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intervenção como forma de promover a aprendizagem autônoma<br />
delas.<br />
Com relação às ações do governo federal na busca pela informatização<br />
da sociedade brasileira, segundo a professora<br />
Maria Candida Moraes, o Brasil, a partir de meados da década<br />
de 1970, estabeleceu políticas públicas voltadas para a construção<br />
de uma indústria própria, objetivando uma maior garantia<br />
de segurança e desenvolvimento da nação. Tais políticas condicionaram<br />
a adoção de medidas protecionistas para a área.<br />
Dessa forma, o governo brasileiro deu origem à Comissão<br />
Coordenadora das Atividades de Processamento Eletrônico<br />
(Capre), à Empresa Digital Brasileira (Digibras) e à Secretaria<br />
Especial de Informática (SEI). Esta última nasceu como órgão<br />
executivo do Conselho de Segurança Nacional da Presidência<br />
da República em plena época da ditadura militar e tinha por<br />
finalidade regulamentar, supervisionar e fomentar o desenvolvimento<br />
e a transição tecnológica do setor.<br />
14<br />
UNIDADE 1 – Histórico da informática educativa no Brasil<br />
Com a criação da SEI, como órgão responsável pela coordenação<br />
e pela execução da política nacional de informática,<br />
buscava-se fomentar e estimular a informatização da sociedade<br />
brasileira, voltada para a capacitação científica e tecnológica<br />
capaz de promover a autonomia nacional, baseada em<br />
diretrizes e princípios fundamentados na realidade brasileira e<br />
decorrentes das atividades de pesquisas e da consolidação da<br />
indústria nacional.<br />
A busca de alternativas capazes de viabilizar uma proposta<br />
nacional de uso de computadores na educação, que tivesse<br />
como princípio fundamental o respeito à cultura, aos valores<br />
e aos interesses da comunidade brasileira, motivou a constituição<br />
de uma equipe intersetorial, que contou com a participação<br />
de representantes da SEI, do Ministério da Educação<br />
(MEC), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico<br />
e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos<br />
(Finep), como responsáveis pelo planejamento das primeiras<br />
ações na área.<br />
Como princípio fundamental do trabalho desenvolvido, a equipe<br />
reconheceu como prioritária a necessidade de consulta<br />
permanente à comunidade técnico-científica nacional, no sentido<br />
de discutir estratégias de planejamento que refletissem<br />
as preocupações e o interesse da sociedade brasileira. Para<br />
isso, decidiu realizar o I Seminário Nacional de Informática na<br />
Educação, na Universidade de Brasília (UnB), no período de 25<br />
a 27 de agosto de 1981.