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geologia e recursos minerais da folha eldorado paulista sg ... - CPRM

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Geologia e Recursos Minerais <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista<br />

4 – UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS<br />

4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS<br />

A área de estudo apresenta grande complexi<strong>da</strong>de<br />

geológica. Diversas propostas de arranjo<br />

estratigráfico foram realiza<strong>da</strong>s com base em trabalhos<br />

envolvendo mapeamento geológico e sínteses<br />

regionais ver discussões e revisões detalha<strong>da</strong>s em<br />

Campanha (1991) e Fassbinder (1996). Entretanto,<br />

os trabalhos geológicos desenvolvidos neste<br />

projeto, aliados à integração de grande número de<br />

<strong>da</strong>dos geocronológicos, em parte inéditos, obtidos<br />

recentemente (BASEI et al., 2003, 2008; CAMPANHA<br />

et al., 2008a, 2008b, 2010; CURY, 2009; CURY et al.,<br />

2002; FALEIROS, 2008; HACKSPACHER et al., 2000;<br />

SIGA JÚNIOR et al., 2009, 2011), permitiram uma<br />

reformulação substancial do quadro estratigráfico<br />

<strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista (Figura 4.1) e no desenho<br />

geológico-estrutural (Figura 4.2).<br />

O critério de separação estratigráfica utilizado<br />

para as uni<strong>da</strong>des pré-cambrianas segue a análise<br />

de terrenos tectonoestratigráficos segundo Howell<br />

(1995), no qual se tenta estabelecer colunas<br />

estratigráficas individuais internas para ca<strong>da</strong><br />

domínio tectônico (Figura 4.1). O magmatismo<br />

neoproterozoico será descrito em item separado,<br />

tendo em vista que ele transcende os limites entre<br />

os domínios supracitados.<br />

4.2 TERRENO APIAÍ<br />

O Terreno Apiaí ocupa a porção norte <strong>da</strong><br />

Folha Eldorado Paulista, sendo limitado, ao sul,<br />

pela Falha <strong>da</strong> Lancinha (Figura 4.3), que o separa<br />

do Terreno Curitiba. Compreende uni<strong>da</strong>des de<br />

rochas metassedimentares do Grupo Votuverava<br />

(Supergrupo Açungui), além de magmatismo<br />

granítico brasiliano.<br />

4.2.1 SUPERGRUPO AÇUNGUI<br />

A elevação do Grupo Açungui à categoria<br />

de supergrupo deve-se a Campanha (1991) e a<br />

Campanha e Sadowski (1999). Adota-se, neste<br />

trabalho, a subdivisão interna proposta por Faleiros<br />

et al. (2012) para a <strong>folha</strong> adjacente (Folha Apiaí).<br />

Na Folha Eldorado Paulista, o Grupo Votuverava e a<br />

Sequência Serra <strong>da</strong>s Andorinhas correspondem às<br />

únicas uni<strong>da</strong>des do Supergrupo Açungui.<br />

4.2.1.1 GRUPO VOTUVERAVA<br />

O Grupo Votuverava foi definido, originalmente,<br />

como formação, por Bigarella e Salamuni (1958a,<br />

1958b). É limitado, ao sul, pela Falha <strong>da</strong> Lancinha<br />

(Figura 4.3). Constitui uma sequência essencialmente<br />

vulcanossedimentar, com magmatismo básico<br />

expressivo, representado na forma de intercalações<br />

lenticulares concor<strong>da</strong>ntes com a estrutura primária<br />

de metabasitos (anfibólio-xisto/fels, anfibolito).<br />

Esse grupo é representado por quatro formações –<br />

Nhunguara, Piririca, Rubuquara e Ribeirão <strong>da</strong>s Pedras<br />

(PERROTTA, 1996), não estando presentes na área de<br />

trabalho a Formação Perau e duas uni<strong>da</strong>des informais<br />

(uni<strong>da</strong>des de micaxisto e grana<strong>da</strong>-micaxisto) que<br />

ocorrem a leste <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista.<br />

4.2.1.1.1 FORMAÇÃO NHUNGUARA (MP1NH)<br />

A Formação Nhunguara, defini<strong>da</strong> originalmente<br />

de maneira informal por Perrota (1996), localiza-se<br />

na porção NW <strong>da</strong> Folha Eldorado Paulista. É composta<br />

por (clorita)-sericita-metapelitos homogêneos a<br />

finamente laminados, com intercalações milimétricas<br />

a centimétricas de filito carbonoso e sericita-cloritacarbonato-filito.<br />

Raramente, ocorrem intercalações<br />

de cama<strong>da</strong>s de metamarga e bancos de metarenito<br />

maciço. Ocorrem, ain<strong>da</strong>, clorita-sericita-filito com<br />

intercalações métricas de rochas metabásicas,<br />

metamargas ban<strong>da</strong><strong>da</strong>s e mármore calcítico.<br />

Ao microscópio petrográfico, os metapelitos são<br />

formados, essencialmente, por sericita (75-80%) e<br />

quartzo (15-20%). Clorita, carbonatos, biotita clástica,<br />

turmalina e <strong>minerais</strong> opacos são os acessórios<br />

mais comuns. Lâminas com concentrações de <strong>minerais</strong><br />

opacos e biotita clástica definem uma laminação<br />

sedimentar preserva<strong>da</strong>. Localmente, ocorre acamamento<br />

gra<strong>da</strong>cional primário. Uma clivagem ardosiana<br />

penetrativa, subparalela à laminação sedimentar,<br />

é defini<strong>da</strong> pela isorientação de sericita. A mineralogia<br />

metamórfica indica metamorfismo em condições<br />

de fácies xisto-verde inferior, zona <strong>da</strong> clorita.<br />

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