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A disciplina Ciências no Ensino Fundamental II - Fernando Santiago ...

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ficar limitado às especialidades, aos modismos intelectuais, à viciada rotina do<br />

academicismo escolar ou do mundo universitário. (PUGLIELLI, 1996, p. 8).<br />

Obras panfletárias de Ferrer, como “Transformaremos a escola”, e<br />

“Emílio”, de Rousseau, entre outras, levaram Pilotto à conclusão que a Escola<br />

Nova não se constituía de um feixe de <strong>no</strong>rmas pedagógicas, mas <strong>no</strong> esforço<br />

comum para criar na escola uma <strong>no</strong>va vida. Segundo essas ideias, Pilotto, em<br />

1938, participou da criação da Escola de Professores, ao promover a<br />

transformação da Escola Normal Secundária, sob sua orientação como professor<br />

assistente e técnico, segundo os ideais da Escola Nova.<br />

Em 22 de março de 1938, foi sancionado o Decreto n. 6597, que aprovou<br />

o regulamento dos cursos de formação de professores. Em julho do mesmo<br />

a<strong>no</strong>, como assistente técnico da Escola, tomou a frente na reelaboração e<br />

aplicação dessa proposta educacional, inserindo os ideais escola<strong>no</strong>vistas, em<br />

Curitiba, e, nas escolas do Estado, em defesa da escola pública, laica, obrigatória<br />

e gratuita. Pilotto comungava do mesmo pensamento dos intelectuais que<br />

representavam a Escola Nova, como Anísio Teixeira, <strong>Fernando</strong> de Azevedo e<br />

Lourenço Filho, possibilitando-lhe o redimensionamento das <strong>no</strong>rmas do Decreto<br />

n. 6597 e da função da Escola de Professores.<br />

A Lei Orgânica do Ensi<strong>no</strong> Normal da Reforma Capanema unificou<br />

nacionalmente a formação do magistério e, <strong>no</strong> Paraná, diz Simão (2003, p. 64),<br />

concorreu para a transformação da Escola de Professores em Instituto de<br />

Educação, na qual Pilotto teve participação militante exaustiva, buscando deixar<br />

<strong>no</strong> passado a experiência da reforma de Lysimaco Ferreira da Costa, que<br />

apresentava aspectos dos passos formais herbatia<strong>no</strong>s.<br />

O estofo teórico e a aplicação técnica, adianta Miguel (1992, p. 112,<br />

124), permitiram a construção de um pla<strong>no</strong> de formação do Magistério Primário,<br />

que orientou o trabalho dentro da Escola de Professores de Curitiba, tornandoa<br />

um centro de cultura pedagógica, cuja influência se faria além dos limites da<br />

escola, atingindo pais e comunidade. Como afirma Miguel, pretendia-se fazer<br />

do professor o agente de transformação social. A Escola, como centro de cultura<br />

pedagógica sob o incentivo e a orientação de Pilotto, conduziu seus membros à<br />

investigação filosófica e experimental dos problemas de educação, por meio de<br />

pesquisas e intercâmbios com outros centros ou órgãos nacionais e estrangeiros.<br />

Por intermédio das ‘missões culturais’ junto a alu<strong>no</strong>s de escolas do interior,<br />

contribuiu para democratizar e homogeneizar o ensi<strong>no</strong> sob o sig<strong>no</strong> dos <strong>no</strong>vos<br />

ideais, em toda a região paranaense.<br />

Tanto na Escola de Professores como <strong>no</strong> Instituto de Educação, Pilotto<br />

idealizou, programou e implantou medidas para melhorar o sistema de ensi<strong>no</strong>,<br />

procurando realizar a Escola Nova, <strong>no</strong> Paraná, por meio da interlocução com<br />

obras diferenciadas, nas vertentes européia e <strong>no</strong>rte-americana, valendo-lhe<br />

60 Centro Universitário Moura Lacerda

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