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Vibrante apelo de D. António Marto - Diocese Leiria-Fátima

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. história .<br />

Entre os paroquianos batalhenses registados nesta relação, <strong>de</strong>stacamos os<br />

nomes <strong>de</strong> João Dinis, mercador, filho <strong>de</strong> Diogo <strong>de</strong> Freitas, que mandou fazer<br />

o altar do Espírito Santo na igreja paroquial, e <strong>de</strong> João Homem, vedor que<br />

foi das obras do Mosteiro. Este João Homem herdara o ofício dos seus antepassados<br />

nomeando-se, entre eles e por serem os “fundadores”, os nomes <strong>de</strong><br />

Mestre Rodrigo [Homem] e <strong>de</strong> seu filho Fernão Rodrigues Homem.<br />

João Homem, vedor das obras monásticas, já então muito <strong>de</strong>scontinuadas,<br />

faleceu em 1570. Suce<strong>de</strong>u-lhe no ofício Pedro Homem, que o trazia<br />

em 1591. João Homem, todavia, nomeou para administradores da capela <strong>de</strong><br />

missas, que instituiu no Mosteiro, aos seus escravos, que alforrou, Bárbara<br />

Fernan<strong>de</strong>s, Domingos e Manuel. Mortos estes, a administração passaria para<br />

a Confraria <strong>de</strong> Nossa Senhora do Rosário.<br />

Será da <strong>de</strong>scendência <strong>de</strong>sta Bárbara Fernan<strong>de</strong>s que a relação que aqui editamos<br />

dá alguma informação complementar. Casou, em 1565, com Estêvão<br />

Pires. Uma filha <strong>de</strong>stes, Brites Pires casou, em 1610, com André Malho e, em<br />

novas núpcias, em 1612, com Diogo Gil, das Torrinhas.<br />

Será a mencionada Brites Pires a homónima mulher <strong>de</strong> Emanuel Pereira<br />

Preto, pais <strong>de</strong> Lúcia, baptizada em 1586, <strong>de</strong> quem foi padrinho Salvador da<br />

Arruda e madrinha Maria Feia, mulher <strong>de</strong> João Malho Magro, da Batalha? É<br />

uma hipótese possível. O que imporia que essa Brites Pires, filha <strong>de</strong> escrava,<br />

contraiu núpcias por três vezes. Um outro filho <strong>de</strong>ste casal, Estêvão, baptizado<br />

em 1591, teve por padrinhos <strong>de</strong> baptismo o mencionado Salvador <strong>de</strong> Arruda<br />

e Bárbara Rebela, filha <strong>de</strong> Pedro Homem, o novo vedor das obras. Quer<br />

seja, quer não, esta família dos Preto(s) relacionou-se com duas outras importantes<br />

famílias da Batalha <strong>de</strong> inícios <strong>de</strong> Seiscentos: os Arruda e os Homem.<br />

No rol <strong>de</strong> fundadores <strong>de</strong> missas por alma <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>stacar, ainda, o nome<br />

<strong>de</strong> <strong>António</strong> Carvalho, instituidor <strong>de</strong> um morgado ou capela <strong>de</strong> 50 missas anuais,<br />

uma por semana, “as quais missas mandou que fossem <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />

com commemoração <strong>de</strong> <strong>de</strong>funtos. E huma <strong>de</strong> requiem, pella festa <strong>de</strong> Todos<br />

os Santos.”<br />

A instituição <strong>de</strong> capelas na freguesia <strong>de</strong> Santa Cruz da Batalha mereceu<br />

já a nossa atenção em estudo anterior, que pu<strong>de</strong>mos publicar, nesta mesma<br />

Revista, com o título “Capelas e Ermidas na Paróquia da Batalha em Setecentos”<br />

(<strong>Leiria</strong>-<strong>Fátima</strong>. Órgão Oficial da <strong>Diocese</strong>, Ano XVI, Nº 45, Janeiro-<br />

Junho 2008, pp. 153-172). Com a apresentação, ao leitor, <strong>de</strong>ste novo texto,<br />

preten<strong>de</strong>mos contribuir para o conhecimento histórico dos paroquianos batalhenses<br />

e do que foram as suas respostas religiosas no que respeita às suas<br />

atitu<strong>de</strong>s para com a questão, maior no Cristianismo, da salvação da alma.<br />

Reflexões<br />

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