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A disciplina Ciências no Ensino Fundamental II - Fernando Santiago ...

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quanto do alu<strong>no</strong>, e as atividades de escrita organizadas na <strong>disciplina</strong> possibilitaram<br />

a manifestação dos significados para o próprio aprender, <strong>no</strong> caso dessa estudante.<br />

Geiza também procurou manifestar sua metacognição na medida em que<br />

expressou como a leitura pode colaborar em sua aprendizagem.<br />

Ela fez uma síntese, em seu último texto, bastante interessante: “Acima<br />

de tudo isso foi que eu entendi que, para a troca de calor, quando um<br />

sistema ou um objeto estão em temperaturas diferentes e entram em contato,<br />

há troca de calor entre eles.” Esse fato <strong>no</strong>s parece uma base fundamental<br />

para que, futuramente, sejam abrangidos os conceitos envolvidos.<br />

Essa aluna, como já havíamos dito, também fez referência ao modelo<br />

corpuscular e ondulatório <strong>no</strong> questionário final: “Luz são sinais lumi<strong>no</strong>sos que<br />

viajam num vácuo, e podem ser considerados partículas ou ondas”, quando<br />

<strong>no</strong> início havia dado uma definição relacionada a sua produção <strong>no</strong> sol, o que<br />

mostra a superação de um conhecimento geral do tipo: “Luz é uma energia<br />

produzida <strong>no</strong> sol”, como se isso fosse suficiente para defini-la.<br />

Algumas considerações<br />

No início deste artigo, indagamos sobre o papel da escola <strong>no</strong> estímulo à<br />

habilidade da escrita dos alu<strong>no</strong>s, e aqui procuraremos enfatizar alguns caminhos.<br />

Este trabalho procurou apontar que a ocorrência de evolução <strong>no</strong>s textos<br />

deve-se a considerações como, em que situação e condições a escrita se deu,<br />

ou seja, analisamos a produção escrita relacionada aos gêneros textuais, à<br />

ocorrência de progresso ao longo do a<strong>no</strong> letivo, observando a possibilidade da<br />

passagem da repetição empírica para a formal e a almejada repetição histórica<br />

discutida por Orlandi.<br />

Destacamos que o fato de olharmos para as respostas escritas dos<br />

estudantes, com a preocupação voltada para “o quê” e “como” foi enfatizado<br />

nas aulas, é uma forma de observar a mediação dos textos e do professor;<br />

assim, pudemos constatar momentos em que o alu<strong>no</strong> transforma esquemas em<br />

palavras, usa o enfoque histórico adotado, expressa sua visão de ciência ou,<br />

ainda, incorpora a linguagem do texto lido.<br />

Assinalamos que os gêneros textuais (carta, diário, relato e pequenas<br />

estórias) contribuem muito para a análise, mesmo que alu<strong>no</strong>s tenham feito, por<br />

exemplo, apenas uma listagem dos conceitos. Isso é significativo, pois demonstra<br />

a tomada de posse dessa liberdade, ou seja, os alu<strong>no</strong>s não se preocuparam se o<br />

professor julgaria correto ou incorreto.<br />

Portanto, julgamos que <strong>no</strong>ssos resultados mostram o papel da interpretação<br />

nas produções escritas dos alu<strong>no</strong>s, na medida em que apontam a importância<br />

da incorporação das condições desta e nesta produção. Apontam, também,<br />

para a atenção que o professor deve dispensar aos significados e sentidos<br />

100 Centro Universitário Moura Lacerda

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