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Vibrante apelo de D. António Marto - Diocese Leiria-Fátima

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. documentos pastorais .<br />

1.2 Enfraquecimento da consciência eclesial<br />

Porém, quarenta e cinco anos após a conclusão do Concílio, verificamos<br />

que ainda há muito caminho para andar. “Há caminhos não andados que<br />

esperam por alguém”!<br />

Em muitas comunida<strong>de</strong>s, a um período <strong>de</strong> entusiasmo, <strong>de</strong> fervor e <strong>de</strong><br />

iniciativa suce<strong>de</strong>u um tempo <strong>de</strong> enfraquecimento na participação e no empenho,<br />

uma situação <strong>de</strong> certo cansaço, <strong>de</strong> estagnação e até <strong>de</strong> resistência à<br />

renovação.<br />

Muitos baptizados não se sentem membros vivos e participativos da comunida<strong>de</strong><br />

cristã. Vivem à margem <strong>de</strong>la. Só se dirigem às paróquias em <strong>de</strong>terminadas<br />

circunstâncias para receberem serviços religiosos. Também são<br />

poucos os fiéis leigos – em proporção ao número <strong>de</strong> habitantes <strong>de</strong> cada paróquia<br />

– que se manifestam disponíveis para trabalhar nos diversos campos<br />

apostólicos.<br />

Nota-se ainda, a nível europeu, o enfraquecimento e até a perda da consciência<br />

eclesial, isto é, da consciência do verda<strong>de</strong>iro sentido da Igreja e da<br />

pertença afectiva e efectiva a ela.<br />

Diversos factores <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m cultural e social contribuem para isso, sobretudo<br />

o crescente individualismo da cultura contemporânea que enfraquece os<br />

laços interpessoais e o sentido <strong>de</strong> pertença.<br />

A fragmentação, a dispersão, a mobilida<strong>de</strong> da vida mo<strong>de</strong>rna marcam<br />

também a psicologia das pessoas. Hoje há uma multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pertenças:<br />

pertence-se, ao mesmo tempo, a grupos e a ambientes diversos, distantes e<br />

até contraditórios. Com isso sofrem as relações pessoais, familiares e sociais<br />

e, por conseguinte, também a vitalida<strong>de</strong> das paróquias.<br />

Mas um dos factores que mais mina a consciência <strong>de</strong> Igreja e que está na<br />

base da falta <strong>de</strong> afecto à Igreja é uma visão <strong>de</strong>masiado humana, meramente<br />

sociológica sobre ela, que é muito redutora. A opinião pública fixa-se, normalmente,<br />

no seu aspecto institucional. Ora, a relação com uma instituição é<br />

sempre mais fria, mais distante e formal.<br />

1.3 Imagens <strong>de</strong>sfocadas da Igreja<br />

Deparamo-nos ainda com uma série <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong>sfocadas ou mesmo<br />

<strong>de</strong>turpadas da Igreja. Isto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> vários factores, a saber: da imagem que<br />

a paróquia dá <strong>de</strong> si mesma; <strong>de</strong> certa configuração que a Igreja assumiu na história;<br />

da maneira como os gran<strong>de</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação social apresentam<br />

certos aspectos da vida da Igreja.<br />

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