15.01.2014 Views

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>CPRM</strong> - Programa Geologia do Brasil<br />

biotita, quartzo, microclínio e lentes quartzosas.<br />

há alternância entre leitos equigranulares granoblásticos<br />

interlobados, de granulação fina, constituídos<br />

por microclínio, plagioclásio e quartzo;<br />

ribbons policristalinos de quartzo grosso; e lentes<br />

lepidoblásticas de granulação muito fina, ricas em<br />

biotita e <strong>minerais</strong> opacos. Os leitos ricos em biotita<br />

se amol<strong>da</strong>m nos porfiroclastos. Em geral, a granulação<br />

varia de 2 cm nos porfiroclastos a 0,5 mm<br />

na matriz recristaliza<strong>da</strong>.<br />

Localmente, ocorrem termos menos deformados<br />

constituídos por granito porfirítico grosso, castanho-claro,<br />

com fenocristais tabulares de feldspato<br />

castanho, milimétrico a subcentimétrico (Figura<br />

4.32c), dispostos aleatoriamente em matriz grossa<br />

constituí<strong>da</strong> por feldspato, quartzo, biotita e cassiterita.<br />

A biotita (20-25%) aparece preferencialmente<br />

concentra<strong>da</strong> em agregados milimétricos (Figura<br />

4.32c).<br />

Figura 4.35 – Aspecto macroscópico <strong>da</strong>s rochas do<br />

granito Serra do Ipiranguinha: (a) e (b): litofácies<br />

porfiroclástica rosa<strong>da</strong> (amostras 2149-SW-011-R-A<br />

e 2149-FM-364-R-B, respectivamente); (c) litofácies<br />

porfirítica castanho-claro, pouco deforma<strong>da</strong> (amostra<br />

2149-FM-150-R-B).<br />

A mineralogia observa<strong>da</strong> ao microscópio petrográfico<br />

consiste de feldspato alcalino (mesopertita<br />

ou microclínio), plagioclásio, quartzo e biotita marrom-escuro<br />

como essenciais; zircão, apatita e <strong>minerais</strong><br />

opacos como acessórios; clorita, sericita e epidoto<br />

como <strong>minerais</strong> de alteração. O plagioclásio ocorre<br />

modera<strong>da</strong> a fortemente saussuritizado. Em termos<br />

mo<strong>da</strong>is, as amostras analisa<strong>da</strong>s se classificam como<br />

biotita-monzogranito (Figura 4.36a).<br />

O resultado de análises geoquímicas de rocha total<br />

para nove amostras do Granito Serra do Ipiranguinha<br />

é apresentado no quadro 4.2. O conteúdo<br />

de sílica <strong>da</strong>s amostras varia de 70 a 75%. O conteúdo<br />

total de álcalis é pouco variável, com variação<br />

no intervalo de 7,9 a 9,3%. Das amostras analisa<strong>da</strong>s,<br />

oito são peraluminosas e uma se encontra no limite<br />

dos campos metaluminoso e peraluminoso (Figura<br />

4.36b). O índice de saturação em alumínio (ASI =<br />

Al 2<br />

O 3<br />

/CaO+Na 2<br />

O+k 2<br />

O [molecular]<br />

) varia entre 0,99 e 1,15.<br />

Essas características, alia<strong>da</strong>s ao alto teor de Al 2<br />

O 3<br />

(13-<br />

15%), são compatíveis com padrões geoquímicos de<br />

granitos tipo-S presentes no himalaia, na Austrália<br />

(ChAPELL, 1999) e em outras regiões do Brasil e do<br />

mundo. Em conjunto, os teores dos elementos maiores<br />

indicam afini<strong>da</strong>de calcialcalina de alto potássio<br />

(Figura 4.33c-d). No diagrama R1R2 (modificado de<br />

De La Roche et al., 1980), as rochas se distribuem segundo<br />

a linha de tendência <strong>da</strong>s rochas subalcalinas<br />

(Figura 4.33e).<br />

Apesar de pouca variação no conteúdo dos elementos<br />

maiores, os diagramas de harker mostram<br />

tendências de fracionamento magmático coerentes.<br />

Ocorrem correlações negativas entre o conteúdo<br />

de sílica versus Al 2<br />

O 3<br />

, CaO, Fe 2<br />

O 3<br />

, k 2<br />

O, MgO e TiO 2<br />

.<br />

O conteúdo de Na 2<br />

O permanece aproxima<strong>da</strong>mente<br />

constante para teores variáveis de SiO 2<br />

.<br />

O comportamento dos elementos-traços, analisado<br />

pelos padrões multielementos normalizados<br />

pelo manto primitivo de Sun e McDonough (1989),<br />

é caracterizado por altos teores de LILE, padrão geral<br />

descendente de Cs a Lu e anomalias negativas modera<strong>da</strong>s<br />

a fortes de Nb, Sr, P e Ti (Figura 4.33f). O<br />

padrão observado apresenta características atípicas<br />

em relação ao padrão de rochas calcialcalinas normais,<br />

tais como elevado conteúdo de Nb e Ta, altos<br />

teores de Y e anomalias negativas de Ba (Figura<br />

4.33f). O padrão geral é muito semelhante àquele<br />

apresentado por granitos tipo-S do Baixo himalaia<br />

(RAShID, 2009), à exceção <strong>da</strong> forte anomalia negativa<br />

de Zr apresenta<strong>da</strong> por esses últimos. Os padrões<br />

multielementos normalizados pelo ORG (granito de<br />

cadeia meso-oceânica) de Pearce et al. (1984) são<br />

caracterizados por forte enriquecimento em LILE,<br />

anomalias negativas de Ba, Ta-Nb e hf-Zr e geral em-<br />

60

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!