcorrente<br />
sinistral) (Figura 4.15). A forma <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de<br />
em mapa sugere um rejeito direcional sinistral aparente<br />
de aproxima<strong>da</strong>mente 1,5 km entre as porções<br />
limita<strong>da</strong>s pela Zona de Cisalhamento Putunã. A Formação<br />
Quatis está em contato exclusivamente com<br />
as tectonofácies principais <strong>da</strong> Formação Turvo-Cajati.<br />
A Formação Quatis é constituí<strong>da</strong> por cama<strong>da</strong>s<br />
de conglomerado polimítico, arcóseo, arenito, siltito<br />
e argilito (CAMPANHA et al., 1985; CAMPANHA<br />
e TEIXEIRA, 1986; TEIXEIRA et al., 2004). Teixeira et<br />
al. (2004) relatam que os termos conglomeráticos<br />
ocorrem, preferencialmente, nas regiões contíguas à<br />
Falha do Braço Grande (porção sudeste <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de),<br />
enquanto na porção noroeste <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de predomi-<br />
Figura 4.15 – Mapa geológico mostrando as relações entre a formação Quatis (em<br />
cinza), as zonas de cisalhamento Putunã e Macaco Branco e a falha do Braço Grande.