12.02.2014 Views

câmara municipal de são paulo: 450 anos de história - Governo do ...

câmara municipal de são paulo: 450 anos de história - Governo do ...

câmara municipal de são paulo: 450 anos de história - Governo do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Câmara Municipal <strong>de</strong> São Paulo: <strong>450</strong> Anos <strong>de</strong> História<br />

Na Câmara Municipal <strong>de</strong> São Paulo, os verea<strong>do</strong>res nem sempre concordavam a respeito da<br />

situação <strong>do</strong>s índios. Entretanto, por sua própria composição, prevaleceu a posição favorável aos colonos,<br />

contra os jesuítas.<br />

Os colonos paulistas, interessa<strong>do</strong>s no braço indígena, argumentavam que os jesuítas <strong>de</strong>veriam<br />

se restringir a <strong>do</strong>utrinar os índios, e não ter <strong>do</strong>mínio sobre eles. Pretendia-se, <strong>de</strong>ssa forma,<br />

utilizar os índios al<strong>de</strong>a<strong>do</strong>s para o trabalho na vila e seu termo.<br />

A tensão entre colonos e jesuítas chegou a um ponto que estes foram expulsos <strong>de</strong> São Paulo,<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com ata lavrada na sessão da Câmara em 13 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1640, assinada por 226 mora<strong>do</strong>res<br />

da vila. Essa <strong>de</strong>cisão gerou intensa controvérsia com autorida<strong>de</strong>s portuguesas, que acusavam os paulistas<br />

<strong>de</strong> serem <strong>de</strong>sobedientes ao rei. Um <strong>do</strong>cumento, produzi<strong>do</strong> por jesuítas envia<strong>do</strong>s a Roma para<br />

analisar a questão <strong>do</strong> confronto com os paulistas, apresenta a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que os costumes <strong>do</strong>s paulistas<br />

prevaleciam sobre as leis editadas.<br />

Apenas em 1647 o rei conce<strong>de</strong>u alvará <strong>de</strong> perdão aos paulistas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>de</strong>volvessem aos<br />

jesuítas bens que haviam <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> na vila. Os membros da Câmara não concordaram plenamente<br />

com o alvará, pois afirmavam que se o rei estivesse bem informa<strong>do</strong>, aprovaria a expulsão <strong>de</strong>finitiva<br />

<strong>do</strong>s jesuítas.<br />

Em 14 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1653, foi assina<strong>do</strong> um <strong>do</strong>cumento pelos oficiais da Câmara, os homens bons<br />

e os padres jesuítas, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> o retorno <strong>do</strong>s últimos à vila. No entanto, os padres se comprometeram<br />

a não recolher, em suas casas ou fazendas, índios <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res. Pelo contrário, entregariam-nos<br />

aos seus <strong>do</strong>nos. De qualquer mo<strong>do</strong>, as tensões entre jesuítas e colonos permaneceram nas décadas<br />

41

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!