Vibrante apelo de D. António Marto - Diocese Leiria-Fátima
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. documentos pastorais .<br />
A Igreja nasce do acolhimento, na fé e em acção <strong>de</strong> graças, <strong>de</strong>ste dom da<br />
comunhão <strong>de</strong> Deus com os homens. Nasce, pois, como comunhão <strong>de</strong> filhos<br />
<strong>de</strong> Deus Pai no seu Filho, Jesus Cristo, e na força do seu Espírito <strong>de</strong> amor, e<br />
como comunhão <strong>de</strong> irmãos no mesmo Espírito. Aqui está o coração da Igreja,<br />
a sua vocação e a sua missão !<br />
Eis a razão por que S. Cipriano a apresenta como “povo reunido (gerado<br />
e convocado) pela comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo”: uma<br />
comunhão <strong>de</strong> pessoas que, pela acção do Espírito Santo, formam o Povo <strong>de</strong><br />
Deus, que é ao mesmo tempo o Corpo <strong>de</strong> Cristo. Unidos a Cristo e em Cristo<br />
formamos um só corpo, tornamo-nos todos realmente o Povo <strong>de</strong> Deus: <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o Papa até à última criança baptizada.<br />
3. O ROSTO DA IGREJA DOS APÓSTOLOS: TRÍPTICO SOBRE A IGREJA<br />
No início do livro dos Actos dos Apóstolos, S. Lucas ilustra as origens<br />
e a vida da Igreja <strong>de</strong> Jerusalém, logo após a Ascensão <strong>de</strong> Jesus, com a promessa<br />
aos discípulos <strong>de</strong> que receberiam uma força do alto para serem suas<br />
testemunhas.<br />
A apresentação da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jerusalém é-nos oferecida em três<br />
gran<strong>de</strong>s quadros – um tríptico – que dizem mais do que se po<strong>de</strong>ria exprimir<br />
em conceitos; e serve <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo para as diferentes comunida<strong>de</strong>s.<br />
3.1 A assembleia em oração no Cenáculo (Act 1, 12-26)<br />
O primeiro quadro apresenta-nos o grupo dos discípulos (“umas 120<br />
pessoas”diz o texto) reunido na sala da ceia – o grupo dos apóstolos, referidos<br />
pelo nome, e a companhia dos fiéis <strong>de</strong> Jesus, juntamente com Maria – unidos<br />
pelo mesmo sentimento e unânimes na oração. Este quadro vivo é o espelho<br />
da Igreja, da sua fisionomia enquanto:<br />
assembleia da nova aliança: evocada pelo lugar on<strong>de</strong> permaneciam, o<br />
cenáculo em que Jesus celebrou a ceia da nova aliança, que dá vida a uma<br />
nova comunida<strong>de</strong>;<br />
assembleia unida em oração: unificada essencialmente a partir da oração<br />
na abertura comum a Deus. “Todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se<br />
assiduamente à oração”: a comunhão entre eles e a comunhão com<br />
Deus na oração são dois elementos distintivos. A oração exprime a confiança<br />
no Senhor que não os abandona. A força prometida que vem do alto <strong>de</strong>ve<br />
encontrar corações abertos e disponíveis.<br />
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